CAIO & ZAIRA 07

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CAIO

Talvez, ficar a tomar conta desta rapariga fosse mais complicado do que o que eu tinha imaginado.

O relógio no meu pulso está a dar as oito horas e ainda estava a acabar o jantar. Mesmo não sendo bom cozinheiro, tentei.

Antes disso, esteve aqui Theo, que deu-me o maior sermão do mundo depois da nossa longa conversa sobre o porquê de eu estar a fazer isto, mas o que conta é que no fim ele decidiu ajudar-me. Eu sabia que iria poder contar com ele nisto.

Eu queria fazer algumas mudanças no que toca, por exemplo às instalações, mas primeiro de alguém que o fizesse sem eu ser descoberto. E é aí que Theo entra, para dar o nome por mim.

Ainda me lembro de algumas das suas afirmações acerca de Zaira:

"- Tens a certeza, Caio? Essa rapariga vai lixar-te a vida, ela e o pai são iguais ou tu ainda não entendeste isso?

Revirei os olhos.

- Eu sei o que estou a fazer, sei sempre.

- Não, tu não sabes, porque se soubesses afastavas-te de fim dessa gente. O chefe anda-me a pressionar, não sei o que fazer Caio..."

Theo estava zangado. Ele próprio também tinha medo do pai de Zaira, como eu uma vez referi, Roger Bernardi é temido por todos por aqui.

"- Theo... vais me ajudar ou não? Não me abandones agora, eu estou quase a ter a justiça que pretendia há tanto tempo.

Ele olhou para o chão e logo depois para mim de novo.

- Okay, mas deixa-me fora desse esquema e depois não digas que eu não te avisei.

Ele lança um sorriso.

- Obrigada. Eu sabia que podia contar contigo e não te preocupes... porque eu sei que esta guerra é minha, não te vou meter no meio dela.

- Só não te deixes levar.

- Combinado.

Sento no sofá que se encontrava atrás de nós e suspiro ao sentir o meu corpo relaxar por completo".

E assim foi, Theo prometeu ajudar-me. Eu sabia que ele não me ia deixar ficar mal nisto.

Já em relação ao jantar, também acho que não fiquei assim mal de todo.

ZAIRA

Estava farta desta cama, farta deste rapto sem consciência alguma. Farta daquele rapaz.

Só queria poder saír.
Sentia-me encurralada dentro destas quatro paredes, sem poder ver se ainda era dia ou se já havia escurecido...

Ouço alguém falar no andar de baixo e vejo que não era só ele. Havia mais alguém.
Será que havia mais alguém por detrás disto?

Não é justo eu estar aqui fechada e ter de estar a domínio de um rapaz que não conheço de lado nenhum.

Eu só consigo pensar no Dimitri. Eu e ele... Bem, nós dois namoramos faz uns bons meses e nesse tempo que nós estamos ficando, eu já o encontrei com duas raparigas na cama do meu pai. Mas, eu fui obrigada a ficar com ele na mesma, não vou dizer que não gosto dele porque eu gosto muito, mas agora a mágoa é muito maior.

O meu pai obrigou-me a ficar com ele. Ele tem dinheiro e pode-me dar um bom futuro, é tudo o que ele me diz a toda a hora. Como se isso fosse esquecer tudo o que ele me fez passar.

Mas futuro e dinheiro... Onde isso vale quando não há confiança, honestidade nem fidelidade?

Talvez vocês possam questionar o facto de eu não falar muito na palavra amor... E a razão é bem simples, a desilusão que eu tive fez com que eu esquecesse que eu algum dia o amei. Até porque eu aposto que a esta hora está deitado sobre outra dizendo coisas das quais eu nem quero saber.

Por isso, eu estou farta, não só deste rapto como da minha vida.
Só gostava que o meu pai me conseguisse tirar daqui de uma vez por todas e poder ir para longe de todas as pessoas que nos querem mal.

Mas, será que Caio me quer mal de todo?

Ele parecia preocupado comigo ontem, de um jeito que nem parecia o raptor que me levou pelos braços até aqui.

Só espero que o meu pai assuma os seus erros para poder voltar para casa.

Só espero que o meu pai assuma os seus erros para poder voltar para casa

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CONTINUO? OU NÃO?

In(quebrável) - Máfia e Vingança Where stories live. Discover now