Capítulo 20 - Parte 1

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Capítulos de agora em diante serão divididos em duas partes. Postarei conforme meu tempo. ❤

- E eu achava que sua mãe era a rainha das confusões, mas você se supera, querida. - zombou o tio Brian enquanto dava tapinhas no meu ombro e ria descaradamente de mim. Agora eu entendo porque minha mãe vive implicando com ele.

- Eu já disse para deixá-la trancada no quarto até as férias acabarem. - o ogro mais gostoso desse planeta teve que se pronunciar. Eu ainda não entendi qual foi a necessidade dele me acompanhar ao salão, tenho certeza que não dá pra eu me encrencar aqui.

- E eu já disse pra você cuidar da sua vida e me deixar em paz. - mostrei o dedo do meio para o Dylan e ele revirou os olhos.

Ontem a noite depois do luau, eu me tranquei no quarto, só sai hoje de manhã porque o meu tio tem uma chave reserva e invadiram minha privacidade, fui dormir cedo pois eu não aguentava olhar para o Aaron e não poder beijá-lo, culpa de quem? Do Dylan que parecia uma sombra me seguindo.

- Ja posso cortar? - o cabeleireiro que está dando em cima do meu tio desde que chegamos ao salão se aproximou com uma tesoura na mão.

Eu acho que as forças do universo me odeiem muito pra fazer meu cabelo pegar fogo mesmo eu estando à metros de distância da fogueira. Uma parte do lado direito está destruída, sem contar no cheiro que desde ontem ainda não saiu.

- Er... Pensando bem... Eu gosto do meu cabelo queimado, não precisa cortar não. - levantei da cadeira pronta pra sair correndo, mas ELE, tinha que ser ELE, segurou meu braço e me obrigou a ficar no lugar.

- Pare de agir como uma criança e não reclame. - ordenou o "papai Dylan". - Pode cortar. - falou para o cabeleireiro e eu comecei a gritar. Meu cabelo é muito lindo pra ser cortado.

- NÃO! - estiquei meu braço e impedi o Léo, cabeleireiro, de se aproximar. Ouvi o Dylan soltar um suspiro pesado, o Aaron parou a minha frente, sim ele veio também, ele se abaixou um pouco até ficar cara a cara comigo e enrolou a mecha queimada do meu cabelo no dedo.

- Só vai cortar um pouco, Mel. E você vai continuar linda do mesmo jeito. - disse enquanto me encarava sorrindo. Nem preciso dizer que meu coração acelerou e eu concordei sem pestanejar.

- E você vai continuar lindo se minha mão acertar seu rosto. - retrucou o Dylan e girou a cadeira que eu estava sentada me fazendo quebrar a troca de olhares com o Aaron. Assim fica difícil pra eu não me iludir achando que é ciúmes.

- Corte. - o cabeleireiro se aproximou e eu fechei os olhos durante todo o processo, era doloroso ver meus fios caindo. Quando terminou, abri os olhos e me olhei no espelho. Meu cabelo que já fora tão grande, está alguns centímetros menor, o corte continuou o mesmo e não dá pra perceber que foi queimado.

- Agora vamos cuidar de você, moreno. - falou o Léo caminhando na direção do tio Brian como se fosse atacá-lo. - Posso fazer uma ótima massagem no seu corpinho sexy. - seu tom provocante era algo ridículo de se ouvir, tive que segurar o riso a todo custo.

- Muito obrigado, mas não precisa. Tome o dinheiro e até nunca mais. - meu tio jogou uma nota de cinquenta dólares e saiu correndo dali. Levantei e sacudi os fios que ficaram em cima de mim, olhei atentamente para os dois homens que chamavam a atenção de todos no ambiente, a expressão séria típica do Dylan e o sorriso lindo e tímido no rosto do Aaron. Aquilo devia ser algum jogo do universo comigo, dias atrás quando era o Aaron e o Austin, era menos complicado. Já que agora eu estou sentindo algo pelo Aaron, ele é fofo, atencioso, gato, beija bem, enfim é tudo que uma garota da minha idade quer.

E o Dylan só serve pra me deixar confusa. Ele é grosso, arrogante, chato, mandão, gostoso e me trata como se eu fosse um objeto qualquer. No entanto, quando que ele aje com possessividade ele fica tão sexy que tudo em mim se ascende.

- Vamos pra casa. - os chamei e ambos concordaram. Fomos em silêncio até o estacionamento onde o nosso tio nos esperava. Assim como na ida, me colocaram pra ir no banco do passageiro ao lado do tio Brian. Como os garotos estavam de castigo e não podiam sair de carro, ele teve que vim conosco. E na minha sincera opinião, não precisava ninguém me acompanhar. Mas é aquele ditado... Vamo fazê o quê?

30 Dias Com Eles |PAUSADO|Where stories live. Discover now