Tuca

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17:30h foi o horário combinado de chegarmos ao Tuca, papai se propusera a nos levar e, assim fomos; chegamos exatamente dez minutos antes do combinado, logo na entrada vimos Daniel e uma menina junto a ele, era perceptivelmente mais nova que Renan e eu, parecia com alguém que já tinha visto antes, talvez na escola, eles pareciam ter chegado a pouco tempo, nos aproximamos e ele então nos cumprimentou, primeiro a Renan, depois a mim, ambos com um abraço, quando percebi ao seu lado era a Raissa, amiga do Augusto, que também é amigo de Renan, eles nos acompanharam até dentro do Teatro, onde encontramos também com alguns dos rapazes da produção, o Diego e o Adriano; no primeiro Improvável já os tinha visto, mas não havíamos sido devidamente apresentados.
—Boa tarde, quase noite, Diego. –disse Daniel cumprimentando-o.
—Boa, Dani. Elas são as garotas de quem tinha falado?
—As próprias. Alice, Raissa, esse é o Diego, e esse –apontou para o moço um pouco mais alto– é o Adriano. Aqueles dois mais à frente são o Jeff e o Diogo. São alguns dos membros das nossas produção com dois ésses e técnica com quê-u-i. Sem apresentações pro Renan, ele já até cansou da cara de vocês. –Daniel disse, o que nos fez rir.
—Muito prazer em conhecê-los. –falei cumprimentando e abraçando os dois.
—Prazer, Diego e Adriano. –Raissa disse.
—O prazer é nosso. –Adriano falou.
—Parece nervosa. –Diego disse olhando pra mim.
—É tão perceptível assim? –falei com um sorriso fraco.
—Bastante até. –Renan disse colocando o braço sobre meu ombro.
—Hmm.. –ouvi Daniel falar, Renan deve ter ouvido também, pois logo tirou o braço tentando se recompor–Então, meninas e menino, vamos andar rapidinho pelo Teatro?!
—Vamos! –falamos os três em uníssono, o que provocou risadas.
Seguimos até próximo do camarim.
—Um minuto, gente. –Daniel disse entrando no camarim.
Ficamos os três lá fora, numa conversa rápida.
—Pronto, gente. –Dani disse abrindo a porta para que entrássemos.
—Passou mais que um minuto, Dani. –Renan disse fazendo piada.
—Quanto te pagam por dizer o óbvio? –falei cutucando-o.
Raissa apenas achava graça da situação.
Adentramos ao camarim e vimos Anderson e Elidio lá.
—Oi, tudo bom? –falei.
—Tudo ótimo, e você? –falou Elidio já abraçando Raissa e posteriormente Renan.
—Tudo ótimo também, obrigada.
Fui então abraçar o Andy, fiz a ele a mesma pergunta e, da mesma forma ele disse que tudo estava ótimo.
A conversa foi, então, fluindo; falamos sobre quando e como conhecemos o trabalho dos meninos, Renan era o fã mais antigo ali, que, mesmo na infância, já acompanhava desde os primeiros esquetes, Raissa também dissera já os conhecer, principalmente Daniel, há um tempo, eu era a mais recente fã no recinto, mas havia algo em comum que nos unia; o fascínio e carinho por aqueles caras. Logo, apareceram Tauszig, Edu e Marcão, os convidados daquela noite, olhei no relógio que tinha no pulso, eram 18:12h, Raissa perguntou aos dois se poderiam tirar uma foto, ambos concordaram, ela chamou Renan e eu para que saíssemos também na foto, registrado o momento, saímos, junto com Andy, do camarim pra ver mais um pouco do Teatro, o Tuca era enorme, havia sempre um ponto a mais a se conhecer, era tudo absolutamente incrível.
Andy havia informado de que eles iriam treinar um pouco de improviso, ele disse que poderíamos assistir ao treino, assim fomos. Daniel, Elidio, Tauszig e Marco já estavam no palco, Edu estava abaixo falando ao celular, acenou para nós assim que nos viu, Andy subiu ao palco para se juntar a eles e Edu acompanhou minutos depois. Eles treinaram alguns jogos, era incrível o quanto aqueles caras tinham sintonia e se divertiam com aquilo tudo, o tempo ia passando e eles sequer pareciam ver, havia algumas sugestões de cena ali para que eles treinassem raciocínio, talvez escritas num Improvável anterior e não sorteadas, uma delas foi "O que não fazer durante uma aula de física", Edu virou para Renan, Raissa e eu e perguntou:
—E vocês, o que responderiam nessa?
Nós três nos olhamos e eu falei:
—Por que eu tenho que aprender as leis da Física se elas não estão na Constituição Federal?
Isso arrancou risadas de todos e então, eles passaram a perguntar que piada eu faria de acordo com cada cena, cada piada minha, mesmo que ruim, os fazia rir, não sei se por consideração ou sinceridade, mas eu estava feliz.
Foi quando, então, eles viram que havia chegado a hora de se arrumarem para o espetáculo, e assim foram.
Renan, Raissa e eu levantamos de onde estávamos e permanecemos conversando, dessa vez com o Diego o Adriano, eles nos contaram como ocorria a filmagem dos vídeos do Improvável, e explicaram como se dava a decisão de quais jogos publicar no YouTube. Diogo e Jeff se juntaram à conversa pouco depois, falamos sobre, como era, pra eles, trabalhar com os Barbixas. Quando nos demos conta, algumas pessoas já adentravam ao Teatro, olhei pro relógio, faltava pouco mais de uma hora pro início do espetáculo, como o tempo voava quando se estava num ótimo lugar e em bela companhia. Saímos dali por um instante para escrever nossas sugestões de cenas e frases, depois disso, fomos então, para os lugares em que ficaríamos durante o espetáculo, primeira fileira, perto o suficiente do palco, Raissa sentara próximo a nós.
Passaram-se mais alguns minutos e o espetáculo, enfim começou.
Edu entrou em cena, conversou um pouco com a platéia, e finalmente, chamou os jogadores da noite, que entraram um a um, todos esbanjando alegria e uma sintonia imensa.
O espetáculo começou e nele houve os jogos: Estilos, Troca, Cenas Improváveis, Torradeira, Dicionário, Quadrado e Musical, não necessariamente nessa ordem, várias sugestões nossas saíram durante os jogos.
Assim que acabou, nos direcionamos para a fila das fotos, mesmo estando lá há mais de cinco horas e interagido bastante com os meninos, uma foto pós Improvável é sempre bom.
Raissa foi conosco, ao chegarmos lá, parabenizei os meninos pelo maravilhoso espetáculo e agradeci pelo convite, eles disseram que tinha sido um prazer, e que se eu estava feliz, eles também estavam.
Raissa e Renan trocaram algumas palavras também, as quais nem dei muita atenção, tiramos duas fotos, uma no celular de Raissa, outra no de Renan. Após isso, nos despedimos de todos lá e saímos do Teatro.
—Não demorem a vir, hein! –falou Elidio.
—Esperamos que em breve! –falei o que fez Andy rir.
—Até a próxima, gente. –disse Dani.
—Voltem logo. –disse Andy.
Dissemos que iríamos o mais breve possível, e enfim saímos.
Raissa ficara, iria minutos depois. Renan e eu saímos do Teatro, o pai dele já nos esperava do lado de fora.
Antes de entrar no carro, abracei Renan e agradeci a ele por ter sido tão boa companhia durante aquelas horas e em todos os dias.
—Não tem do que agradecer.

Nos Improvisos da VidaWhere stories live. Discover now