Total Eclipse of My Heart |Zayn Malik FanFic|

Chapter 15 -Feelings

Acordei novamente e desta vez sabia que não iria voltar a adormecer. Tinha despertado umas duas ou três vezes durante a noite para verificar se Zayn estava bem. Olhei-o, ainda estava a dormir profundamente e dei por mim a sorrir com a imagem, ele era muito giro.

Levantei-me devagar tentando fazer o mínimo de barulho e dirigi-me à casa de banho., assustei-me mesmo quando me olhei ao espelho. Parecia saida de um filme de terror, cabelo desgrenhado, olheiras e sangue na minha camisola. Fechei os olhos por minutos e tentei concentrar-me.

Passei a cara por água fria que fez todos os meus poros gritarem de choque, esfreguei o mais que pude até tirar toda a sujidade possível e regressei à sala. Ele estava acordado.

"Bom dia" Disse-lhe assim que os seus olhos castanhos rolaram na minha direção.

"Pensei que tinhas ido embora" Disse humedecendo os lábios.

"Não te iria deixar nesse estado" Suspirei com um sorriso. " Usei a tua casa de banho espero que não te importes".

"Na boa" Ele sorriu, o lábio estava menos inchado e por isso o seu sorriso estava mais aberto, mais autêntico, bonito. "O teu telemovél tocou."

"Deve ser a Kylie, eu liguei-lhe ontem à noite..." Quando disse estas últimas palavras o olhar dele colou-se ao meu e eu entendi." Não lhe contei nada, disse apenas que ia dormir fora".

A intensidade do olhar acalmou-se rapidamente e vi que se tentou levantar. Rapidamente tentei ajudá-lo mas ele parou-me.

"Eu consigo"

Fez força no braço esquerdo e sentiu-se. Vi-o a fazer uma careta com dores. Dei-lhe dois comprimidos que tinha na mala e dirigi-me para a cozinha tentar arranjar um bom pequeno almoço.

*****

Era meio dia quando eu acabei de fazer todos os curativos e de o alimentar, por isso ia fazer o que tinha esperado aquele tempo todo. Perguntas.

"Zayn posso te perguntar algo?" Questionei quando ele acabou o almoço.

Ele levantou o olhar e assentiu, deduzi que ele já estaria a contar com o interrogatório.

" O que aconteceu?"

"Assalto"

A rapidez com que este respondeu denunciou uma clara e grande mentira. Pousei o meu prato na mesa de centro e olhei-o. 

"Eu quero a verdade"

"É a verdade..."

"A verdade Zayn!" Interrompi elevando a voz. " Tu tinhas todos os teus documentos, dinheiro, chaves, tudo! Não tentes mentir"

Ele levantou o olhar para mim. Aquilo irritou-me mais, aquele rapaz tinha o dom de o fazer.

"Okay...Foi um ajuste de contas. Negócios que não correram bem. Eu sabia que mais tarde ou mais cedo eles aqueles palhaços o iam fazer." Fez uma careta quando se movimentou. 

"Quem são eles?"

"Arya, deves perceber que quanto menos souberes melhor é para ti"

"Eu quero saber." Levantei-me do sofá e cruzei os braços. " Eu arrastei-te  até aqui quando te podia ter deixado lá, passei uma noite em branco. Acho que mereço algumas respostas!"

"São pessoas conhecidas, perigosas e que eu não quero que se aproximem de ti, e é isto que deves saber." Disse friamente.

"Porque pediste para eu não chamar a ambulância?"

"O corte que eu tenho é feito por uma lâmina, eu sabia que não era fundo ao ponto de ter de ir ao hospital, isso poderia fazer surgir perguntas da parte dos médicos às quais não iria ou podia responder"

"Que perguntas?"

"Perguntas ás quais não podia responder, Arya!" Ele revirou os olhos."Mais perguntas?"

"Não."

Ele apoiou-se nas mãos e tentou colocar-se de pé. Quando conseguiu um dos joelhos dele fraquejaram e eu tive de o agarrar para ele não cair. A minha cara ficou a meros centimetros do peito dele e algo me fez aumentar o ritmo cardiaco e respiratório. O calor do corpo dele era algo aconchegante, quente e quase que me chamava com o perfume forte e doce que emanava, deixei de pensar por um pouco e fixei-me apenas nele. Senti-a a sua respiração junto da curva do meu pescoço , que me arrepiava dos pés à cabeça apenas pensando em qual seria a sensação de ter aqueles lábios encostados à minha pele, acariciando-a centimentro a centimetro, beijando-a devagar e prazerozamente. 

Arya! Bolas concentra-te!

Empurrei o seu corpo de maneira a que ele ficasse equilibrado, os olhos dele quase que penetravam nos meus, pensei mesmo que me conseguissem ler a alma.

"Acho que deves ir" Sussurrou. " Vou ligar ao meu médico particular"