Capítulo 13

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Acordo sonolenta em meu quarto. Pela luz do sol fraca das janelas, ainda está cedo, cedo o suficiente para todos da ainda estarem dormindo. Suspiro tentando trazer meu sono de volta, porém já estou bem acordada e com fome.

Levanto lentamente lavando o rosto no banheiro e logo descendo as escadas em direção a cozinha, reparo na porta francesa dos fundos da cozinha que dava para o jardim aberta sentindo uma silhueta se aproximar por trás e tampar meu olhos com as mãos.

- Collin, o que está... - sorrio me virando para vê-lo e de repente afastando qualquer felicidade que havia se alojado em mim há poucos segundos atrás. - Kevin?

- Eu volteeei. - cantarolou com seu sorriso diabólico.

- Como conseguiu entrar? Você estava preso. - me afasto em passos mínimos. Minhas mãos estão suando e tremendo e sinto meus lábios ressecarem.

- Isso não importa. - deu de ombros - Agora eu temos coisas pendentes um com o outro. - corro rapidamente até a porta aberta sinto todas as minhas esperanças irem embora quando assim que toco a maçaneta sou puxada de volta para dentro por suas mãos fortes.

- Taylor! - arregalo os olhos indo de encontro com os as pupilas penetrantes de Collin. "Foi apenas um sonho" ele repetia segurando meu ombros.

- Um sonho...um sonho. - murmuro tentando avisar a mim mesma que Kevin não é real, aquele Kevin não é real, lágrimas começam a escorrer em meu rosto, várias lágrimas e não param de surgir não importa quantas vezes seu polegar quente as limpava. Eu chorava e chorava e não conseguia parar. - Não era você, não era você que estava lá...- sussurro me agarrando a ele com força o fazendo me tirar de todo aquele pesadelo - Não era você! Ele me machucou! Ele disse que me amava, disse para beber mais um pouco...eu bebi, Collin, eu bebi. - agarrava com força sua camisa de algodão. O ouvi dizer que não precisava contar, mas eu já não me importava e o interrompi - Ele tirou a minha roupa. - e ele paralisou. - Collin, ele tirou a minha roupa. - Sem dizer nada mais oara me consolar, Collin se aproxima, e com certo cuidado rodeia seus braços em mim massageando minhas costas e meu cabelo até que eu adormeça ali mesmo em meio todas aquelas lágrimas e lembranças terríveis.

****

- Mas ela está bem? - alguém pergunta ao longe. É Victoria no corredor, próxima à porta do quarto.

- Foi difícil acalmá-la, mas ela ficará bem. - Collin responde - Aonde foi noite passada?

- Visitar uma amiga que há um tempo não via. - explica rapidamente. De longe, eu podia perceber seu nervosismo e as pausas de uma palavra para outra em sua fala. Ela está mentindo.

- A mesma amiga da semana passada? - retruca seriamente. Ele sabe que ela está mentindo.

- Não comece, Collin. Eu tenho muitas amigas do colegial aqui, é nostálgico e gostaria que meu namorado entendesse isso. - parecia estar ofendida - Eu tenho uma confraternização hoje a tarde com alguns amigos. Gostaria de vir já que não acredita em mim? - ele demorou para responder.

- Acredito em você. - mentiu - Não estou muito afim de sair hoje.

Victoria não pareceu se magoar com a decisão de Collin e assim que lhe deu um beijo rápido, saiu animada, e Collin, pelo visto, já não se incomoda com a ausência da namorada a maior parte do dia. Os dois mentiam constantemente um para o outro, aquilo não duraria muito tempo e logo as cartas seriam jogadas à mesa. Eu não quero estar por perto quando isso acontecer.

Um Erro No Fim Do VerãoWhere stories live. Discover now