Lembranças

20 10 9
                                    


Você se torna uma criança um tanto bizarra pro mundo quando se está parcialmente só e possuí a estranha habilidade de ver coisas que as pessoas normais não vê e dizem a você que não existem, ou pelo menos quando as pessoas não crêem nelas mais, não como antigamente, seja o que elas forem. Com o passar dos anos comecei a perceber que esse tipo de coisa era estranha pra sociedade comum, depois de uma longa jornada sendo chamado de louco, apesar que ainda se ouvia contos das pessoas de terras que existiam em lugares incomuns, que ao longe, bem longe dali ainda existiam as civilizações perdidas pelo tempo, ou como eu digo avançadas, que tinham uma coisa que nós não tínhamos. Magia, dons e sabedoria...

O continente magico.

Esse era um fato da minha juventude, ser chamado de louco, por apenas possuir um dom ou o que quer que isso seja, mas o que mais eu poderia fazer... Iria lhe surpreender e era muito comum em minha habilidade eu atrair estas coisas pra mim, seres diferente de tudo que possa imaginar, eles estavam em todos os lugares e cantos remotos. Seja na escuridão de um beco, ou até mesmo em uma sala de aula. E alguns deles são perigosos e não gostam de seres observados, e outros que adoram brincar e seguem você, se eles o vêem olhando para eles. O que as pessoas não percebem e que aqueles seres vivem entre nós, são como pessoas normais, mas usam uma cobertura que os esconde de olhares curiosos, mas é ai que me complica.

Logo após a última guerra, os continentes se separaram e cada lado tomou aversão pelo outro. Eles isolaram os países mágicos ou que possuíam seres mágicos e não humanos. Mas o que eles não perceberam e que eles não os isolaram, foi exatamente o contrário. Os Elders - seres que possuem magia, seres de poder que criaram uma raça ou mesmo destruíram uma . Os Elders, ou como eles eram chamados, Anciões - isolaram a terra deles dos humanos. Nós humanos, éramos conhecido por desordeiros e seres sem graça e sem dons, ficamos afastados das terra deles, mas eu era um dos jovens que possuía dons, e isso era complicado. Nós, heirs, como éramos chamados pelos humanos normais, fomos classificados e marcados como perigosos e circunstancialmente eramos vistos como um risco pra raça humana. Mas disfarçar minha herança era difícil, como não olhar para pessoas que tem pupilas negras, com pequenas manchas de estrelas ou olhos felinos, como gatos ou até uma clara tonalidade de palidez,  desde dentes pontudos e cabelos de cores estranhas e diferentes, até alguns que tem tatuagens que cobrem suas faces e outras partes de seu corpo. E difícil se comportar como um adolescente normal, quando isso circunstancialmente acontece comigo.

    Isso era o pior, disfarçar algo que não dá pra conter. Mas ser um heirs ou Heiress, é complicado, pois desde os tempos antigos eram seres agraciados. Os Heirs ou Heiress eram pessoas que ganharam dádivas e poderes pra lutar como guerreiros pelos Elders que os beneficiou. Logo após a guerra, os guerreiros da parte humana foram mortos e os que faziam parte da parte mágica sumiram. Alguns diziam que eles esperavam serem usados novamente por seus padrinhos. Bem eu sou um sobrevivente, de um resquício de algo que existia em minha família, é devo dizer que seria Por parte de pai. Mas por ser humano, já deixa tudo mais complicado e esse lance de ver coisas, é um tanto tenso.

Mas como toda história, minha habilidade não começou do nada ou apareceu com magia. Claro que não, não sou nenhum personagem principal. Sou somente um adolescente na cadeia de seus 18 anos, que com uma falta de sorte eminente não possuí uma namorada e nem ao menos amigos com quem poderia compartilhar seu peso de vida, e que vive sua vida da maneira mais normal possível, e que será uma vida diferente de outras. Uma vida que estava para mudar e recomeçar com aquela aparição.... Mas primeiramente vamos começar do início... o bom e velho início de sempre.

Quem vós fala? Meu nome é Sebastian Angelis.

Londres, Inglaterra.

Presos ao DestinoWhere stories live. Discover now