39

775 72 8
                                    


Despertei lentamente.

Rebolava pela cama do Justin, de tão cansada que estava. Chegamos a casa por volta das três da manhã.

Acabamos por ficar a conversar, visto que nenhum de nós estava sóbrio para se sentir cansado e capaz de dormir. O meu telemóvel vibrou uma e outra vez, apesar de o ter ignorado.

Levantei-me da cama, encontrando a camisola do Justin, espalhada no chão, o que me levou a vesti-la.

Apenas um tecido cobria o meu corpo quando me levantei.

Desci a escadaria até à sala de estar.

Encontrei-o sentado no sofá, a cabeça apoiada nas mãos. Senti-me nervosa, a sensação de desconforto e medo estava a apoderar-se de mim.

Sentei-me ao lado dele, captando a sua atenção num ápice. Reparei nos olhos chorosos dele.

- Justin, o que se passa?

Enrolei os meus braços ao corpo dele, tentando reconfortar-lo.

Logo, o Justin elevou-me o suficiente para me sentar ao seu colo. Algo estava muito errado, podia sentir pela tensão do corpo dele.

Voltei a encara-lo, observando a rota da lagrima pela sua bochecha e queixo, até desaparecer na camisola.

- Desculpa Ivy. - Murmurou baixo.

- Porque me estás a pedir desculpa? Diz de uma vez, Justin!

- Ligaram-me da academia, Ivy. - Senti os seus dedos entrelaçarem-se no meu cabelo despenteado.

- Não... - Balancei a cabeça. - Não!

Levantei-me do colo dele, recuando até me afastar completamente dele.

Isto não podia estar a acontecer.

O Justin não podia ter sido selecionado para uma missão. Era errado, porque a nossa relação estava melhor que nunca, era injusto para nós.

Tinha noção que podia acontecer, mas como nunca foi mencionado, coloquei a hipótese de parte.

Lágrimas deslizavam pelo meu rosto, o Justin tentou alcançar-me.

- Babygirl, não fujas de mim.

- Aceitaste? Claro que aceitaste! Justin, não podes ir! Tu não me podes deixar e ir para guerra, ok?

Balancei a cabeça.

Não podia deixar que fosse combater.

Imaginar o que lhe podia acontecer era aterrorizador. Como podia aceitar a sua decisão? Estava tudo tão, mas tão bem entre nós.

- Porquê? Eu pensei que estivesses feliz e que isso não era opção!

- Claro que estou feliz! Nunca tive tão feliz, Ivy. Mas não posso simplesmente virar costas ao pelotão.

- Preferes virar costas a mim? Preferes virar-me costas outra vez?

- Ivy, tenta compreender!

IVY II  ➛ JUSTIN BIEBEROnde as histórias ganham vida. Descobre agora