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December, twenty four 2016

Ajudava o meu pai a sentar-se no sofá, visto que necessitava de uma cadeira de rodas para se movimentar.

Era desgastante ver o quão difícil era para o meu pai suportar a cadeira de rodas. Habituar-se à mesma durante longos meses, até conseguir voltar a andar.

A sensibilidade era existente, apesar de fraca, muito fraca.

Apenas ao espetar uma agulha, o meu pai sentiu um formigueiro. Ainda que muito mínimo, mas já era um início, para quem não sentia nada.

Ao senta-lo na sala com Ian, que havia desafiado o nosso pai para um jogo de futebol na PlayStation, sai da sala de estar, adentrando na cozinha, onde a minha mãe prepara o jantar.

O meu telemóvel começou a tocar, era uma mensagem de Brooke.

Mensagem recebida
Brooklyn
(2pm) - Já almoçaste? Vamos todos ao cinema, queres vir?
- Claro!
(2:03pm) - Nós vamos buscar-te daqui a meia hora

Pousei o telemóvel na bancada.

Estanhava o facto de Justin não me ter dito que iam ao cinema.

Ultimamente pouco ou nada estávamos juntos, havia sempre algum plano com Kyle ou ia visitar a sua irmã, agora que as visitas foram permitidas.

Avisei a minha mãe que ia sair com a Brooke e com o grupo, visto que havia sido convidada.

Subi as escadas para o meu quarto, a pensar no que vestir.

Troquei as roupas de dormir por umas calças escuras, uma camisola fina e um casaco quente. Provavelmente a sala de cinema era quente em relação ao vento que se fazia ouvir na rua.

Calcei as minhas botas pretas com salto alto, mas nada de muito relevante

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Calcei as minhas botas pretas com salto alto, mas nada de muito relevante.

Dei um jeito ao cabelo, cobri os círculos por baixo dos meus olhos, coloquei um pouco de perfume, peguei no telemóvel e na carteira, saindo do quarto.

Ao sair de casa, o grito de Alexis fez-se ouvir do outro lado do portão. Afastei o portão, apenas para passar.

Entrei no carro de Brooke, no lugar da frente, visto que as duas loiras estavam nos lugares de trás. Brooke mencionou que teimavam sobre um assunto, dai os lugares de trás.

- Como é que está o teu pai?

- Bem, a recuperar aos poucos. - Olhei pela janela. - E vocês, como estão?

- Na mesma, como podes calcular. - A Alexis murmurou e eu sorri. - Andas a evaporar-te Ivy.

- Tens que começar a abstrair-te. - A Allayah pronunciou-se. - Mesmo que a escola e a situação do teu pai te deixem sem vontade para o fazer. Não te deixes consumir por isso.

IVY II  ➛ JUSTIN BIEBEROnde as histórias ganham vida. Descobre agora