Who is your mother?

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- Ju?

Max me acorda com um sopro leve no rosto.

- Não deveria estar aqui

Coçava meus olhos, me sentando rapidamente.

- Me desculpa

Falou em tom arrependido.

- Não há de que. Fique tranquilo

Aquietou-se. Em seu olhar via brilho, e tua boca forja palavras sem som.

- Anda, o que está se passando por essa cabecinha?

Me sentei no chão com ele, que depois de segundos, se manifestou.

- Bianca... é, a mamãe. A mamãe, do Max.

- Sua mãe?

Rebati incrédula, ao garoto que assentiu em resposta.

- Max... é melhor ir embora. Não quero te causar problemas.

Max se levantou, incerto de minhas palavras, mas se foi. Me levantei e corri pra janela, abri a mesma e me sentei sobre esta.
Algo estava errado. Como Bianca já era mãe e não havia me dito nada? E porque deixar o garoto aqui?
A porta grunge, interrompendo meus devaneios. Me viro.

- Robert...

Fingi sorrir. Sai da janela, e voltei à cama, tomando Anne em meus braços, temendo pelo que viria.

- Acho que já deve estar sabendo das suspensões de seus medicamentos...

Confirmei. O rapaz encarava minha boneca, com ar debochado. Se aproximou.

- Para com os fingimentos.

Arrancou Anne de meus braços, com certa brutalidade. Marejei. Temi, e me escondi embaixo dos cobertores.

- É sério?

Cruzou seus braços, soltando um riso sarcástico, em resposta ao meu ato. Meu corpo tremia, ele me assustava.

- Porque está fazendo isso?

Minha voz falha reagiu, tentando compreender.

- Admita! Vamos, admita que não é doente. Você não passa de uma adolescente mimada... que quer atenção. Matou uma mulher inocente. E está se encontrando com um garoto de 8 anos? Maníaca! Nojenta!

Arrancou os panos de mim, lágrimas percorriam meu rosto sem permissão, quietas e doloridas.

- Não, não, não...

Repetia em negação, com os joelhos junto a meu corpo, martelando meus punhos em minha cabeça.

- Eu só digo uma coisa, Jullie. Não tem ninguém com peninha de você.

Soltou um riso maldoso.

- Nos vemos mais tarde.

Se afastou, caminhando com uma mão em seu bolso, e com a outra, bateu em um porta-retrato, que com o impacto, voou da instante marfim, ao chão. Minha única foto com mamãe.
Ardiam meus olhos, meu sangue, minha pele... a vontade era de gritar e me jogar da maldita janela.
Eu não sou maníaca. Eu não sou assassina. Eu não sou...
Assustou-me a quantidade de sangue que jorrava de meus pulsos, a medida que eu os rasgava com um dos cacos do retrato. Parei. Apertei. Gemi.
Senti alguns atordoamentos, e me deitei encostada na instante marfim. Adormeci.

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Senti um pequeno ardor, e foi ai que despertei. Estava com a cabeça apoiada no colo de Bianca, que limpava meus cortes com delicadeza. Assim que notou meu despertar, suspirou fundo.

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