100% hétero (l.s)

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Vocês têm o 83?

-X-

Louis tinha sido totalmente enganado. Harry iria sim lhe contar onde trabalhava, mas não era naquele momento, nem naquele dia. E nem havia uma data marcada! Era só quando fosse para ser.

Tomlinson saiu de lá emburrado, dizendo que, como namorados que eles eram, e tomando os passos que eles estavam tomando, Louis deveria saber.

Harry ficou triste com isso, também porque era verdade. Mas Louis nem ligou para o biquinho que Styles havia feito e apenas saiu dali.

Mais tarde no trabalho, o celular de Louis vibrou na secretária e, vendo se ninguém do corpo docente passava, Louis a abriu.

"Louis..."

E logo depois veio outra:

"Você acha que a gente está indo rápido demais?"

E ele respondeu:

"O que andaram dizendo para você, querido?"

"Não está mais chateado?"

"Me responde."

"Estava só perguntando"

Louis suspirou, voltando a trabalhar.

Mas de que porra Harry estava falando?

"Está arrependido de alguma coisa?"

Louis digitou, enviando para Harry. Ao fim de quinze minutos, Louis achou estranho que Styles não respondeu.

" Porque eu não estou arrependido de nada. "

"De nada mesmo, viu?"

"E se você achar que estamos indo depressa demais, você pode me dizer."

"Mas eu ainda vou querer me mudar com você. E fazer o que quer que seja com você."

"Porque eu ainda quero você, sempre. "

" Te amo"

-X-

Harry não havia respondido a Tomlinson, o que deixava o mesmo preocupado.

Quando saiu do trabalho, Louis recusou o café para que Perrie o havia convidado.

Ele conduziu rapidamente para casa. As suas mãos suavam e todo ele era feito de suspiros e respirações pesadas.

Ele estava assustado e preocupado.

Porque Harry tinha trazido aquele assunto?

E porque Harry não havia retornado o "eu te amo"?

E se Harry acha que eles ainda não estão prontos para morar junto?

No fundo... Louis sabia que ele estava tendo sorte demais.

Ele entrou na casa de Styles, demasiado medroso para chamar pelo mesmo.

A casa estava escura e Louis pensou que aquilo estava sendo demasiado sinistro. Então Louis viu uma luz na cozinha e a seguiu.

A luz estava apagada, mas as velas em cima do balcão, formando um coração, a iluminavam. Tinha um papel dobrado no meio, e Louis o pegou, lendo.

"Porque não vai até à papelaria da baixa e lê o artigo que eu publiquei? Me encontra aqui depois. "

Louis rapidamente estava suando.

Ele apagou as velas, uma por uma, com medo que algo acontecesse com elas e saiu.

Louis sabia qual era a papelaria, já que Harry sempre parava lá no caminho para o emprego de Tomlinson.

Ele conduziu até lá, se perguntando o que Harry pretendia com isso. Se Styles ia acabar com ele, para quê tanto drama?

Essa ideia causava calafrios por todo o corpo de Louis e quase o fazia chorar só de imaginar isso.

Ele manteve em mente que podia ser algo bom. Afinal ele ia saber que tipo de coisa é que Harry escrevia.

Quando Louis chegou à papelaria, havia uma senhora na sua frente, mas mal o dono o viu, ele sorriu para Tomlinson e pediu licença à mulher.

Um minuto depois o homem apareceu com uma revista na mão, a estendendo por cima do balcão.

- Para você, Louis. - Ele disse. - Boa sorte, hein?

Louis agarrou a revista e sorriu antes de correr dali para fora e se enfiar no carro.

Rabiscado a caneta, por cima da cara de um homem, dizia:

"Amo você
H.
     P.S p.64"

Louis correu as páginas o mais rápido que pôde e, ao chegar à devida, a primeira coisa que ele notou foi a assinatura de Harry: Edward Styles.

Louis leu tudo aquilo, que ainda era grande, e já no meio ele estava cheio de lágrimas.

Ele não soube como é que arranjou forças para conduzir até casa de Harry, e Louis quase o queria bater por o fazer passar por isso.

Louis entrou em casa apressado, e dessa vez realmente tremendo, e quando ele abriu a porta, ele queria morrer.

- Como você foi capaz? - Ele perguntou.

"É possível amar alguém mais do que você mesmo? É possível você preferir morrer ao invés de ver outra pessoa morrer?
Isso é para você, amor.
Isso é para o cara que roubou o meu coração e o tem desde então.
Isso é para Louis Tomlinson, o amor da minha vida.

Você lembra da primeira vez que eu vi você? Ou você sequer lembra do que você me disse? Se você não lembra, você disse direto na minha cara que a gente ia ser amigos. E nós éramos. Nós éramos os melhores amigos.
Mas como alguém poderia não amar você de outro jeito? Era praticamente impossível. E você me fez lidar com isso.
Você me beijou no aeroporto de Paris e a gente não teve a chance de falar sobre isso por um tempo. Então você disse que me amava do mesmo jeito que eu e eu... Eu quase quis surtar.

E, querido, eu sei que faz pouco tempo e que às vezes a gente tem brigas idiotas, e você parece esquecer, mas eu te amo tanto que o meu amor vale por esse mundo todo. E você é o meu mundo, você é o meu tudo e eu soube, no momento em que te conheci, que eu não conseguiria viver mais sem você.

Eu quase quis morrer quando você disse que casaria comigo, porque eu tive que mentir para você, ou omitir, e te dizer que era cedo demais, tudo para eu poder estar fazendo isso agora. Eu sei que quebrei seu coração com isso, mas agora você entende não é?

Todas as suas inseguranças foram bobas e eu as amava e odiava, porque eu não queria que você as tivesse, mas ao mesmo tempo eu podia te assegurar e dizer o quanto te amo.

Louis...

Claro que eu me casaria com você, então...

Você se casaria comigo ao invés? "
                                                  - Edward Styles