7: Voltando a rotina

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Elisa

Chegamos até o vilarejo,ainda era como antes,com as construções do século passado,as ruas estreitas e o cheiro de ar puro. São quase as mesmas pessoas que moram aqui desde muito tempo.

Encontramos a loja à qual Susanna estava a falar,era bem pequena,com materiais cuidadosamente alinhados nas prateleiras de vidro, com uma variedade diversa interessante de obras e quadros a venda no pequeno ateliê que ali também funcionava.

-Bom dia,será que posso ajudar. -Perguntou a dona da loja,com um sorriso radiante nos lábios.

-Oh sim,estamos procurando o que há de melhor em questão de materiais para pintura,e estou falando em grande quantidade. -Falou Susanna com uma pose superficial.

-Então venham comigo. -Chamou a dona da loja,que nos levou para outra sessão...

Depois de mais de três horas escolhendo materiais e objetos,dentre tintas,pincéis,quadros,lapiseiras diversas,objetos de decoração,e muito mais, eu estava satisfeita com as compras naquela loja,e agora só bastava encontrar um local apropriado para o estúdio de arte.

Dei o endereço, para a entrega dos matérias na minha casa,e saímos de lá.

Andamos o vilarejo inteiro, atrás de um lugar bem recomendado e em algum lugar bem visto, não achei nada que realmente me interessasse. Estávamos quase desistindo,quando passamos por um lugar que costumava ser um roseiral,e dei de cara com um pequeno imóvel, rodeado por plantas,ora sem vida por causa do outono rigoroso, que era simplesmente encantador em sua simplicidade. Era pequeno, e parecia que ali funcionava apenas uma espécie de depósito, me apaixonei à primeira vista.

-É esse o lugar Susanna. -Falei compassado e a fiz parar o carro.

-É esse que você quer,não acredito que você dispensou aqueles imóveis lindíssimos para ficar com isso aqui. -Disse olhando o imóvel com desdém.

Desci do carro e fui olhar mais de perto, ao chegar em uma janela aberta percebi que todas as paredes eram num tom de amarelo claro, tinha um certo acabamento rústico nos azulejos do piso,e detinha três cômodos,exatamente como eu desejava.

-Você tem certeza que é este? -Perguntou Susanna com um olhar de incerteza.

-Tenho sim,imagina só na primavera como será trabalhar com o cheiro de rosas vindo de fora.

-Ok,então da compra ou do aluguel do imóvel,eu cuido.

Dei uma última olhada antes de voltar para o carro,eu não via a hora de começar a trabalhar naquele lugar.

-Então já que está tudo acertado, vamos almoçar em algum lugar,você conhece algum restaurante bacana?-Perguntei para Susanna.

-Ah sim,conheço um italiano ótimo.

Concordei em ir,e partimos para lá, fomos o percurso inteiro ouvindo rock dos anos 90.

Chegando lá,me encanto com o lugar,minimalista e aconchegante. Entramos no lugar e um homem já nos intercepta,pedimos uma mesa e ficamos em uma perto das janelas.

Confesso que fiquei em dúvida no cardápio,mas acabei pedindo um espaguete ao molho de queijos. Minha amiga Susanna optou por um pizza. Enquanto os pedidos chegavam conversamos sobre assuntos aleatórios:

-E então como foi o término com o Greg?-Perguntou ela.

-Na verdade,eu pensei que ia ser bem pior,e no final ficou tudo bem.

-Foi bem melhor assim sabia,acho que ele merece ser feliz,e nenhum de vocês estavam sendo. -Disse ela olhando em meus olhos.

Depois de algum tempo,os nossos pedidos chegam,eu e Susanna conversamos ainda algum tempo em um clima descontraído, mas assim que ela toca no assunto da antiga rixa dela e da minha irmã, o clima fica tendo imediatamente.

-...Você sabe bem que ela me odeia desde sempre, e não sei o porque, fica até meio chato eu ir a sua casa se ela não gosta de mim. -Falou ela em um tom de seriedade.

-Não gosto dessa situação,isso tem que mudar algum dia.

-Só você pensa assim,mas da próxima vez você vai me visitar.

A conversa volta ao normal, depois que mudamos de assunto. Terminamos de comer, pagamos a conta, e partimos para a minha casa,dessa vez com mais da metade do percurso em silêncio sem música e sem conversas.

Já passava do meio-dia quando chegamos a minha casa,parou o carro de frente a casa,num olhar rápido percebo que o carro da casa,não está na garagem.

-Então,até mais Elisa. -Disse Susanna sorrindo.

-Até mais,nos falamos.

Nos despedimos, e eu entrei em casa,não encontrando ninguém pelo percurso. Até que Peter me chama da sala de visitas.

-Ah senhorita, chegaram algumas coisas de pintura e coisas do tipo,já organizei todas no porão.

-Obrigada,Peter quem saiu no carro?-Perguntei

-Ah sim,foi a sua irmã, ela saiu,mas não disse para onde.

-Está bem,eu vou subir depois conversamos.

Subi as escadarias rapidamente,e andei até o final do corredor e entrei no meu quarto. Eu não estava preocupada com Charlotte, pois é da conduta normal dela sair sem dizer aonde vai,mas queria saber onde ela foi, porque nem se quer conhecia a vilarejo.

Me despi,e entrei no box do banheiro,tomei um banho morno e rápido. Vesti uma camiseta larga,um shorts curto e chinelos de borracha,nem se quer arrumei os cabelos.

Depois de horas,teclando no computador,senti uma sensação muito estranha. Eu senti uma sensação imensa de solidão.

Estava em um lugar desconhecido,que quase não conhecia ninguém,e estava perdida,sem saber que rumo tomar em relação a isso.

Era como se ninguém me entendesse na verdade, naquele momento sentia uma necessidade imensa de conversar com alguém, e não consegui pensar em mais ninguém, que não fosse meu ex namorado e quase noivo: Greg Carter.

Gostaram do capítulo?
Me digam aí

Será que a Elisa vai voltar com o ex?
Quem sabe né?

Um beijão para vocês...😘

Quem é o assassino?Where stories live. Discover now