Capítulo 19

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Angel POV

Uma parte de mim dizia para ficar quietinha onde estava, porque no fim eu ficaria sozinha e chorando, novamente. Mas outra parte dizia para mim correr para os fortes braços de Harry, já que nas palavras dele, ele seria o único que sempre estaria ali para mim. Eu estava confusa, mas ele tinha razão. Eu sentia muito frio, e me arrependo de ter deixado o casaco de Harry (que ele ordenou que eu pegasse) na mesa da cozinha. Ele continuava parado me olhando, e sem dizer uma única palavra caminhei até o Audi parado a alguns metros de distância. Pensei que fosse ter um colapso quando sua boca quente beijou minhas costas nuas. Ele sorriu e abriu a porta para mim, e logo após que eu entrei, ele a fechou. Harry correu até o lado de motorista e também entrou no carro. Ele puxou uma jaqueta do banco de trás e me entregou.

-Veste isso. Vai ajudar até a gente chegar em casa. - ele ligou o aquecedor e me senti mais que confortável. Harry deu a partida e olhava sério para a rua. Vesti a jaqueta, que tinha seu perfume, forte e inconfundível. Sem nem me dar conta, fiquei olhando para ele. Tão sério, tão cansado, e tão preocupado.

-Não gosto que fiquem me olhando assim. - ele ri.

-Assim como?

-Como se eu fosse o último cara vivo no planeta.

-Pra mim você é. - sinto vontade de captar as palavras do ar antes que ele ouça, mas já era tarde demais. Finjo que estava olhando algo na janela, e me arrepio quando sinto sua mão repousar sobre a minha coxa. Olhei para ele rapidamente, e Harry estava sorrindo. Foi uma sensação maravilhosa, como se estivéssemos em um filme, onde o casal é feliz e tudo acaba bem. Gostaria que isso acontecesse conosco.

Assim que chegamos na casa de Harry, ele estaciona o carro na garagem. Tremia com a possibilidade de encontrar Kendall, se aquela piranha falasse comigo novamente eu certamente daria uns bons tapas naquela cara sem graça. Saímos do carro e Harry entrelaça nossos dedos quando chegamos na porta. Ele abre e eu entro. Avisto uma figura de cabelos adoravelmente ruivos caminhando em nossa direção. Ed.

-HARRY! Feliz aniversário, bro!

-Wow. Valeu.- eles se cumprimentam com um abraço, e Harry me apresenta ao amigo.

-Essa é a Angel. Angel, esse é o Ed.

-Olá! - dou um abraço nele e rezo para que aquela conversa acabe logo.

-Mais tarde combinamos qual vai ser o seu presente. -ele fala rindo.

-Aaaah, claro. -Harry sorri.

-Eu tenho que ir agora. Se divirtam. Tchau.- ele sorri e acena.

Quando chegamos na escada, Harry me para.

-Vou te levar.

-Não! Não precisa!

-Foi uma afirmação. -ele sorri e me ergue. Seus braços fortes me seguravam nas costas e por baixo dos joelhos.

-Você pesa quantos quilos? 15?

-Bom se fosse.

-É sério, você é leve. - ele ri e sobe as escadas. Caminha pelo extenso corredor repleto de portas e para em frente ao seu quarto. Abre a porta com um leve chute e me coloca no chão. Ele pega a chave em uma mesinha e tranca a porta. Assim que eu dou um passo em direção ao banheiro ele me puxa pela cintura.

-Ainda não acabei, babe.

-Eu preciso dormir e estou congelando.

-Eu sei como te esquentar.

-Que pervertido! - ele sorri mostrando suas profundas covinhas.

-Você nem sabe o que eu ia dizer, idiota.

-Tem certeza?- rio.

-Tenho. Toma um banho que eu vou lá em baixo pegar alguma coisa pra gente comer. Toalhas no armário.- ele diz e rapidamente destranca a porta e desaparece do quarto.

