Oi, meu nome é Morgana Mendonça, mas meus amigos me chamam de Mona.
Sou, como posso dizer? Quieta, mas com a língua bem afiada, não pise no meu pé, porque eu viro uma fera rsrsrsr, calma eu sou como eu sou e vocês vão adorar me conhecer.
Agora vamos...
Chego ao hospital e já saiu correndo para a ala da maternidade, tive que pagar nem sei quanto para conseguir alugar um avião as pressas e chegar aqui. Assim que localizo o quarto da Priscila, já estavam lendo-a para a cirurgia, então os acompanhei, vesti uma roupa que mandaram e fiquei ao lado da mulher que amo esperando a chegada de nossos filhos.
- Eu tô com medo. A Pri fala assim que lhe dão uma injeção nas costas e a deitam.
- Não precisa ter medo, eu estou aqui e logo, logo teremos nossos bebes em nossos braços. Falo tentando acalma-la, ela sorri e diz.
- Vai dar tudo certo. E uma lágrima desce por seu rosto lindo.
Enxugo seu rosto e a beijo.
- Vai ficar tudo bem meu amor! Falo e a sala fria começa a encher de pessoas: Médicos, enfermeiros e tudo mais.
- Vamos começas? Papai, você deve ficar o tempo todo nesta posição. Fala um homem que acredito ser o médico e eu apenas assinto.
- Fique calma Priscila, dentro de alguns minutos você terá dois lindos bebes em seus braços. Ele fala direcionado a minha mulher, que sorri fraco.
Paro de olhar para tudo e foco nos olhos da Pri que permanece acordada durante toda a cirurgia, não sei quanto tempo se passou, quando ouvimos o primeiro choro.
- É uma linda menina! Fala um dos médicos e a entrega para outro que faz uns procedimentos e depois a trás para nós.
- Parabéns é uma menina! Fala uma mulher.
- Oi meu amor! Falo olhando-a e chorando.
A enfermeira aproxima nossa filha do rosto da Pri que também chora.
- Ela é linda meu amor. Falo e beijo a testa da Pri.
- Vou leva-la para fazer os procedimentos necessários. Fala a enfermeira e leva nossa filha, quando ouvimos outro choro.
- Outra menina! Fala o médico e tudo se repete: Fazem uns procedimentos e a trazem até nós.
- Meu Deus, conseguimos fazer duas meninas lindas. Falo emocionado, olhando-a.
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Quando a enfermeira a leva, olho para a Pri que parece suplicar que eu as siga e é o que eu faço. Vou atrás e chegamos a uti neonatal, uma enfermeira barra minha entrada, tento explicar que são minha filhas, mas ela diz que preciso esperar. Fico olhando por um vidro várias pessoas encima de minhas meninas, meu coração se aperta e ninguém me diz nada, se passam vários minutos, quando sai uma mulher.
- Por favor, como estão minhas filhas? Pergunto desesperado.
- O sr. é o pai das gêmeas? Pergunta a mulher.
- Sim, sou eu. Falo.
- Eu sou a doutora Carla, sou a pediatra do hospital, suas filhas estão bem e mesmo nascendo algumas semanas antes, estão com o peso adequado, fizemos todos os testes com elas, precisam ficar as primeiras 24 horas em observação na incubadora, mas é só por precaução. Caso o senhor queira pode pega-las no colo. Ela fala e cada palavra arranca um sorriso maior de meus lábios.
