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BamBam gargalhava tão alto que quem passasse pela casa ia oensar que alguém o estava espancando.

Era fim de tarde e ele resolvera passar para dar um "oi" ao seu casal favorito e não conseguia parar de rir.

- Não ria da desgraça alheia! - reclamou Mark, que estava sentado no sofá com o pé inchado - e enfaixado só por precaução.

BamBam tentou se recompor, ainda rindo baixinho e limpando uma lágrima que ameaçava cair.

- Você... eu tô orgulhoso. - murmurou, pousando sua mão no ombro do outro.

- Po-porque?

- Pela primeira vez você foi ativo! - e voltou a rir. Mark deu um soco em seu braço mas ele ignorou e continuou a rir.

Jackson estava trabalhando, ou seja, a "princesa" - o mais novo apelido de Mark - estava ali indefesa, daquele duende risonho e magrelo que chamava de amigo.

Deitado e debilitado, o mais velho teria de contar com a ajuda de BamBam enquanto o namorado não voltasse. Talvez o matasse até o fim do dia, mas isso apenas o tempo poderia dizer.

- Eu tentei pelo menos... - murmurou, bebericando de seu chá que começava a esfriar. - Talvez ele tenha gostado...

- Mas você ainda prefere estar por baixo? - insinuou BamBam, em um tom meio brincalhão meio malicioso. Ele só não esperava a reação do mais velho, que virou o rosto e começou a corar violentamente.

Ele tinha acertado em cheio.

- Então você gosta mesmo!? - questionou, animado. - Ai meu Deus, isso é muito engraçado! - BamBam ria tanto que sua barriga doía, o que fazia Mark apenas ficar mais e mais vermelho, se encolhendo no canto do sofá e encarando o chá em sua caneca de Star Wars.

- E-eu me acostumei... gosto de como ele é carinhoso... - explicou. Não sabia porque dizia aquilo, mas de repente sentiu uma enorme vontade de contar como Jackson era maravilhoso. Não só na cama mas como em quase todos os quesitos.

BamBam não tinha mais aquela expressão de riso. Muito menos um sorriso malicioso de orelha à orelha.

- Que bom. - parecia genuinamente feliz. - Te ver feliz é o que mais queremos.

Aquilo fez Mark ficar quieto. Não estava acostumado com o BamBam sentimental.

- O que foi? É sério. Não imagina como estamos felizes de Jinyoung ter trazido Jackson para cá. - começou, apoiando as costas no sofá e se acomodando. - Desde que vocês se conheceram, você sorri mais, fala mais. É muito bom te ver assim.

- Assim como?

- Feliz. Completo. Apaixonado.

O mais velho suspirou e sorriu para si mesmo, encarando o nada enquanto lembrava-se da razão de seus dias terem se tornados mais coloridos.

- É. É bom mesmo.

...

Era noite e Jackson estava exausto.

Ser gerente da loja, no início, parecia fácil, mas não era. Trabalhar em qualquer ramo não era fácil. Por mais que gostasse de lá, ficava muito cansado em alguns dias da semana.

Ao chegar, encontrou Mark empoleirado numa cadeira, cozinhando alguma coisa.

- Mark! Desça daí! - pediu, correndo até ele e esquecendo momentaneamente sua dor nas costas. - Poderia ter caído e se machucado! Onde está BamBam? - disparou.

A preocupação excessiva do mais novo fez Mark sorrir.

- Eu tô bem, amor. Eu torci o tornozelo, e não sou um bebêzinho. - afirmou. - Agora senta aí que a janta tá ficando pronta.

In Bloom » marksonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora