Capítulo 10 - Mari

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- Nada disso. Vamos logo que estou morrendo de fome. Ninguém mandou você inventar esse jantar – dou-lhe um beijo casto. Pego minha bolsa, tranco a porta e o puxo.

Entramos no carro e seguimos para o tal lugar misterioso. Assim que pegamos avenida principal começo a provocar o Tony acariciando o seu pau por cima da sua calça. Ele me olha de lado e balança a cabeça sorrindo.

- Baby, baby. Para com isso que estou dirigindo – ele diz tirando minha mão.

- O que eu estou fazendo? Estava apenas agradecendo pela pomada que me deu. Ela fez milagre, estou pronta para outra – digo rindo e volto a acaricia-lo. Sinto seu pau duro igual porrete.

- Mariana, para como isso agora senão vou parar esse carro no meio da rua e te foder até te virar do avesso – ele diz com olhar cheio de desejo. Inclino-me e dou-lhe um beijo casto. Volto para o meu banco e fico quieta o resto do percurso.

Alguns minutos depois finalmente chegamos ao nosso destino. Tony entrega a chave ao manobrista. Coloca sua mão acima da minha bunda e nos guia para dentro do restaurante. Fico de boca aberta. O lugar é lindo, tem um estilo rústico e moderno ao mesmo tempo.

O hostess nos leva até nossa mesa e logo em seguida o garçom vem nos atender. Tony pede um vinho para mim e um suco para ele, já que não bebe.

- Tony, esse lugar é lindo – olho admirada. – Não conhecia.

- Realmente baby. É muito bonito. Foi uma amiga que me trouxe aqui uma vez – não gostei muito de escutar isso. Amiga. Sei.

Tony começa a explicar-me sobre como ele conheceu esse mundo do BDSM.

- Baby, tudo começou quando a minha vida estava sem sentido, sem rumo, como se estivesse faltando algo. Não sei explicar direito o que era, porque nem eu mesmo sei. Eu saia com os caras, ficava com as garotas, mas era como se não fosse eu. Como se eu não pertencesse aquele mundo. A única coisa que me fazia sentir eu mesmo era a música, fora ela, era como se eu não existisse – ele deu um gole em seu suco e continuou. – Em uma das festas que eu ia sempre eu conheci uma garota, a Viviane, e começamos a conversar. Trocamos telefones e um dia ela me ligou convidando para ir à um clube.

- O Dark? – Pergunto-lhe. Ele assentiu.

- A Viviane me apresentou ao mundo BDSM. Ensinou-me tudo que eu sei hoje. No início eu fui seu submisso, mas não durou muito, pois como ela mesma disse eu nasci para ser um dominador. A partir daí, apesar dela ser dominadora ela virou minha submissa – olho para ele chocada com tudo que ele está me contando. – e acabamos nos tornamos muito amigos – o garçom chega com o cardápio. Fazemos nossos pedidos e continuamos à conversar.

- Como é a relação entre um Dom e a sua Sub? – Pergunto-lhe.

- A relação está na troca de poder onde o dominador sente prazer em controlar física e psicologicamente sua Sub e ela sente prazer em se deixar controlar, em receber e cumprir ordens. Baby, quero que entenda que controlar é mais do que chicotes ou mandar. É saber mandar em vez de pedir, exigir em vez de intimidar, é saber que a sua submissa não é um ser inferior e sim a metade que o completa. Deu para você ter uma ideia do que se trata?

- Deu sim. Eu já tinha uma noção, pois depois que li Cinquenta Tons de Cinza fiquei interessada no assunto e pesquisei para saber mais a respeito – Tony sorri.

O garçom chega com nosso pedido.

Tony continua tirando minhas dúvidas. Segundo ele no Dark, ou em qualquer outro clube BDSM, as submissas sempre devem estar de cabeça baixa diante de seu Dom a não que o mesmo as peça que levantem a cabeça e que sempre devem chamá-los de senhor ou mestre. É como uma forma de respeito. Todo Dom é senhor, mas nem todo mestre é “dono” da submissa. O mestre vai sempre ensinar e treinar a submissa, mas nem sempre vai ser o Dom dela. E todas tem uma palavra de segurança, caso algo seja muito rígido para elas.

Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2Onde histórias criam vida. Descubra agora