Mas, a dor de ter perdido o meu pai por algo tão insignificante era tanta que eu tinha que tentar fazer alguma justiça.

Vi a desconfiança no seu olhar azulado e ingénuo. Reparei desde o início que ela não tinha ido nem um pouco com a minha cara, apenas estava curiosa com a ideia de descobrir mais sobre o seu pai, que lhe parece guardar milhares de segredos. E talvez ela estivesse correta, quando pensava no porquê de todas aquelas suas incertezas para com o seu pai.

Eu não estava aqui para lhe fazer carícias ou para lhe dar uma boa notícia, mas sim para a levar comigo. Para atingir aquilo que quero.

Fazer justiça.

— Eu gostava de falar...

Começei a enrolar a minha voz, enquanto tirava um pano com álcool do meu bolso. Quando ela descobriu o que eu pretendia, eu já estava com o pano bem por baixo do seu nariz.

A morena caiu nos meus braços de forma involuntária, fazendo com que eu tivesse que pegar nela ao colo para a tirar daqui. Cobri o seu corpo com o meu casaco, para não repararem que era ela que levava comigo.

Saí por o lado contrário do sítio onde estávamos e com sorte fui bem sucedido.

Como eu me sentia depois disto?

De certa forma, estranho... Apesar de ter a fama de cara macho e mau, eu não era isso tudo. Talvez só um pouco.

Mas nunca tinha raptado ninguém, nunca tinha levado alguém inconsciente no carro para bem longe daqui, nem tinha pensado que talvez precisasse de atar as suas mãos para caso acordasse.

Nunca.

DUAS HORAS DEPOIS

Conduzia atento, sempre desviando o olhar para a rapariga adormecida no banco de trás. Zaira estava completamente inconsciente e não mostrava nenhum sinal de que iria acordar tão cedo. Começava até a estranhar a demora para ela acordar.

Ao fundo, vi uma quinta com uma casa de pedra, enorme por sinal, e sorri. Era para lá que iríamos os dois, mesmo que Zaira não tivesse a escolha de decidir se queria ir ou não. Até, porque essa resposta iria ser bem óbvia.

A casa estava abandonada há quinze anos, mas ainda estava bem conservada, apesar do vidro de uma janela estar partido e um pouco embaciado do frio. Decidi respirar fundo e caminhar até lá, sem ainda saber o que fazer quando ela acordasse.

Deixei-a a dormir no meu carro e bati à porta, só para ter a certeza que não estava mesmo ninguém aqui. Eu havia vindo cá há um tempo, quando me lembrei deste plano e fiquei ainda mais empolgado ao saber que não era habitada. Afinal, quem vai procurar aqui?

Como era esperado, ninguém veio abrir. Decidi eu fazer as honras e empurrei a porta de madeira para trás, abrindo-se, em seguida, para trás.

Fui ao carro e peguei nela com cuidado, reparando que o seu vestido estava mais subido do que devia.

Decidi ignorar e levá-la para dentro da sua futura casa até receber aquilo que queria.

Roger Bernardi assumindo os seus pecados, os seus crimes e ir parar ao único sítio que merece: a cadeia.

A casa era muito grande, quase como um antigo castelo preenchido de louça prateada e uma enorme lareira na qual parecia ser a sala de estar.

Decidi colocá-la no quarto principal. Era uma divisão preenchida com a cor beje e pouco mobilada.

Tinha uma cama à beira de um quadro de algum autorretrato desconhecido. Agarrei forte o seu corpo ao preparar-me para a largar com cuidado. A sua figura misteriosa estava a provocar curiosidade na minha mente.

O seu rosto parecia ter sido criado por Deus. A sua pele era pálida e todo o seu corpo era bastante definido e curvilíneo.

Definitivamente, não saiu ao seu pai no que toca à aparência.

Sei que quando ela acordar, a sua reação não vai ser das melhores.

Mas eu só a pretendia soltar depois de ter a certeza de que o seu pai confessava o seu crime. Depois disso, eu deixava-a em paz, pois não pretendo fazer-lhe mal nenhum.

OLÁ MENINAS, ESTOU A ADORAR MUITO ESCREVER ESTA HISTÓRIA E ESPERO MESMO QUE ESTEJAM A GOSTAR

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OLÁ MENINAS, ESTOU A ADORAR MUITO ESCREVER ESTA HISTÓRIA E ESPERO MESMO QUE ESTEJAM A GOSTAR. DEIXEM A VOSSA OPINIÃO AÍ NOS COMENTÁRIOS.

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In(quebrável) - Máfia e Vingança Where stories live. Discover now