Final (Parte 2)

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-Sua filha e o bebê estão bem, Senhor Beckham. - uma voz fina anunciou.

-Certifique-se de que nada aconteça com ela.

-O rapaz pediu para vê-la. Posso autorizar a entrada dele? - um suspiro foi ouvido.

-Tudo bem. - a porta bateu e o quarto ficou em total silêncio. Filha? Bebê?

Eu tentava me mover, mas nada acontecia. Sentia vontade de chorar, mas nem isso eu conseguia. Ouvi a porta se abrir, e passos.

-Algum dia você vai me perdoar? Eu espero que sim. - Harry!

Eu não devia estar feliz, mas eu estava tão confusa...

-Eu nunca te disse, mas eu sei que você é a mulher da minha vida. Não estou dizendo isso porque você tá em coma, mas é para você saber que eu te amo mesmo, com todas as forças que alguém teria para amar outro alguém.

Eu conseguia ouvir o choro abafado, e isso me fazia lembrar das coisas... Eu não queria Harry aqui.

-Tava tudo esquematizado, mas eu errei, e reconheço isso. Eu devia ter te contado, e espero que você me perdoe, porque a minha vida não vai ter sentido sem você. Antes era tudo tão sem graça, e agora tudo tem tanta cor com você. Eu vivia só por viver, e agora eu vivo por você. Não sei se você está ouvindo isso, mas eu te amo. Preciso ir, okay?! Vou continuar ali fora te esperando. - eu estava quase sentindo o seu toque na minha mão. Eu não reagia a nada. O que houve comigo?

Eu ouvi a batida da porta, e os sons estranhos dos aparelhos. Eu queria partir. Algo precisava reagir, ou eu teria que ir.

Eu não lembro por quanto tempo dormi de novo, mas quando acordei eu consegui abrir os olhos. Não haviam mais tubos, e eu me sentia livre. Tia Lauren dormia num sofá e o cara das tatuagens do Coachella estava lá. Eu soltei o grito mais alto que eu conseguia, mas ele saiu como um gemido.

-FILHA! - tia Lauren levantou do sofá e correu até a cama. Eu estava confusa.

-Vou chamar uma enfermeira. - o tatuado levantou e saiu pela porta.

-Harry vai ficar muito feliz. Ele não arredou os pés daqui durante 4 dias. Vou chamar ele. - tia Lauren estava se distanciando, mas eu consegui segurar sua mão.

-Não. Eu não quero. Quero Harry bem longe de mim, tia. - uma lágrima escorreu pela maçã do meu rosto.

-Temos que conversar sobre muitas coisas, meu amor...

-Certo.

A enfermeira entrou sorridente pelo quarto.

-Angel! Como você se sente? Seu médico já está vindo.

-Com muita fome. - ri e me sentei, ficando com as costas sobre os travesseiros.

-Certo, vou pedir uma sopa leve para você. - ela sorriu e saiu do quarto.

Um homem baixo e que aparentava ter mais de 60 anos entrou pela porta e sorriu para tia Lauren e o outro homem.

-Menina dos olhos verdes! Sou o Doutor Sullivan. Você dormiu bastante... Foram 2 dias de coma e mais um de repouso no quarto. Se você comer sua sopa, e permanecer bem, poderá ter alta ainda hoje.

-Isso é ótimo. - forcei um sorriso e observei os hematomas nos meus braços. Grandes marcas roxas e arranhões, além de alguns curativos.

-Seu namorado cuidou de você o tempo todo. Deve ser muito amada por ele. Bem, se precisar ir ao banheiro, é só levar o soro. Qualquer coisa me chame. - dito isso, o médico também sumiu do quarto. Sim, eu precisava ir ao banheiro.

Contract Of Love | HS (EDITANDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora