Capitulo 23

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Ao chegarmos a casa do Harry vimos um carro de polícia logo à entrada e entramos depressa dentro de casa, mesmo sem bater à porta. Harry estava sentado nas escadas, enquanto a mãe dele conversava com um agente e preenchia uns papeis. 

- Foste tu suaaaaa..... - gritou a mãe do Harry e começou a correr na minha direção, preparando-se para dar-me um estalo. O Louis reagiu a tempo e afastou para traz, enquanto o Harry corria para ssegura-la.

- Estás doida?! - gritou o Harry enquanto olhava-a agressivamente.  O agente veio logo ter com eles e começou a pedir calma na sala.

- SAI DA FRENTE HARRY! Eu disse-te ou não que não te queria nunca mais ver com essa cabra?! Tu não percebes que ela só te está a fazer mal?! Hoje vem cá a policia e amanhã?!

Eu estava simplesmente com a boca aberta a olhar para eles.

- Tu não tens direito de dizer essas coisas! Não fales do que não sabes! 

- Eu sei muito bem! Essa rapariga é do pior que existe! Estás feliz?! PALMAS! CONSEGUISTE METER O MEU FILHO CONTRA A SUA PRÓPRIA MÃE!  ANTES DE TI ESTAVA TUDO BEM MAS DESDE QUE APARECESTE ESTRAGASTE A VIDA DELE POR COMPLETO!

- CALA-TE! - gritou o Harry e a mão que devia estar na minha cara, transformou-se num forte estalo na cara do Harry. A Eleanor deu um grito de surpresa e olhou para eles chocadas com as mãos no rosto. 

Harry lentamente começou a erguer o queixo enquanto a sua mão estava na grande marca deixada pela mão da sua mãe. Ele olhou-a profundamente nos seus olhos e um minuto de silêncio surgiu na sala. Harry olhava para a sua mãe, o polícia nem se atrevia a falar, Louis, Liam e Eleanor estavam quietos e chocados e eu peguei calmamente na minha mala que deixei cair e saí lentamente pela porta. Fechei-a silenciosamente para ninguém me ouvir e tirei da minha mala uma nota de 500 euros, que deixei por entre a porta, para o vento não a levar. No mundo de hoje, é so preciso uma quantia e as coisas podem ficar resolvidas. 

Comecei a caminhar lentamente pela estrada fora enquanto o sol começava a pôr-se e uma escura noite surgia. Como é que uma simples pessoa pode causar tanto em tão pouco tempo? A minha vida mudou drasticamente de um momento para o outro e o mesmo acontecia a Harry. Como é que eu fui capaz de causar tantos estragos e não ter previsto as consequências que toda aquela porcaria de história de amor podía trazer? O amor é a pior coisa do mundo.  A minha filha ainda não tinha nascido mas de certeza absoluta que já sentia um tremende vergonha pela mãe que tem. Eu tinha vergonha de mim própria. Eu chorava... e sentia-a a chorar comigo. 

Deslizei lentamente pelo tronco de uma árvore qualquer e sentei-me na relva. Estava um tremendo frio e o ambiente escuro da noite começava a tornar-se muito sombrio. Eu estava completamente sozinha numa rua desconhecida. 

- Interessante... o teu instinto guiou-te logo para aqui... - falou uma voz calma ao meu lado. Olhei para cima e vi o Harry e fazer-me um sorriso mas com uma tristeza nos olhos. Harry desligou pela arvore e sentou-a ao meu lado, apoiando a sua cabeça na minha.

- Como me encontraste? - perguntei sem forças e reparei que à minha volta estava a o tal jardim zoológico a que o Harry me trouxe alguns dias atrás e à minha frente estava a tal fonte da lenda.

- Tive um pressentimento. 

Ri-me levemente para não chorar mais e olhei para o lado. Ao lado do Harry estava uma mala de viagem apressadamente feita. 

- Volta para casa Harry... por favor...

- Eu podía voltar.. mas se o fizesse acho que nunca mais seria feliz.

- Às vezes temos de fazer alguns sacrificios para deixar os OUTROS felizes..

- E que sacrificios eles fazem por nós? Todos querem algo, mas quase nunca dão algo em troca... 

- A tua mãe deve estar preocupada, volta..

- Ela está preocupada a pensar no que vai fazer com a merda do dinheiro que deixas-te... - falou ele já um pouco zangado.

- Eu não deixei nada.

- Isso é o que ela pensa.. e sabes, nem valia a pena, ela já tinha convencido o polícia a deixar passar...

- Fico feliz por saber disso...

Os dedos do Harry começaram a brincar com os meus, que estavam pousados na relva e acabaram por entrelaçarem-se. Permanecemos quietos e em silêncio com um simples toque de mãos e o som dos grilos e a àgua a escorrer pela fonte. Não havia muitas estrelas naquela noite, mas havia uma, que ficava mesmo em cima de nós e parecia estar lá de propósito para nos iluminar o caminho... caminho o qual, eu não soube escolher bem.

- Bonita noite, não?

Eleanor sentou-se na relva ao meu lado, encostando a sua cabeça ao meu ombro, o que me fez sorrir e o Louis e o Liam apareceram por detrás das árvore, sentando-se também.

- Nem precisas de perguntar.. - disse logo o Louis a Harry que se riu - A resposta à primeira pergunta é : não sei, eu só sabia que vocês estavam aqui... simplesmente sabia. A resposta à segunda pergunta : Tu vais viver comigo! E não quero ouvir '' nãos'' ! Hoje ja fiz uma asneira... e não vou voltar a estragar tudo!

O Harry riu-se e acenou com a cabeça. Acho que nenhum de nós estava para conversas porque  na hora que se segiu, ninguém disse nem uma palavra nem proferiu um único som. E estava tudo bem, porque o amor irá encontrar uma maneira ,para ser o que o amor é. 

40 GRAUS - Harry Styles FanFicWhere stories live. Discover now