27:Visita repentina

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Charlotte

Desperto com um salto para frente,estava assustada, muito suada,e tinha que admitir,eu estava morrendo de medo.

Nunca fui de ter pesadelos constantemente, e nas vezes em que ocorriam,eu esquecia e eles não retornavam.

Porém agora era diferente.
Aqueles pesadelos, eram constantes e o medo que eu sentia deles era realmente anormal.

Os lençóis da cama estavam todos molhados pelo meu suor,aquela sensação de pano molhado sob a minha pele era bastante inconveniente.

Logo me levanto da cama,indo em direção as janelas. Quando abro as cortinas,era percebível que ainda era bastante cedo,com uma forte neblina que cobria praticamente tudo.

Tento limpar a mente do pensamento persistente dos pesadelos das noites passadas,afinal aquilo não ia me levar a lugar nenhum.

Tomo um banho rápido e faço minhas higienes matinais,em seguida desço até a sala de jantar, atraída pelo cheiro forte de café fresquinho.

Apesar do meu sonho inoportuno e dos acontecimentos passados com Greg,meu humor estava ótimo, me sentia...bem.

Atravesso o corredor,e desço as escadas,me arrastando com muita preguiça.

Chego a mesa,onde já estava começando a ser servido o café da manhã.

-Senhorita, ainda é muito cedo, pensei que só acordaria mais tarde. -Diz Peter vindo por detrás com uma bandeja de pães recém assados.

-Fiquei sem sono, não tinha o que fazer,e estou com fome. -Falo explicando minhas razões com motivos desconhecidos.

-Espere um minuto que a mesa já será totalmente posta e seu café será servido. -Fala cordialmente irritante como sempre.

Na espera que o meu café da manhã fosse servido, pego o celular e logo de início dou de cara com uma foto minha na casa de Daniel,enviada por ele mesmo.

Na foto eu estava deitada sobre a cama dele,de bruços,enrolada em um lençol fino.

Não consigo me conter e dou um sorriso involuntário,que de alguma forma tinha surgido em minha face.Trato logo de desmanchar aquela expressão patética de mim,jogando o aparelho em cima da mesa.

Fico poucos instantes encarando as paredes, até que Elisa e Greg chegam conversando alto e se sentam à mesa junto a mim.

-Bom dia. -Eles dizem em um uníssono.

-Bom dia. -Respondo e fecho a cara ao ver a rosto debochado de Greg a minha frente.

-Você não disse que não acordaria cedo por nada nesse mundo domingo? -Pergunta Elisa alisando os cabelos com os dedos. -O que aconteceu?

-Só fiquei sem sono, não tinha nada melhor para fazer.

Peter e Karina adentram o cômodo e começam a nos servir.

Elisa prontamente se recusa a ser servida e ela mesmo se serve com a comida,em seguida Greg faz o mesmo,copiando o ato de minha irmã, provavelmente esperando impressionar com o senso de bondade barato.

-Eu e Greg vamos terminar de arrumar o ateliê hoje, você vem? -Elisa pergunta enchendo uma xícara com chá de camomila.

-Queria muito poder ajudar. - Respondo sendo servida por Peter. -Mas tenho uma coisa para fazer.

-Posso saber o que seria? -Ela pergunta curiosa como sempre.

-Depois te conto. -Fala apontando o nariz para Greg.

-Ah está bem.

Terminamos de comer,sempre em diálogo com Elisa, porém Greg não disse nada.
O que era de se estranhar.

Quando terminamos subi para o meu quarto na intenção de ficar lá a manhã inteira.

Vejo pela janela do quarto,quando Greg e Elisa saem abraçados de casa até o caminhonete,que estava carregada de coisas.

Corro e me jogo na cama,mas logo saio,sentindo a sensação ruim das cobertas ainda molhadas.

Fico sentada na poltrona do meu quarto por um bom tempo escrevendo no meu diário, esperando as horas passarem.

Até que me canso, guardo meu diário, coloco uma roupa melhor (Calça preta,regata branca e jaqueta de couro), e saiu em direção a saída.

No caminho do corredor encontro Karina que estava saindo do quarto de Elisa.

-Ah,queridinha, quero que troque a minha roupa de cama logo, quero meu quarto arrumado rápido. -Falo.

-Claro senhora, estou indo. -Fala e entra no meu quarto,enquanto eu saio,vou até a garagem e pego um dos carros.

A passeio pelo vilarejo foi muito monótono, que me fez pensar em voltar para casa.

Tudo menos voltar e ficar olhando a manhã inteira aqueles chatos.

Era tudo menos isso.
Pensei em ir até o estúdio de Elisa,mas seria muito pior.

Já estava parada no meio fio quando,depois de pensar um pouco,decido ir até a casa de Daniel.

Não faria isso,em outras circunstâncias, mas eu não tinha nada melhor para fazer então essa era minha opção mais plausível.

Forçando a mente para lembrar do seu endereço,é quando chego em uma ruazinha estreita de estrada de terra, com casas projetadas em um modelo único.
A sua casa era a terceira do direito,pintada de branco.

Toco algumas vezes à campainha, sem resposta virei-me para ir embora.

-Espera. -Uma voz masculina grita. -Achou que ia sair daqui assim.

Ele me puxa meu corpo para dentro da sua casa com força, me beijando de forma indescritivelmente bem.
Ele fecha a porta por detrás de nós,sem pararmos de nos beijar.

Com agilidade e rapidez ele me deita em sua cama,ficando por cima de mim,e...






Ei gente gostaram do capítulo?

Haha,não vou continuar com a cena da Charlotte e do Daniel,essa missão eu deixo para a imaginação fértil de vocês.

Votem se gostaram
E comentem a opinião de vocês.

Até o próximo capítulo,e tchauu😏❤

Quem é o assassino?Where stories live. Discover now