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- Lou. - Harry falou, fungando. - Desculpe. Eu te acordei? Eu não estava conseguindo dormir e-

- Eu não estava conseguindo dormir também. - Tomlinson disse para o telemóvel.

A questão era que Harry estava chorando e Louis sabia muito bem porquê. Era a primeira noite deles separados numa semana. Não havia ninguém para impedir Harry de chorar.

E, sim, Louis tinha sido acordado mas não era como se ele fosse dizer isso para seu namorado choroso.

- Amor... Não chore... Por favor. - Louis quase implorou.

- Eu não estou. - Styles fungou de novo, limpando as lágrimas.

- Você estava. - Tomlinson sentou-se na cama, vendo as horas. Quatro da manhã.

- Como você sabe? - Questionou. Tomlinson distraiu-se, procurando uma camisola para vestir. - Louis?

- Oi, desculpe. - Respondeu, depois de puxar a camisola para baixo. - Eu sei porque eu conheço você. - Respondeu por fim, prendendo o telemóvel entre a orelha e o ombro enquanto apertava os cordões das vans.

- Desculpa ter-te acordado. - Harry pediu.

- Não acordou. - Louis assegurou, pegando a chave da mãe e saindo de casa sem fazer barulho algum.

- Não minta. Eu também conheço você. - Styles fungou mais uma vez.

Louis tapou o microfone, entrando no carro e batendo a porta.

- Verdade. - Ele colocou o telemóvel no alta-voz, pousando-o no meio das suas pernas.

- Eu devia ir dormir... Desculpe ter-te ac-

- Durma bem bebé. - Louis interrompeu.

- Eu vou tentar.

- Te amo. - Louis desligou a chamada, se concentrando em conduzir.

Quando ele chegou a casa de Harry, ele tratou de pôr um alarme para as 6h30. Que seria a hora em que sua mãe se poria a pé e daria a falta do carro.

Ele espreitou debaixo do vasinho que Gemma havia mencionado um bom tempo atrás. Ele se sentiu um sortudo por encontrar lá a chave.

Silenciosamente, ele entrou, tirando as sapatilhas e subindo em bicos de pés. Não iria Harry achar que estava sendo assaltado e atirar Louis das escadas abaixo.

Ele chegou rapidamente ao quarto de Harry. Vendo o pior. Styles estava coberto até à cintura, uma almofada em cima da cabeça e as mãos a pressiona-la. Ele estava tentando abafar o choro.

Tomlinson sabia o que Harry pensava. Claro que ele sabia. Ele se perguntou o mesmo quando o seu pai se foi. E era totalmente compreensível. Harry estava lidando com sentimentos de uma semana inteira. Uma semana em que a mãe não tinha voltado.

Ele se odiou por não poder fazer nada. Cerrando os punhos, e ignorando a raiva, ele caminhou até à cama, se enfiando debaixo dos lençóis, assustando Harry. Styles encarou-o, os olhos em lágrimas e as pestanas encharcadas.

- Achava que eu ia deixar você? - Louis sussurrou, afegando a mão nos caxos de Styles.

- Me perdoe. - Harry falou, limpando a cara.

- Porquê anjo? Você não fez nada de errado. - Louis continuou afastando os cabelos da cara de Styles, aproximando-se e deixando a cabeça do mesmo no seu peitoral.

- Eu estou chorando que nem um idiota. - Chutou, passando os braços pelo corpo de Louis, o abraçando.

- Você não é idiota. - Louis começou, beijando a sua testa. - Você é o namorado mais lindo, e fofo, e querido e o melhor que eu podia querer.

100% hétero (l.s)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora