CAP.: 13 - DÉJÀ VU

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- Isso é sério?!

- Muito sério! Agora filho... Vou ter que desligar... Seu tio Pierre acabou de chegar... Vai ajudar o Lucas a pô as roupas! Tchau filho...

- Espera ai mãe!! – falo tarde demais, pois logo depois ela desliga.

Volto ao meu trabalho, mas logo sou interrompido.

- Bom dia chefe!! – Jéssica bate e depois entra. - Trouxe alguns relatórios para você assinar Guilherme!

- Tudo bem! Traga-os aqui!

- Mas e ai... Lucas está mesmo em Paris?!

- Pior que está!

- E como estão os cinco anjinhos?!

- Eles tão mais para pestinhas! – suspiro fundo e logo depois assino os documentos.

- Não fale assim... são seus filhos! – Jéssica tenta me repreender, mas em seu semblante vejo um sorriso preso.

- Ah Jessica! Pode parar... que eu sei bem que você está doidinha para me zoar!! – falo meio raivoso. – E do jeito que estou, acho melhor você nem tentar!!! – ameaço.

- Tá bom... então... Vou nessa! Bom dia!

Ela sai rápido e logo depois volto a trabalhar. Meu trabalho segue normal, até que recebo um torpedo...

-"Bom dia meu amor! Estou morrendo de saudades de vc e das nossas crianças! Elas estão dando muito trabalho?"

- " Bom dia! Lembrou que tem um marido agora?" – sou bastante irônico na minha mensagem de resposta, pois estava no meu limite de estresse.

- "Ah Gui... vai ver se eu to na esquina!! Depois falo com vc! PS: te amo! ;-)" – ele sempre carinhoso comigo.

- "Vai lá! PS: também te amo muito! ;-) Muitas saudades... volta logo!" – tento ser romântico, pois se bem conheço meu marido, é bem capaz dele chegar estressado e fazer greve de duas semanas de sexo. Só de pensar nisso... já fico todo nervoso.

Lucas não me responde e logo que percebo... já é quase hora do almoço...

- Tô indo almoçar no Saint Denis pessoal! Retorno as duas! – saio da delegacia, entro no estacionamento, adentro meu carro, passo o cinto de segurança... e ligando a música bem alto saio em busca do meu restaurante favorito...

Estava dirigindo de forma calma... tudo parecia perfeito, o vento que entrava pela minha janela semiaberta, a luz do sol... estava um início de tarde ameno... perfeito... até que de repente, recebo uma mensagem de Lucas, pego rapidamente o celular e abro a mensagem...

- "Não se esqueça... Eu te amo! Em breve em casa..."

Tudo aconteceu de forma muito rápida. Em um segundo estava lendo a mensagem de Lucas... no outro... bom... No outro eu estava atropelando um ciclista que atravessava a rua com o sinal aberto.

Jogo o celular no banco do carona, saio rapidamente do carro e grito:

- CALMA! CALMA AI! NÃO SE MEXE... VOU LIGAR PARA A EMERGENCIA!!! – sigo em direção ao homem que estava caído no chão. Quando me aproximo, eis que me surpreendo... não era um homem, e sim um rapaz...

- Tudo bem... ai! Tudo bem! Acho que não quebrei nada... – ele fala fazendo uma careta de dor, tenta ficar de pé, mas logo depois desmaia...

- Meu Deus! Será que ele morreu? – uma mulher pergunta ao meu lado.

- Não! Sou policial federal... por favor vá até meu carro... lá está minha identificação! Pegue ela e meu telefone! – peço e a senhora corre até minha caminhonete que estava com a porta aberta, pois havia saído às pressas.

O DELEGADO E O MODELO (Livro II)®Onde as histórias ganham vida. Descobre agora