CAPÍTULO TRINTA E CINCO

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Três batidas na porta do quarto.

— Becca?

— Oi! Achou alguma coisa?

— Não... — Arrastou Daniel. — Posso entrar?

Daniel tinha ido até a casa ao lado procurar algum telefone antigo que tinha certeza ter deixado dentro de alguma gaveta depois da mudança. Agora ele não tinha tanta certeza assim.

— Hã... — a voz abafada de Becca foi seguida por barulhos de gavetas fechando, portas batendo, objetos caindo no chão.

Ela abriu a porta desajeitada e enrolada numa toalha.

— Oi. — Sorriu, apenas com a cabeça para fora.

Daniel arqueou as sobrancelhas e riu.

— O que é isso?

— Isso o que?

— Você está com... vergonha de mim? Depois de...

Rebecca abriu totalmente a porta e caminhou até a cama, ficando ao lado, parecendo sem saber o que fazer.

— Eu sei, eu sei! Mas estou no meu estado normal agora, então estou consciente. Não vou ficar totalmente sem roupa na sua frente simplesmente por ficar.

— Hum. —Daniel sentou-se na cama, mais confortável com a situação impossível. Ele cruzou os braços sob o peito e plantou um sorriso rabugento no rosto — Então quando eu te beijo, e tudo o mais, você perde os sentidos? É isso o que você está dizendo?

Rebecca tentou tapar o rosto com ambas as mãos, mas seria impossível esconder as bochechas tornando-se mais e mais rosadas enquanto ainda segurasse a toalha. Daniel riu pelo nariz, e arrastou-se para o outro lado da cama, onde Rebecca estava. Ela tentou desviar, mas ele a alcançou antes do segundo passo. Becca virou o rosto na direção oposta a Dan, mas ele levantou-se e a agarrou entre os braços, não dando escolha a não ser olhá-lo.

— O que você quer? — Perguntou ela, falhando miseravelmente na missão não sorria.

— Eu já tenho tudo o que eu quero bem aqui. — Sussurrou ele, o rosto a cinco centímetros do dela.

— Então, pode me soltar. — Becca mordeu o lábio para conter o sorriso estúpido.

— Não. Eu sou ambicioso. Quero mais.

— Você não pode... hum.

Rebecca tentou falar, mas se interrompeu ao sentir a mão de Daniel abrindo a toalha.

— Hum. Você não pode ter tudo e querer ma-ais... Daniel! — Ela finalmente aproveitou a atenção total de Daniel em sua coxa, e a falta de atenção em suas mãos, e o empurrou. Ele caiu na cama, sentado. — Precisamos ter uma conversa normal sem terminar... nisso.

— Precisamos? — Questionou Daniel, com ambas as sobrancelhas abaixadas. Ele sabia causar pena em qualquer pessoa, por qualquer causa. — Mas nós tínhamos esse tipo de conversa o tempo todo, antes. Não está na hora de recompensar o tempo perdido?

— Talvez, mas agora não! — Ela estapeou-o no braço, e puxou-o para cima pela manga da camisa — Agora, saia daqui antes que eu perca minhas roupas de novo.

— Não seria uma má ideia — contestou Daniel enquanto era arrastado para fora do quarto.

— Tenho planos para hoje.

Quando estava quase atravessando a porta, ele virou-se e pegou-a de surpresa.

— O que eu quero fazer não vai demorar muito tempo... seus planos poderão vir depois.

O Amor (nem sempre) Mora ao Lado (À Venda Na Amazon)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora