Quem é o assassino?

11: Indo ao seu encontro

Greg

O dia nasceu obscuro,do lado de fora da minha casa, e numa manhã de uma fria já nas primeiras horas do dia corro os meus dois quilômetros e parto para a academia.

Exercício nunca fora a minha atividade preferida,mas aprendi depois de algum tempo que ajuda muito no que se diz respeito a uma boa primeira impressão. Um corpo atlético, com os músculos bem definidos, que se uniam aos meus 1,86m,era minha aparência geral naquela momento.

Me olho em um dos espelhos da academia,e vejo minha aparência. Eu estava com o corpo suado que fazia com que minha camiseta ficasse colada em meu peitoral,meus cabelos castanhos estavam despenteados e um pouco úmidos pelo suor. Tenho que admitir, tanto tempo de musculação me fizeram ficar muito bem. Poderia ser modelo se quisesse.

Poderia ter a mulher que quisesse na minha cama,mas não o fazia. Elas eram apenas mulheres fúteis que estavam interessadas em meu dinheiro e um pouco de fama em estar com um dos empresários mais ricos e desejados.

Termino minha carga de exercícios diários, e volto para casa decidindo já o que fazer,já com um roteiro ensaiado na cabeça. Ia até em casa tomava banho,trocava de roupa e partia para o trabalho,lá simplesmente cancelava todos os meus compromissos e reuniões da semana inteira e partia de helicóptero para o vilarejo no qual ficava a casa da Elisa.

E foi o que eu fiz,apesar de meu pai ter ficado louco por eu ter que negligenciar as minhas tarefas por dias,eu simplesmente saí pela porta deixando todos falando sozinhos.

À essa altura eu já estava no meio da viagem,pensando no que encontraria quando chegasse lá, será que Charlotte iria estragar tudo? Temo que tenha ido longe demais com minha relação com ela,e vejo agora que isso a deixou mais transtornada do que já era.

Agora vejo que Charlotte queria apenas um pouco da vida da irmã, e a primeira coisa da lista era eu,mas com o tempo o que era para ser apenas uma noite se transformou em um tormento para mim,já que ela não largava mais do meu pé. Elisa,felizmente nunca desconfiou de nada,e pretendo fazer que continue assim.

Olho para baixo,através da pequena janela do helicóptero, já estávamos no vilarejo e já bem próximos ao heliporto que iríamos fazer o pouso. Não durou mais que dez minutos até o helicóptero fazer o pouso. Me retirei do veículo, e dei uma boa olhada naquele lugar minúsculo, escondido no meu do nada. As casas em sua maioria eram pequenas à medias com pequenas áreas de plantio em torno delas,a área comercial também era visível daquele ponto,nela só havia alguns mercadinhos, pequenos restaurantes,e algumas poucas lojas de departamento. Ao longe,perto ao horizonte estava uma área de casas bem afastadas umas das outras com imensas quantidades de terra em torno delas,a casa de Elisa era uma dessas,pouco se via dela,mas dava para perceber que ainda teria que dirigir por mais alguns minutos até lá. Mas isso não importa. Pensou.

Não demorou muito até que um carro chegasse até o heliporto. Sem muita demora dei despensa ao motorista e fui eu mesmo dirigindo,já que a intenção era passar pelo menos alguns dias no lugar,liguei o GPS e fui imediatamente ao encontro de Elisa. Pouco me importava Charlotte naquele momento,só queria matar a saudade que estava me matando.

O caminho foi breve e revigorante,em poucos instantes eu já estava lá, em frente a casa dela. Tomei fôlego e sai do veículo,em passos ágeis,eu andava até o portão de entrada.

Toquei duas vezes a campainha e logo fui atendido por um homem que parecia ser um mordomo,se vestia de um palitó com gravata borboleta,e sapatos que pareciam terem sido muito bem engraxados,ele era extremamente alto,dando a impressão de medir mais de 2 metros.

-Eu posso ajudar? -Perguntou com uma voz incrivelmente grave.

-Gostaria de falar com Elisa, ela está? -Perguntei tentando atingir um timbre grave também.

-Está sim,como o senhor se chama?

-Sou um amigo de Elisa,gostaria de fazer uma surpresa.

-Então,me siga.

O caminho até a casa,passava por um jardim belíssimo, muito bem cuidado aliás, apesar do outono estar sendo rigoroso.

Ao entrar no imóvel, dou de cara com um visual completamente diferente,a casa parecia nunca ter saido do século passado,com todos os móveis em madeira maciça,a decoração combinava muito bem com o astral do ambiente, era compreensível porque Charlotte a queria tanto para si.

Minha observação é interrompida por um ruido nas escadarias, tirando minha atenção imediatamente,ao desviar o olhar para as escadas me deparo com uma figura feminina,estava vestindo um vestido floral na altura do joelho,e sapatilhas azuis,ela estava estática,sem reação.

Era ela,era a minha Elisa.

E aí,gostaram do capítulo?

Nossa,o Greg é muito iludido, tadinho tá apaixonado...

O que será que a Charlotte vai aprontar,hein?

Um beijão😘