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[ tell me what to do - especial 100K ]

Jackson e Mark agora moravam em Los Angeles, no mesmo bairro que os pais do mais velho, pois ele decidira criar seus filhos com a presença de seus maravilhosos avós. Às vezes, eles visitavam seus amigos na Coréia, mas muito de vez em quando, pois além de já terem a própria rotina estabelecida, não tinham tanto dinheiro para ir ao outro lado do mundo o tempo todo. Ou seja, na maioria das vezes que se falavam, era via Skype.

Lara e Michael estavam crescendo de forma saudável e cada vez mais seus avós babões se apaixonavam por eles, assim como seus dois pais. Mark continuava a pintar e Jackson decidira fazer faculdade, enquanto trabalhava num restaurante familiar dos amigos de seus sogros. Michael iria para o segundo ano do ensino médio e Lara estava prestes a começar a segunda série.

Era uma tarde agradável de domingo, quando Lara se aproximou de seus dois pais, que estavam na cozinha preparando os famosos brownies com manteiga que seus filhos tanto gostavam.

A pequena se esforçou para subir na cadeira. Sentou-se e observou o casal à sua frente sorrirem um para o outro enquanto conversavam distraidamente em frente ao balcão, suas perninhas balançando sob a mesa.

Mark se virou para pegar algo sobre a mesa e então a viu, sorrindo para a filha linda que tinha.

— Oi meu amor, tudo bem? – perguntou, aproximando-se e deixando um beijo estalado no topo de sua cabeça. — Sentiu o cheiro dos brownies?

Ela balançou a cabeça, confirmando. Seu outro pai, com os braços sujos de farinha, ergueu-os e com dois passos já estava do lado da filha.

— Que tal dar um abração no papai, hein? – a garotinha soltou um gritinho e saiu correndo para fugir dos braços sujos de seu pai, que também correu pela cozinha. A risadinha gostosa de ambos se juntando e preenchendo o ambiente. — Não acredito que você não quer abraçar o papai!

— Papai tá sujo! – riu ela, abraçando as pernas de Mark em busca de proteção. — Appa!

— Jackson! – advertiu o mais velho, segurando o riso e fazendo o outro parar do outro lado da mesa e rir alto. — Deixe ela em paz.

— Ela é minha filha, eu posso. – falou.

Lara saiu da proteção de seu pai mais velho e voltou a se sentar na mesa, os olhinhos curiosos observando tudo enquanto o casal conversava sobre perturbar ou não a pequenina.

— Meu amor, os brownies ainda não estão prontos. – dissera Mark. — Não quer ir brincar com a Chloe enquanto espera? – sugeriu, lembrando-se da filha da vizinha que era a melhor amiga de sua filha.

Lara sacudiu a cabeça, negando.

— Eu vim perguntar uma coisa, appa... – disse, seu pai a encarando de forma compreensiva para que continuasse a falar. — Como os bebês são feitos?

Mark arregalou os olhos e engoliu em seco, enquanto Jackson, que lavava a louça, derrubou algumas vasilhas, fazendo um barulhão.

— Como?

— Como os bebês são feitos, appa?

O jovem casal se entreolhou, ambos levemente desesperados e sem noção nenhuma do que falar. Eles não esperavam que ela fizesse aquela pergunta tão cedo, portanto, nem mesmo planejaram o que dizer. Michael tinha quase dezoito anos, era muito mais fácil conversar sobre essas coisas com ele do que com uma garotinha de seis anos.

— Filha... – começou Mark, massageando as têmporas.

Jackson estava organizando as vasilhas que havia derrubado, tentando fugir da responsabilidade de contar a uma criança de onde vinham os bebês. Nervoso, ele se aproximou do marido e sussurrou: