100% hétero (l.s)

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Louis estava a dormir.

Graças a Deus.

Depois de Louis saber que o motivo por Daisy ter sido espancada era ele, Louis desabou.

Acontece que estava uma garota troçando de  garotos que sempre iam embora sozinhos. Ela estava falando que eles eram gay e rindo deles. Daisy apenas a confrontou, dizendo que não tinha mal algum gostar de pessoas do mesmo sexo. A conversa tomou outros rumos, a garota dizendo que Daisy gostava de garotas. E se ele não gostava, como poderia saber ela que não fazia mal? É aí que entra Louis. Daisy apenas o mencionou, dizendo que o seu irmão gostava de um garoto e que estava tudo bem com isso.

Louis se sentia culpado. 

E Harry sentia-se abençoado por Louis finalmente estar dormindo. 

Eles ficaram pela casa de Jay, subiram para o antigo quarto de Louis, que ainda estava intacto, e deitaram-se. Mas ao invés do que Harry pensava, Louis não se encostou a ele ou o abraçou. Louis ficou do seu lado, sim. Mas não lhe tocou e Harry respeitou. Ele dormiu ao lado de Harry, uma distância razoável, encolhido no próprio corpo e de carapuço na cabeça. O seu rosto não estava tão vermelho quanto antes, mas Harry ainda estava preocupado.

De que maneira é que aquilo ia afetar Louis?

Não era mau de mais?

Ele já não tinha passado pelo suficiente? 

Mas o pior... O quanto isso ia afetar a relação deles?

Daisy tinha sido espancada por Louis namorar um garoto. Ele desistiria disso pela culpa toda que estava sentindo? Era por isso que ele não estava se aguentando em Harry?

Porque ele achava que Harry era o culpado?

-X-

- Harry. - Jay suspirou, vendo o maior entrar na sua cozinha. Ela parecia aliviada. O que ela esperava?

Harry não disse nada. Desconfiado.

- Louis ainda está dormindo, querido?

- Daisy está dormindo com ele.

- Daisy?

Sim, Daisy. Harry não sabia mais como ajudar o namorado. Então acordou a pequena e a levou para dormir com Louis, dizendo que Louis estava triste por ela e que só a garota o podia ajudar.

-X-

Louis sentiu alguém do seu lado. E esse alguém estava se mexendo. E esse alguém definitivamente não era Harry.

Haviam mãos pequenas em volta da sua cintura, o abraçando enquanto ele estava de lado. Ele abriu os olhos devagar, vendo Daisy o largar e esfregar os seus próprios.

- Lou?

- Hey, querida. - Ele disse, engolindo em seco ao ver os machucados bem próximos de si, mas passando os dedos pela bochecha.

- Harry me trouxe para aqui. - Ela murmurou, voltando a abraçar Louis.

Wow, Louis estava surpreso.

- Harry? - A sua voz falhou um pouco. O quão o maior estaria machucado por ele?

- Você não tem que ficar triste por mim, Boo. Não é sua culpa. - Ela disse, esfregando a bochecha no ombro de Louis.

- Harry te disse para dizer isso?

- Não. - Ela confessou. - Ele só disse que você estava triste por mim.

- Oh.

- Não fica, Lou. Por favor, não fica. - Daisy estava quase chorando.

Louis não queria dizer à irmã que sim ele se sentia culpado.

- Não é sua culpa que as pessoas desse mundo não entendam você.

Louis estava com lágrimas nos olhos.

- Me entender? - Ele se viu perguntando em voz alta.

- Você sabe. - Ela o olhou. - Eles não conseguem enxergar que é só amor. E mamãe diz que amor é válido em todas as formas e você sabe que mamãe fala sempre a verdade.

Louis pressionou as pálpebras uma na outra, tentando ao máximo não mostrar o quanto aquilo o tocava.

- Porque está chorando, bobo? - Daisy sorriu para ele. - Você não está feliz? Eu não te via assim feliz antes de começar saindo com Harry.

Louis não conseguia nem falar.

- Bebé... - Louis passou a mão pela bochecha de Daisy.

- Eu te ouvi conversando com mamãe. - Ela disse. - E eu já sei para que escola eu quero ir.

- O quê?

Ele parou de repente.

- Você quer mudar de escola?

- Eu quero ir para a escola onde você trabalha. - Ela disse, sorrindo fraco. - Você vai me proteger lá, não vai? Eu posso ir para lá? Eu não quero ficar com esses meninos que não acham certo amar.

- Daisy... - Ele puxou a irmã para si.

- Não estou indo porque tenho medo, sabe? Os meninos da classe estavam com pena de mim. Mas eu que estou com pena deles. Afinal, eles que tem que estar perto de pessoas com nomes feios.

Louis riu pouco, sabendo que a irmã se referia a palavrões e coisas assim.

- E os meus machucados vão desaparecer. E a... Como Fizzy disse? A ignorância deles não.

-X-

Harry e Jay estavam falando sobre como Louis estava se comportando na casa nova. Apenas para desanuviar a tensão do silêncio, quando Louis entrou na cozinha e pousou as mãos na mesa.

- Daisy quer se mudar para a minha escola. - Ele disse, assustando ali os dois presentes. - E ela não estará fugindo do problema. - Ele disse, mais confiante.

Daisy tinha adormecido.

- Mamãe, por favor. Não a obrigue a ir lá de novo. Eu trato de tudo, por favor. Ela só não quer mais conviver com os colegas, porque... Porque... - Ele olhou Harry por um segundo. - Porque eles não aceitam relacionamentos homossexuais. Ela não quer ser como eles e ela quer... Ela está se impondo a esse tipo de... Mentalidade. Ela não quer ser como eles e ela está... Defendendo esse tipo de coisa. Defendendo esse tipo de... Amor. Me defendendo a mim.

Harry estava sentado. Mas Jay estava de pé, se dirigindo ao filho e o abraçando, acenando e concordando.

- Nos deixa um segundo? - Ele sussurrou no ouvido da mãe, ao que a mesma acenou outra vez.

Jqy saiu da cozinha, depois do sorrir ao filho e se mostrar emocionada.

Louis girou um bocadinho nos pés, a mão no cotovelo da sua suéter.

- Me desculpa. - Ele murmurou.

- Pelo quê? - Harry se colocou de pé, ficando na frente de Louis o o olhando, depois de puxar o seu queixo.

- Eu estraguei tudo, não foi? - Louis fungou.

- Do que você está falando?

- Você estava pronto para me segurar ontem e-

- E você se segurou sozinho. - Harry interrompeu. - Está tudo bem.

- Você está bem?

- Você está? - Retrucou, puxando o queixo de novo para Louis o olhar. Louis acenou, confirmando. - Então eu também.

- Eu sei o que eu fiz. Me desculpa. Eu só estava muito chateado porque... Porque tinha que ser com ela?

- Amor... - Harry o puxou para um abraço.

- Eu prometo me segurar em você pelo resto da minha vida. - Louis disse, manhoso.

- Querido, - Harry começou. - Nós estamos nos segurando um ao outro.

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Feliz Natal!! Eu sei que está no fim, mas esse é meu presente!!

Não?