Capítulo 27

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Desculpem a demora, tinha prova de cálculo (coisa do demônio) hoje e passei a última semana estudando. E pra compensar a demora e como muitas pediram... Tá aí...

P.O.V Dylan

- Desgraçada. - Resmunguei irritado fechando a porta do quarto com força, o barulho fez com que o Justin parasse de vestir sua roupa e olhasse pra mim e fizesse uma careta. Eu estava bêbado, puto da vida, querendo matar alguém e me matar depois.

- O que aconteceu, cara? - Perguntou rindo do meu estado e eu semicerrei os olhos para ele. Ah se ele soubesse o que aconteceu. Fechei os punhos com força, irritado comigo mesmo por ser tão imbecil.

- Me bate! - mandei enquanto caminhava cambaleando na sua direção. Aquela merda de bebida deixou minha cabeça girando.

- Por que eu faria isso? - Zombou da minha cara e me segurou pelo ombro me ajudando a manter a postura ereta. - Você ficou bêbado antes da festa, Dylan? - riu mais uma vez e eu continuei sério.

- Me bate logo, caralho! - Mandei mais uma vez e ele riu ainda mais. Não sei porque caralho eu fui nascer no meio de uma família de loucos e com uma pirralha irritante.

- Tome um banho e vá dormir, Dylan. - Ele deu dois tapas nas minhas costas que não doeram porra nenhuma e voltou a vestir sua camisa. Eu precisava que ele me batesse. Eu era um maldito filho da puta. Eu fiz o mesmo que aquele desgraçado e eu precisava pagar. Mas se alguém soubesse, eu estaria fodido para o resto da vista.

- Imagina que eu peguei sua namoradinha e desconta sua raiva. - Usei a tal garota pra irrita-lo e funcionou. Automaticamente, ele voltou sua atenção a mim, cerrou a mandíbula e fechou os punhos.

- Você ficou com a Karen? - Perguntou cauteloso. Segurei a todo custo a vontade de revirar os olhos, ele sabia que eu não seria capaz de fazer isso, éramos quase irmãos. Nenhum se metia com a mulher do outro, porém eu precisava apanhar, talvez assim eu me sentisse menos mal.

- Sim, ela até que é gostosinha. - Antes mesmo de terminar a frase, ele caminhou até mim furioso e me segurou pelo colarinho da camisa, me lançou um olhar que mostrava mágoa e ódio. Provavelmente eu perderia um amigo e alguns dentes, mas eu não me sentiria tão culpado depois, embora ele fosse me matar pelo motivo errado.

- Seu filho da puta... - Ouvi ele resmungar e fechei os olhos quando o primeiro soco me atingiu. Senti o sangue escorrer do meu nariz e ignorei a dor. Eu era um lixo, merecia aquilo. Merecia mais.

- Meu nome soa tão sexy naquela boquinha dela. - Provoquei e mais socos acertaram meu rosto e minha barriga. Tudo doía e eu continuava parado enquanto ele me xingava.

Ciúmes é sem dúvida alguma o pior sentimento que um homem pode sentir.

Alguns minutos depois, ele parou de me bater e se afastou. Meu corpo caiu no chão e eu tentei limpar o sangue que jorrava por várias partes do meu rosto.

- Por que fez isso, Dylan? - Ouvi sua voz claramente magoada. Eu no lugar dele estaria do mesmo jeito, primeiro a raiva, depois a mágoa.

- Eu não fiz, cara. - Respondi sorrindo e tentando me levantar. - Eu só queria que você me batesse. - Dei de ombros e caminhei com dificuldade até minha cama, ele ficou me observando confuso sem saber se eu estava falando sério ou não.

- Você está bem? - neguei com a cabeça e ele franziu a testa. - Desculpa aí, peguei pesado. - falou enquanto se aproximava de mim e via o estrago que tinha feito no meu rosto.

- Se um desgraçado dissesse que pegou minha namorada eu faria pior que isso. - Disse e ele me olhou mais perdido ainda.

- Tô achando que a Mel tem razão quando diz que você precisa se internar. - Revirei os olhos ao ouvir o nome da pequena encrenqueira. Tudo era culpa dela. E do maldito do Aaron.

- Você deveria mandar seu pai vir buscar ela. Ninguém mais quer seguir aquela regra idiota. - Falei depois de um certo tempo em silêncio. Minha cabeça já tinha parado de girar, mas a dor do meu nariz pareceu aumentar.

- Você deveria ter matado o Aaron quando soube ou ter deixado eu matar. - Respondeu e foi pra frente do espelho arrumar o cabelo.

- Pra sua irmãzinha depois ficar dizendo que eu tenho ciúmes dela? - Falei sem pensar e ele olhou pra mim de novo, mas dessa vez gargalhando.

- A Mel ainda gosta de você? - Colocou a mão na barriga e tentou parar de rir. - Eu lembro que ela se escondia no meu guarda roupa quando você ia lá pra casa. - Ele gargalhou ainda mais e me perguntei qual era graça naquilo.

- Vai atrás da sua namoradinha, vai. - Fiz um gesto com as mãos o expulsado. Eu não estava sóbrio, iria falar alguma merda a qualquer momento.

- Se você não estivesse tão bêbado, eu até iria te pedir um conselho sobre ela. - Revirei os olhos novamente. O Justin era um idiota. Tanta mulher na cidade, ele inventa de se apaixonar justo pela amiguinha da Mel que é tão irritante quanto ela.

- Esqueça ela é vá atrás de outras. Mulher só dá dor de cabeça. - Me levantei da cama pra seguir meu próprio conselho, eu estava bêbado e machucado, porém tinha uma festa em baixo do meu teto, eu não iria ficar trancando no quarto pensando bosta se eu podia ocupar minha mente.

- E o que você sabe sobre mulher, Dylan? O relacionamento mais longo que vi você ter durou uma noite. - Agora eu entendia aquelas aulas de biologia sobre os filhos herdarem características dos pais, o Justin era uma imperfeita mistura da babaquice do tio Chris e da chatice da tia Mia.

- Melhor que ficar correndo atrás de mulher feito você, quando estiver que nem seu pai, lembre que eu avisei. - Fui andando me apoiando nos móveis até consegui chegar ao banheiro. Ainda ouvi o Justin gritar antes de eu fechar a porta.

- Estarei na primeira fila pra ver o dia que você vai correr atrás de uma mulher, Dylan. - Revirei os olhos e fechei com força a porta do banheiro.

Entrei em baixo do chuveiro sem tirar a roupa, a água gelada caindo meu corpo aos poucos trouxe minha consciência de volta e só então me dei conta que a merda que eu havia feito tinha ido além de agir como um monstro e ter agarrado a Mel a força.

30 Dias Com Eles |PAUSADO|Where stories live. Discover now