falling in love with michael clifford

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O time de futebol continuou ganhando os jogos sem Luke. Ashton continuou liderando o time como sempre fez, e o treinador passou a explorar as habilidades dos outros jogadores, que logo começaram a marcar gols.Com o passar das semanas os olhares de ódio direcionados ao loiro desapareceram, e no final do mês os rumores e piadinhas finalmente cessaram. Talvez ele finalmente tenha escapado da jaula que o prendeu por todos esses anos.

A escola sempre foi um local de solidão e sofrimento. As horas passam lentamente, a matéria inútil absorvida, e então Luke está finalmente livre para ir embora. Depois de conhecer Michael, ele admite que o local passou a ser mais suportável, pois pelo menos tinha alguém para conversar e o manter entretido.

Agora, com o colorido expulso, Luke está sozinho novamente. As idas até a cafeteria no recreio pararam, e em vez disso o loiro senta em uma mesa vazia observando os outros adolescentes socializarem. No último período ele recebe uma mensagem do ruivo com uma nova música, e o conteúdo dela é sinceramente assustador. O novo passatempo de Michael é conversar com crianças do ensino fundamental que ele considera solitárias, já que ninguém nunca fez isso por ele. Honestamente, o gesto é fofo, porém Luke tem medo que o jeito protetor do outro atrapalhará sua bondade.

O sinal bate e Luke corre para guardar as coisas e encontrar o namorado (eles já estão juntos a dois meses, será que são namorados?) na frente da escola. Michael está dentro do carro, escutando My Chemical Romance no último volume e atraindo olhares para si, não que ele se importe com isso. O mais novo abre a porta e praticamente se joga no colo do outro, o beijando fervorosamente.

"Também senti sua falta, loirinho." Michael ri do desespero do loiro, mas o beija na mesma intensidade. Depois de muitos beijos e um pouco de esforço físico, Michael finalmente consegue convencer Luke a voltar para o banco do passageiro e da a partida, dirigindo até sua casa para almoçarem juntos.

O caminho é preenchido por fofocas da escola que Michael não dá a mínima, mas presta atenção independentemente pelo entusiasmo de Luke. O que ele não faz por esse garoto.

"Você realmente quer bater em valentões do ensino fundamental?" O mais novo pergunta durante o almoço, um sanduíche inteiro dentro da boca. Garotos são nojentos, Michael pensa mordendo um grande pedaço de seu lanche. "Você realmente bateu em uma criança do oitavo ano como você diz na música?" Michael sabe que está apaixonado quando o fato do loiro estar falando de boca cheia não o incomoda.

"Às vezes temos que fazer o que temos que fazer. Ele era um babaca."

"Você é provavelmente duas vezes o tamanho dele, Mike. Não deveria estar batendo em criancinhas." A risada do colorido confunde Luke. Por que estão sempre rindo dele?

"Não fui eu que bati no idiota, Lu. Eu só ensinei a menina que ele estava se aproveitando a se defender. O irmão dela ficou muito agradecido, ele tem a nossa idade." Luke o olha com os olhos arregalados. Por essa ele realmente não esperava.

"Michael Clifford! Você está me dizendo que você fez um amigo?" Um pedaço de sanduíche voa em sua direção. Valeu a pena, ele pensa rindo.

"Ha, ha, ha, Hemmings. O nome dele é Awsten, e ele quer muito te conhecer, na verdade. Quer ir até a casa dele mais tarde?"

"Você falou de mim para o seu novo amiguinho? Só não vá me trocar, senão nunca mais deixo você ver a Petunia." Michael finge estar ofendido com a ameaça, causando mais risadas do loirinho.

"Até parece que eu trocaria meu garoto." O ruivo está muito concentrado em seu celular para reparar a felicidade no rosto do mais novo.

"Como você estava solteiro quando eu te conheci? Como você gosta de mim?" Luke realmente não entende como alguém tão incrível (e atraente) como Michael Clifford se interessaria por ele. O maior medo do loiro é perceber que os últimos meses foram somente um sonho, ou uma pegadinha cruel.

Every Little Thing ➳ muke Onde as histórias ganham vida. Descobre agora