Dura Verdade

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No ano seguinte
Nada de bom me aguardava...

        Aquilo parecia o início de uma trágica comedia, a jovem Aryana que na minha presença havia sido uma criança energética, agora não passava de uma sombra do que era. Sua pele estava cheia de marcas roxas, pequenos cortes feitos por suas unhas e marcavam a pele, e havia uma marca muito preta de um roxo antigo em seu ombro esquerdo e uma parte escondida de seu rosto. Ela havia apanhado ou algo pior... Durante aquele momento parecia que houve algo que ele não devia ter capitado, pois se tivesse estaria ali, para o que desse e viesse.
— Aryana, o que houve com você, me conta! – disse a ela, sentando-me ao seu lado na cama.
          Seu olhar se enchia de lágrimas e me olhava como se eu fosse sua saída no final das contas. Mas ela nada disse apenas me olhou vagamente, como se... Aquilo não podia ser real.

— Aryana, olha pra mim... Não vê que eu vim aqui pra vê-la...?

       Seu olhar vago caminhava ao redor do quarto como se procurasse a origem do som, como se eu não estivesse ao seu lado e minha voz não a alcançasse. Ela não podia mais me ver, e mais uma vez eu estava sozinho aqui...

— Se me escuta, ouça-me... Me perdoa. Eu não sei o que houve mais espero que você melhore. Eu a amo.

Ela chorava compulsivamente até que em um sussurro baixo, com sua pequena cabeça cabisbaixa: — Se você for um anjo me leve com você, eu não quero mais ficar aqui. – Eu quero ir com você. Eu preciso ir embora ...

Foi a que eu investiguei o que havia acontecido a minha pequenina em minha ausência.

          Ela havia sido maltratada pelas crianças do reino e pelos seres humanos que viviam ali. Chamavam na de mostro que ela era a aberração dali, que era fruto de uma traição hedionda da Rainha. Até que três meses atrás, antes que eu pudesse retornar umas quatro crianças do vilarejo haviam a encurralado e lhe agredido por ela congelar uma pequena rosa na frente dela. E como uma tentativa de ser livrar dela, a empurram morro a baixo, fazendo com que ela batesse a cabeça em um pinheiro. Ela começou a melhorar, só que infelizmente começou a ser maltratada pelo Pai, que a tratava como uma indigna e a olhava como se fosse uma aberração, um fruto abandonado. Até que eu descobri pelo sussurro das pessoas que o Rei tinha parte de culpa na marca Roxa na face de Aryana, ele havia lhe batido de forma tão dura durante uma reunião e que tinha agredido com um enorme tapa a face da Rainha e numa tentativa de ajuda a mãe a protegeu com uma brisa muito forte de gelo, mas o Rei havia sido rápido e a golpeou de uma maneira que a pequena não conseguiu se mantiver mais em pé e bateu a cabeça na parede, fazendo com que ela ficasse desacorda por dois dias e meio. Ao Aryana acordar, ela não reconheci ninguém, somente chorava e dizia que queria ao Mik, no qual acreditaram ser um amigo imaginário ou algo já que eles não conheciam ninguém com o nome parecido.

Ela havia procurado a ele, havia ansiado por ele ali...
Mas ele havia lhe quebrado a promessa... E não pode salva-lá antes.

E depois daquilo, não saia do quarto e não disse nenhuma palavra, apenas ficou assim por uma semana, sem saber sobre si mesma e quem era, e depois de quase um mês que ela começou a se lembrar de quem era, mas agora ela não podia mais vê-lo, e somente ouvi-lo. A culpa era dele. Eu havia lhe acarretado dor, ele não podia ficar ali, ela não precisava de mais um problema, como ouvir algo que não podia mais ver.

E com mais essa dor em seu peito, parti...

Para que não causasse mais sofrimento a ninguém e nem mesmo a Arya...

Presos ao DestinoWhere stories live. Discover now