Meu coração derrete. Por que ele precisa ser tão meigo e do nada tão idiota? Será que ele sabia o que eu estava sentindo? Me senti uma boba, mas sim, gostava de Harry. Ele poderia me magoar o quanto quisesse, que eu sempre voltaria para ele. Que besteira. Puff. Me dispo e tomo um banho rápido. A água estava quentinha, o que me acalmava. Achei um secador em cima da pia, ao lado de dezenas de perfumes e cremes para o cabelo. Sorri quando imaginei Harry passando creme no cabelo. Deveria ser uma cena bizarra. Não possuía roupas limpas ali, e fiquei em dúvida do que fazer.

Enrolei a toalha no meu corpo e saí do banheiro rapidamente em busca de alguma peça. Assim que passei correndo ouvi um assobio. Droga, ele me viu. Paro e me viro lentamente. Ele estava de pé, sem camisa.

-Vai onde?-ele fala segurando o riso.

-Preciso de roupas, e só tenho o vestido vermelho, então... -Harry joga a camisa que ele estava usando durante a festa.

-Roupas de verdade!

-Não seja conservadora. Vai ficar bem comprida, use sem medo.- ele sorri.

Não sabia ao certo o que fazer, mas decidi arriscar. Eu confiava nele, então respirei fundo, peguei a camisa e corri de volta para o banheiro.
Ele bateu na porta, e antes de abrir, me cubro com uma toalha. Ele ri quando me vê, e em seguida me entrega uma boxer preta.

-Acho que essa é a menor, vai ficar boa em você.

-Eu tenho a minha calcinha, não precisa.

-Não me faça vestir minha boxer em você. Posso perder o controle e te atacar.- ele ri e fecha a porta do banheiro. Coloco a boxer, que incrivelmente ficou meio frouxa, e por um segundo imaginei Harry a usando. Faço um coque no cabelo, e arrumo a bagunça que eu fiz no banheiro. Me olhei no espelho mais uma vez, e decidi abrir o primeiro botão da camisa. Me sentia mais livre, e exposta ao mesmo tempo. Porque eu estava me arrumando tanto? Quando Nick namorava comigo eu nunca me olhava no espelho antes de sair, e ficar mais de quinze minutos no banheiro arrumando o cabelo para simplesmente dormir, era realmente estranho.

-Harry? -abri a porta e saí do banheiro silenciosamente. Escutei sua voz na sacada, e caminhei até lá. Sinto um êxtase invadir o meu corpo quando reparo que ele continuava sem camisa, exibindo seu corpo escultural e repleto de tatuagens.

-Angel, isso não está bom.

-O que?

-Você me deixa excitado.- ele sorri e me puxa pela cintura até uma mesa de vidro, na própria sacada, onde haviam doces, pãezinhos, biscoitos, salgadinhos e refrigerante.

-Por que tanta comida? Vou virar uma baleia.

-VOCÊ ESTÁ QUASE DESNUTRIDA. Come logo. -ele me estende uma lata de refrigerante. Aquele líquido docinho e cítrico era maravilhoso comparado ao gole de vodka que eu tomei algumas horas atrás. A música ainda estava alta, por mais que fosse quase quatro da manhã.

-Tem muita gente aí ainda?- pergunto e pego um pãozinho.

-Tem. Isso vai até o dia clarear, não se assuste. Mas quem realmente importa pirou algumas horas atrás e foi embora, feito doida - senti uma dor no meu coração. Kendall de novo? - mas, felizmente agora ela está aqui comigo.

Harry me deixava completamente doida. Nem pensei direito, apenas o beijei. Ele passou os braços em volta da minha cintura, enquanto minha língua sentia o açúcar do refrigerante em sua boca. Harry começou a beijar o meu pescoço, intercalando com mordidas fortes. Logo em seguida, ele colocou as mãos por baixo das minhas coxas e me pegou no colo, mas em momento algum parou com os beijos. Em questão de segundos Harry estava deitado em cima de mim, com os cotovelos apoiados na cama para sustentar seu peso.

Contract Of Love | HS (EDITANDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora