• quatro •

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O rosto de Taehyung era uma incógnita. De todas as situações em sua mente, o garoto aceitar não fazia parte de nenhuma. O que deveria fazer agora? Olhou para Jihoon e o amigo sinalizou que havia deixado de gravar.

— Você vai ficar em pé pra sempre? — o garoto perguntou.

— Uh… Sim… Quer dizer, claro que não… Quem fica em pé pra sempre? Eu vou… Vou me sentar.

Ele quis se estapear quando finalmente calou a boca e se sentou, mas felizmente o outro não lhe expulsou dali nem nada. Ao contrário disso, o rapaz ao seu lado sinalizou para o garçom e o mesmo logo apareceu com dois copos e uma garrafa de cerveja. Taehyung que era de menor, nem deveria estar bebendo.

— Então você gosta de beber? — o estranho perguntou, enchendo ambos os copos de vidro e erguendo uma sobrancelha.

Taehyung sentiu a ironia em sua voz. Havia notado sua expressão apavorada?

— Uh… Na verdade era um desafio… Sabe?

Não sabia se era educado falar aquilo, mas estava nervoso, foi a melhor desculpa.

— Acho que sei sim. — deu de ombros. — Qual seu nome?

O rapaz lhe direcionou os olhos depois de longos minutos encarando seu copo. Definitivamente parecia mais velho que ele. Usava roupas escuras e uma típica jaqueta preta, mesma cor de seus cabelos e agora que ele notara, seus olhos.

— Taehyung? — soou como uma pergunta e o menino quis se estapear pela segunda vez naquela hora. — Quero dizer, meu nome é Taehyung. E o seu?

— Você pode me chamar de Jeon. — deu de ombros.

— Então você pode me chamar de V.

Jeon sorriu, encarando o celular mais uma vez. Ele chamou o garçom novamente e Taehyung observou calado enquanto ele falava algo no ouvido do funcionário.

— Só por uns segundos, sim? — Jeon disse ao outro cara.

O homem assentiu e Jeon rapidamente lhe entregou seu celular. Enquanto o garçom, tão confuso quanto Tae, começou a filmar os dois ali sentados, Jeon virou-se e sem aviso prévio puxou-lhe pela nuca, plantando um beijo em seus lábios.

Os breves segundos foram uma confusão na cabeça do acastanhado. Explosões de neurônios e uma imensa tela branca tomando conta da sua visão, pois Taehyung estava mais perdido que Seokjin não sendo centro das atenções. Quando Jeon se afastou, Kim só teve tempo de respirar pesado até ser puxado para longe dali por um Jihoon que parecia extremamente puto.

(…)

— Aquele cara só podia estar louco! — o menor falou quando os dois estavam sentados longe do balcão, escondidos numa mesa no canto do recinto.

Taehyung se recusou a ir embora, não sabia bem porque. Ainda estava meio tonto e nem havia bebido, tudo que saía de sua boca era "Ah... Eh...". Jihoon lhe arrastou para um lugar qualquer, checando se ele havia sido roubado ou pior.

— Taehyung! — o loiro estalou os dedos em seu rosto —  Eu estou falando com você!

— Hum?

— Você entende o perigo que correu? Aquele cara podia ser um assassino estuprador.

— Sim.

— Você bebeu daquilo que ele te deu? Sentiu que ele fez algo?

— Estou bem, Jihoonie. Vamos embora? — falou cansado.  

— Uh... Vamos sim.

Seu desafio fora cumprido, havia ganhado seu dinheiro, mas ainda estava se sentindo estranho depois do ocorrido. A sensação era nova, e ele havia gostado um pouco?

Não queria admitir para Jihoon, mas havia gostado de ter feito aquele desafio mais do que deveria.

O mais velho mal se levantou quando sentiu a mão de alguém em seu ombro.

— Me perdoe a inconveniência. — Jeon estava parado ao seu lado, sacudia seu celular na mão esquerda para lhe mostrar que e a tela brilhava, mostrando que ele havia cumprido um desafio.

— Você é um jogador.

— Sim, eu sou. — disse, se sentando ao lado de Jihoon, que fechou a cara ainda mais do que já havia feito em toda a sua história de vida de gnomo emburrado. — Só vim parar aqui por conta de um desafio, até parece coisa armada.

Jeon ia dizer mais alguma coisa, porém os celulares de ambos apitaram em uma sincronia perfeita. Era um desafio.

Vá com ele até Gangnam

— Uh… Acho que esse desafio eu vou ter que recusar. — falou hesitante.

— Recusar? Por quê? Vamos, vai ser divertido. — Jeon insistiu.

— Cara, eu não posso ir pra Gangnam.

— Além disso, ele nem te conhece. — Jihoon se pronunciou.

— Claro que me conhece, ele sabe meu nome e eu beijei ele. Nos conhecemos o suficiente. — Taehyung corou violentamente.

— Eu já ganhei a quantia que precisava, então acho que já está bom. — desculpou-se, mesmo que tivesse uma pequena vontade de aceitar.

— Você sabe que recusando o desafio, o dinheiro sai da sua conta, né? — o Kim quis se jogar.

— Se esse é o problema, depois eu te dou dez mil wones, Tae. — Jihoon se intrometeu.

— Não, Jihoonie. Eu preciso mesmo do dinheiro, você sabe. — suspirou. — Ok, Jeon, vamos pegar um metrô?

— Metrô? Eu tenho uma moto.

nerve » kth+jjkWhere stories live. Discover now