Building About Flowers (L.S)

Capítulo 19

A música do capítulo é Welcome To My World do 17 Hippies para quem quiser ouvir

Quando você precisar de mim, os céus enviará uma mensagem dentro, diretamente para seu coração

-Always Be Together (LittleMix)

Outono

Estação que chega ao país no mês de setembro a novembro.

Estação do ano associada a melancolia, nostalgia, beleza. Quando as folhas caem, com seus nuances de amarelo e laranja que cobrem o chão, o céu cinza e a temperatura que começa a cair. Uma fase de transição; do verão, calor ameno e o sol dando cor a cidade, luz, para o outono, onde tudo que se construiu ao longo do ano cairá. As folhas secam e caem, os frutos que amadurecem e vão ao chão, pessoas que andavam mais soltas, agora se prendem em um cachecol e um guarda-chuva.

Época do ano em que crianças brincam com seus triciclos em uma tarde, as rodinhas passando pelas calçadas colorida com as folhas que caíram por ficarem secas, gritinhos animados das crianças mais velhas por estarem conseguindo andar sem as rodinhas, mostrando animadas para os pais, até se desequilibrarem e levarem o primeiro tombo, o primeiro joelho ralado.

Isso estava acontecendo, próximo dali.

Próximo daquela janela. Janela que fazia parte de um quartinho que ficava nos fundos da casa de Johannah.

Esse quartinho era de Louis quando adolescente, segundo ele o quartinho que o tornaria mais responsável e independente, não importa se ele tinha 15 anos na época. Johannah arrumou o quartinho para o filho e se livrou de lavar a louça por um mês.

Louis gostava daquele quartinho. Naquela época.

Agora, olhando tudo ao redor adaptado para que ele, com cadeira de rodas, consiga pegar, olhando seus filhos e irmãs brincando com as folhas secas lá fora, com a cadeira de frente para aquela janela, ele não gostava daquele quarto. Não mesmo.

Ele viu Julho e Agosto passarem por aquela janela, viu quando Harry trazia Emilly e Emma de alguns dos passeios incríveis deles que a filha vinha toda vez contar todos os detalhes super animada, perguntando para o pai qual desses passeios ele poderia ir.

Louis não queria que sentissem pena dele, não queria depender dos outros, mas também não tinha a mínima vontade de sair dali e ir para as sessões de fisioterapia. Ele não tinha ânimo, e como um bom francês, ele não sabia fingir nada, seu orgulho era maior que pedir alguma ajuda.

Ele não sabia como Harry estava e as únicas visitas que ele tinha da família Styles era de Gemma. Niall e ela vinham quase todos os finais de semana passar a tarde com Louis, tentando convencer ele para se esforçar e não tinham nenhum resultado satisfatório.

Esses dias apenas serviram para aproximar Olly de Louis, que quando viu o estado em que o francês e toda sua família estava, resolveu adaptar algumas coisas para que o menor pudesse trabalhar em casa. Olly ia na casa dos Tomlinson's toda vez que podia -quando a floricultura não estava tão movimentada-, ensinava à Louis coisas diferente sobre a contabilidade e planilhas da loja, o que beneficiava todos; Louis não ficava tão sozinho e não tinha tanto tempo para dar atenção há todas as paranoias que se cérebro criava, além de ser útil para sua floricultura que crescia cada vez mais.

Harry, anonimamente, também participava desse crescimento. O maior cobrava as mercadorias que atrasavam, certificava se estava tudo do jeito que o seu pequeno gostaria que estivesse e, as vezes, aparecia no estabelecimento para verificar tudo como se fosse os olhos de Louis, contando tudo para Gemma, que repassava para o menor todos os finais de semana que visitava-o como quem não quer nada. Harry não poderia esquecer seu francês nem que quisesse.