Capítulo 14

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POV Percy

Eu estou cansado. Dancei muito. Pulei muito. Minhas pernas estão dormentes, mas apesar de tudo isso, estou feliz. Dancei com minha namorada, a apresentei a minha família, e passei vergonha, valeu, Tyson e Paul!

Combinei com Annabeth de irmos pra praia, na minha casa, só eu e ela. Não que nem daquela vez, que tentamos guardar segredo de estarmos namorando, mas sozinhos, sem agitações ou problemas, nosso mundo. Ontem mesmo, arrumei minhas malas, que eram poucas, afinal, só ficaremos um dia. Annie estava arrumando as dela, junto de Piper, eu estou do estacionamento da escola, a esperando faz uns cinco minutos. Foi só eu dizer que ela estava demorando, acabou de descer.

- Oi. Desculpa a demora. Piper ficou falando um monte de coisa. - diz e eu sorrio pegando a mala dela. Sinto um peso.

- Você colocou o que aqui? - pergunto colocando a mala no carro e fechando a porta de trás. Annie abre a dela, mas antes de entrar no carro responde.

- Livros. - diz ela. Entro na minha porta e a fecho.

- Livros? Pra que livros quando se tem a mim? E ficou estranha a frase, esquece. - digo e ela ri. Coloco a chave e a giro, ligando o carro. Annie logo coloca uma música, Cheer Up, do Twice. Música coreana. E ela tá cantando.

- Eu não canto bem. - murmura ela e eu dou um meio sorriso acariciando uma mecha de seu cabelo.

- Canta sim. - corrijo. Eu não estou mentindo. Ela me olha como se quisesse a verdade. - É a verdade!

- Só pra me agradar. - sussurra ela. - Não precisa ser um ótimo namorado. Pode dizer a verdade pra mim.

- E eu falo! Eu sempre te disse a verdade. - digo e vejo pelo canto do olho que ela me fita.

- Vamos mudar de assunto. - decide ela e eu assinto. - Sua família não usa a casa?

- Usa. Algumas vezes. Mas não sempre. Iam mais por minha causa, e pelo Tyson. - explico.

- Ah. E se eles... Aparecerem? Não fica mal eu estar na sua casa? - pergunta ela e eu dou risada.

- Annie, você é minha namorada. É parte da família agora, e tem todo o direito de estar lá. - digo e ela sorri, pelo menos, foi o que eu vi.

- Tecnicamente... - ela começa, mas eu a interrompo.

- Você só seria parte da família quando se casasse. - adivinho e ela me fita. - Comigo, óbvio. Jackson cai bem em você. - digo e ela cora.

- Anh... - ela começa e eu paro o carro no sinal vermelho. - Percy, não acha que está muito cedo...

- Não. - digo e a puxo pra um beijo. Ela sorri e se afasta um pouco, mas não tanto assim, deixando que fiquemos com as testas coladas.

- Esquece. É que eu... Nunca namorei. - confessa ela. - Não de verdade, só os de crianças e os de adolescente. Eles eram infantis, mesmo aos doze anos.

- Eu também! Então está empatado. - digo e ela ri, me fazendo acompanhá-la no processo. - Quanto aos garotos, é normal, quando criança, mas aos doze? Eu já era esperto.

- Virou lerdo de uns anos pra cá? - pergunta irônica.

- Não, eu quis dizer quanto ao certo e o errado, o duvidoso, eu sabia que existiam lugares perigosos, com gente perigosa. Sabia alguns tipos de crime por ver na TV. - digo e ela assente.

- Eu também. - murmura e uma buzina é ouvida, do carro de trás. Volto a andar e continuamos nossa viagem.

(...)

I Need YouWhere stories live. Discover now