Capítulo 30

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Por Pedro

Vê-la naquela cama de hospital imóvel, acaba comigo não sei o que fazer, sinto as lágrimas caindo em meu rosto.

- Oi amor, já esta na hora de acordar, abre esses olhinhos lindos para mim, vai. Eu preciso tanto vê-los, abri vai. Digo entre soluços.

- Linda, eu te amo, volta, acorda amor, nós vamos casar você lembra? Você quer deixar a doida da Priscila cuidando do casamento todo? Ela vai transformar nosso dia em um carnaval. Você precisa esta bem para nossa família, nosso amor, para nossa vida. Acorda amor. Enquanto falo vejo certo movimento em sua mão e grito.

- Enfermeira, enfermeira. Uma senhora entra e diz.

- O que esta acontecendo aqui?

- Eu não sei, mas ela mexeu a mão. Digo de forma esperançosa.

- Ela esta estável, senhor deve ter tido algum espasmo. Ela fala e me olha deforma triste.

- Tudo bem obrigado. Digo e ela sai.

Fiquei horas ali sentado, a olhando, olhando para sua mão na esperança de vê-la mexer novamente, porém nada aconteceu. Vejo médicos e enfermeiras entrando e saindo do quarto, não sei a quanto tempo estou aqui, mas não consigo dizer mais nada só a olho, vejo pela janela que já amanheceu, ainda não sai daqui, as horas vão passando, o sr. José vem a olhou afaga seu rosto, lhe beijou a testa, olha-me de forma triste e sai. Mas horas se passam, ainda estou em silêncio não consigo me afastar e nem soltar sua mão, sinto que ela precisa saber que estou aqui, quando ouço a porte abrir e percebo a presença do Carlos. O olho e lhe dou um sorriso fraco e finalmente digo algo.

- Acho que você tem visita, meu amor. Abre os olhos vai. Por favor. Digo lhe incentivando a acordar.

Afago seu rosto, agora pálido em tons de cinza, frio e triste, saio deixando-a sozinha com seu amigo.

- Oi Mona. Antes de sair o ouço falar.

Do lado de fora do quarto, parece que o peso é maior em minhas costa, recosto na parede e me permito desabar.

- Meu Deus, por favor trás ela de volta. Digo baixinho, com as lágrimas molhando minha camisa.

- Meu filho! Ouço uma voz que conheço bem.

- Mãe! É a única palavra que consigo dizer antes de abraça-la.

- Vai ficar tudo bem, fique calmo. Ela diz abraçada a mim.

- Ela não acorda. Eu prometi que ela não iria mais sofrer e agora esta neste hospital, desistindo de viver. Digo assim que nos separamos do abraço.

- Ela é uma guerreira, sempre foi e isso não a impedirá de continuar sendo. Precisamos ter fé. Ela diz afagando meu rosto.

- Estou com medo que ela não volte. Confesso.

- Não podemos pensar assim. Ela diz e volta a me abraçar.

- Não sei o que farei sem ela. Digo.

- Vem você precisa comer algo e tomar um banho, faz dois dias eu você não sai deste hospital. Só neste momento me dei conta do tempo que passei naquele quarto sem sair de junto da Mona.

- Não consigo deixa-la só. Digo com sinceridade.

- Ela não estará sozinha, o amigo Carlos não esta lá com ela, por favor meu filho, você precisa se cuidar, ela precisa de você. Ela diz e eu me rendo.

- Tudo bem, vou tomar um banho e volto em meia hora. Digo.

- Vou avisar ao Carlos. Falo entrando no quarto, falando no ouvido do Carlos que sairia por alguns instantes, olho para meu amor lhe dou um beijo e saiu.

Superação ❤ Por Mim e Por Você ❤Where stories live. Discover now