Coração Congelado

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Uma escuridão tão grande e substancial que enchia os corações de medo e deixava certa ansiedade no ar. Nuvens negras enchiam o céu da Áustria, e transformava aquela terra que uma vez havia sido prospera, ser tornava o começo de um pesadelo, a tormenta se encaminhava ao leste e a neve caia rigorosamente e impossibilitava a passagem de qualquer ser vivo. Parecia o prelúdio de uma tempestade, o sol jazia oculto atrás das nuvens e não havia um único faixo de luz ou claridade rompendo suas nuvens. Ali onde deveria estar coberto de Erdevals, pequenos brotos e inúmeros pinheiros, havia somente folhas ocultas pelas camadas grossa de gelo, feitos de uma nevasca que consumira toda aquele lugar. Que era incrivelmente diferente, como se a nevasca houvesse passado por um único lugar, levando tudo embora, e deixando uma beleza fria. Nos cantos mais remoto dali se encontrava um castelo oculto nas montanhas longas e frias daquela terra, aonde nem mesmo os mais corajosos iriam até lá, mas tudo ali parecia ter sido completamente devastado e limpo, no que eu diria por uma força muito mais devastadora que tudo, além de estar atrás de uma enorme e densa floresta que se ocultava no extremo leste da Áustria, ali repousava o Castelo de Andrill ou como era mais conhecido Cloud Twilight, ali era o lugar onde um anjo certa vez repousou o mensageiro dos Deuses, o príncipe de Gelo. Um castelo claro, feito de pequenas paredes de um mármore translúcida que chegava crer que podia ser o mesmo quase transparente, de uma maneira que deixava uma claridade incomum habitar o local. Parecia ser feito todo de gelo, luz e uma essência estranha, uma essência de luz que devia ter sido dada, a início pela presença de luz que havia e pela a benção que o mesmo havia dado aquela terra, há alguns anos atrás... Andrill, o anjo de gelo e luz, aquele que existia desde início e poucas pessoas sabiam disso, aquele local era de paz e serenidade, um local assim como aquele não podia ser profanado nunca, ainda mais com um nome tão profundo como As Nuvens Crepusculares, mas ali havia a marca de um drama, assim como o houve há 200 anos.

Por mais que houvesse um símbolo admirável de sua presença na entrada do castelo, ali aonde havia tanto brilho, e ele praticamente existia imponente, chegava ser tão grande quanto à montanha e tão frio quanto o inverno mais rígido.

O Castelo era feito de um pálido mármore que estava envolto pelos desenhos de gelo que cresciam tribais por toda a extensão do chão e paredes, onde podia sentir uma sensação de frio consumi-lo por dentro, aquele frio era muito mais que apenas uma sensação. Ele era quase abissal, como se o Anjo ou algo maior estivesse ali, ou ainda mesmo habitasse ali. Sua escadaria era decorada de um piso artesanal, feito de branco com azul e que trazia cada detalhe de prata e ouro, em pequena runas espirais, além de tapeçarias longas e gravuras traçadas e moldadas nas altas paredes, que revelava a obra de um artista que mostrava em cada uma de suas imagens, batalhas vitorias e lutas e a beleza de uma batalha, uma guerra travada pela justiça e o símbolo de gelo do anjo, em esferas fractais, onde uma jovem salva um ser que ela não sabia que possuía asas, mas agora em seu lugar permaneciam apenas sombras de todo aquele encanto que uma vez já existiu ali, como se fosse apenas uma marca ancestral e esquecida, escondida em longas e grossas camadas de gelo e de uma energia destruída, agora aquilo estava envolto pelo frio devastador. Por alguma razão o frio havia se instalado da forma mais crua possível naquele lugar. Tudo que era feito do mais fino e lindo mármore e pedras agora estava embaixo de longas camadas e tudo havia se petrificado e se transformado de gelo, aquele lugar onde reinava a paz e o caloroso amor, estava em completo frio e escuro caos...

Subindo lentamente as escadas podia ver os quartos impecáveis e tudo envolto em camadas das mais tapeçarias que mostrava claramente a perpetua imagem do anjo, e de sua beleza e graça, além de pessoas que parecia pequenas peças de artes, mas se olhasse atentamente para cada uma delas podia se ver a mancha e até mesmo as marcas de suspiros soltos antes da morte de cada um. Uma morte feita de algo que podia ser belo, mas acabou por algo trágico, até mesmo pra morte aquilo era estranho de se vê, era estranho ver as almas vivas, atrás do gelo, e mesmo assim mortas, congeladas pelo frio. No meio do salão principal estava um conjunto muito peculiar de duas estatuas.

A estátua de um casal, um rei e uma rainha.

A rainha estava ajoelhada e as lágrimas caiam em um suave cristal, que havia deixado um rastro de lágrimas em uma tentativa desesperada e frustrada de salvar seu amado rei, e aquela onda desesperada em busca de salvação em nome do amado rei que tinha sido estacado por um prisma de gelo, havia sido em vão, e a pobre rainha congelou ao seu lado. E ele que agora permanecido preso em um enorme prisma de gelo, que se banhava em vermelho pelo sangue. Aquele que não havia visto o fim chegar e nem quem possivelmente tenha sido o culpado por esse fim cruel. Mas ao fundo podia se ouvir um murmúrio de dor e lamento um choro baixo e descontrolado.

Um choro perdido no desespero...

Um sinal que eu conhecia bem...

Presos ao DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora