CAPÍTULO UM

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*Primeiro, um aviso importante: o nome do personagem principal, inicialmente como Davi, mudou para Daniel. Desde o começo eu quis mudar, mas estava tentando me acostumar com Davi. Acontece que o nome do moço não é esse, e ele fez questão de me importunar até eu mudar e contar a história dele direito. Então, tudo certo, Daniel! O nome está mudado. :)*

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~~ TRÊS MESES DEPOIS ~~

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Rebecca Nonato costuma pensar demais.

Ela para, recua, olha para a paleta de cores em sua mão e, quando já está decidindo entre o Azul Bali e o Inverno - o Oceanic era muito claro, e o Porcelana muito escuro, e nem pensar no azul Aquamarine - ela volta tudo de novo.

Estava tentando decidir qual cor usar nas paredes da loja, o que era classificado como uma decisão superimportante, pois as cores podem ou não passar a impressão certa para o lugar, e Rebecca estava morrendo para ter uma loja com a impressão certa. Não queria passar pela agonia de ver tudo pronto e, no último minuto, com prateleiras postas e vestidos pendurados, perceber que o azul das paredes não era o certo.

Tinha que ser azul, a esse ponto, pois o logo da loja sempre fora azul, desde que ela o criara quatro anos atrás e colocara na página online, onde iniciou a venda das peças confeccionadas por ela - vestidos, saias e blusas com o estilo Becca.

- Argh! O que foi agora?

Giovanna tinha, literalmente, acabado de entrar no ateliê, onde Rebecca podia ser encontrada caso não estivesse atendendo a ligações ou resolvendo as inúmeras tarefas que eram precisas antes da inauguração da loja. A costureira olhou para a amiga e sequer mexeu um músculo do rosto; não precisava. Giovanna conhecia Rebecca muito bem para saber o que foi agora.

- Escolha um, só um! Não é tão difícil assim.

- Claro que é. E se ficar ru...

- Não vai ficar ruim. - Giovanna cortou a amiga.

- Qual você escolhe: Bali ou Inverno?

- Inverno.

- Você nem olhou! - Rebecca acusou. Giovanna virou-se bruscamente e roubou as paletas da mão da outra.

- Inverno - rosnou - Agora, pare de drama e mande para o pintor.

Giovanna soltou a paleta em cima da mesa onde ficariam as máquinas de costura e cruzou os braços.

- Não é drama. É sério! Mas... - hesitou ela - você gostou mesmo do Inverno?

- Claro que é drama, e sim, eu gostei. Você aí, fazendo drama onde não tem, e eu tendo que viver o meu próprio.

- Você também não tem drama nenhum, Giovanna. Dois homens gostam de você, uau. Muito angustiante. - Rebecca carregou a voz de sarcasmo e levou as mãos ao peito ao falar, como se tivesse proclamando uma fala de Romeu e Julieta (para ela, o livro mais dramático).

- Sei que você está debochando de mim, mas, sim... é angustiante. Não consigo mais esconder de um que o outro existe.

- Minha nossa. - Outra voz entrou no (quase pronto) ateliê. Era Clara, a terceira peça da loja. - De novo esse triângulo desastroso? Não aguento mais isso. - Ela olhou para Rebecca ao falar, ignorando a presença de Giovanna.

O Amor (nem sempre) Mora ao Lado (À Venda Na Amazon)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora