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A correria pelos corredores do motel eram infernais.

Enquanto uns subiam, outros desciam e ainda alguns paravam no corredor, pálidos de tanto medo que se estava a acumular por dentro.

Terceiro piso, quarto quarenta e dois.

A porta estava entreaberta.

Havia sinais de entrada forçada. Não sabia se devia ou não avançar, porém, afastei a porta, tendo perfeita visão do interior do quarto. Vidros pelo chão, a faca de cozinha ao lado de um rasto de sangue.

Os batimentos cardíacos dispararam no momento em que um corpo deitado no chão chegou aos meus olhos.

Como conhecia aqueles cabelos cor de mel, a pele pouco bronzeada e o corpo bem constituído, que tanto costumava observar há anos.

Impossível não sentir um vazio maior que nunca.

Cai de joelhos ao lado do seu corpo.

Tudo pulsava dentro de mim. Emoções descontroladas, nenhum pensamento claro naquele momento.

Relembrava o que sentia cada vez que a via.

Cada vez que a fazia gargalhar. Cada sorriso que se desenhava no seu rosto, ou até as bochechas avermelhadas de tão chateada que conseguia fazer com que ficasse.

Eu era o pior dela.

Ela era o melhor que havia em mim.

Conseguia sentir o quão bom era amar alguém tão cheia de vida.

- De joelhos! - Um estrondo seguido de um grito autoritário despertaram-me do enorme devaneio. - Mãos atrás das costas!

Algemas em redor dos meus pulsos.

Mãos fortes a pressionar o tecido da camisola que usava, impedindo-me de qualquer tentativa de fuga.

- Está preso pela tentativa de assalto e pelo assassinato de Hailey Porter, tudo o que disser pode e irá ser usado contra si em tribunal.

Matar a pessoa por quem quase matei outra?

(...)

Só para vos criar água na boca!

IVY II  ➛ JUSTIN BIEBEROnde as histórias ganham vida. Descobre agora