- S... sim - a voz mal saiu, a cabeça inclinada para trás com as carícias que lhe fazia

Ricardo interrompeu o movimento e afastou o rosto, pousando as mãos em seu colar. Ela abriu os olhos e o encarou.

- Primeiro, vamos tirar isso aqui. – disse ele com expressão de bom humor enquanto abria o fecho da joia. Ela riu. Seu marido retirou o colar devagar e, em seguida, encostou os lábios em uma de suas orelhas, mordeu-a e passou a língua desde o lóbulo até o interior, ela arfou. Porém, Ricardo interrompeu a carícia de imediato, fazendo Letícia encará-lo com frustração. Ele sorriu enquanto retirava os brincos de suas orelhas com uma estudada calma - Não quero nenhum obstáculo.

Ele estava fazendo de propósito, só para deixá-la louca!

- Nós temos a noite toda, minha querida – ele disse como se lesse sua mente. – E quero aproveitar cada segundo com você

Tomou sua mão, beijou o dorso e retirou o anel de brilhantes. Em seguida, ele se afastou para colocar as joias e a presilha na penteadeira onde ainda estava o buquê de orquídeas que lhe deu; tornou a se virar para ela com os olhos penetrantes e ardentes. Engoliu em seco; seu marido vinha sem pressa, como se quisesse prolongar sua expectativa e seu desejo.

Pegou em seus braços, colocou-os em torno de seu pescoço, pôs as mãos em sua cintura e começou a beijá-la de forma única; ela conhecia o beijo dele, mas nunca se fartava, porque era tão surpreendente e envolvente como ele. O beijo lento e suave no começo a deixava na expectativa de quando se aprofundaria; mesmo suave, provoca-lhe labaredas em todo o corpo. Uma tortura!

O contato entre as bocas se aprofundou assim como os movimentos das mãos em seu corpo; da cintura subiram novamente pelas costas e desceram pelas nádegas, apertando-as. À medida que o beijo se aprofundava, as mãos de Ricardo ousavam mais; enquanto uma continuava a massagear sua bunda, a outra deslizou pela perna e subiu a aba do vestido; o contato da mão masculina em sua pele num movimento constante de subida e descida estremeceu sua espinha, os gemidos sufocados pelo beijo dele.

Depois de certo tempo, Letícia sentiu uma agonia; seu corpo fervia, ansiava por mais, no que foi atendida. A mão que acariciava sua perna fez um passeio lento e torturante através de seu ventre até alcançar um seio; Ricardo acariciou-o por cima do tecido, deixando o bico rígido. Letícia arfou, podia quase sentir o contato, estava sem sutiã, o vestido não era adequado para usar a prenda. Seu marido fez o mesmo com o outro seio ao subir a outra mão.

Toque-os, por favor. Toque-os, pedia Letícia mentalmente enquanto Ricardo continuava a invadir sua boca com a língua, ao mesmo tempo que apertava leve seus mamilos sobre o tecido. Mas ela desejava o contato direto sem a barreira da roupa.

Como se lesse seu pensamento, Ricardo subiu as mãos até seus ombros, abaixou a outra alça e desceu o vestido até a altura do seu colo; fez uma pausa no movimento, interrompeu o beijo e a fitou, a respiração acelerada; ela viu a luxúria e a intensidade nos olhos do marido. Engoliu em seco, ele estava prestes a descobrir seus seios, mas queria que continuasse. Ricardo entendeu sua resolução, direcionou o olhar para seu decote e continuou a abaixar seu vestido; Letícia fechou os olhos e mordeu de leve os lábios, sua pulsação acelerou ao sentir os peitos descobertos e escutar um arquejo forte de seu marido; o traje foi retirado pouco a pouco com uma lentidão agoniante até perceber que caía entre seus sapatos.

- Letícia, olhe para mim – pediu Ricardo numa voz rouca. Ela o atendeu. Ele a mirava com desejo e ternura. Colocou as mãos em seu rosto. – Não sinta vergonha de me mostrar o seu corpo... ele é lindo – as mãos desceram para o pescoço e alcançaram os ombros enquanto os olhos ardentes e vidrados se voltavam para seus seios, a respiração dele acelerada – Mesmo que você não se lembre... já toquei nele, conheço cada parte e não me canso de ver e tocar –Letícia tremeu – Quero que me veja acariciando seus seios.

Perigosas LembrançasWhere stories live. Discover now