Eu era uma criança

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- Relatos de Laura

Era uma semana conturbada de provas na escola, e uma aluna nova na classe, eu sabia pouco sobre ela, era tão quieta, falava somente o necessário, mas Deus me incomodava tanto naquela menina. Um dia decidi puxar assunto, ela foi simpática comigo, mas eu não sei o porque, eu via tristeza no olhar de Stella.

Foi organizada uma espécie de trabalho em grupo, formado por cinco colegas, em meu grupo haviam apenas quatro e Stella ainda não havia se encaixado em nenhum, então à convidei, e ela aceitou. Ela ofereceu sua casa para a realização do trabalho, no dia marcado não pude ir no mesmo horário que meus colegas foram, mas ela disse que eu poderia ir depois sem problema algum. Já eram seis da tarde quando cheguei a casa dela, Stella era tão fofa, tinha cabelos longos, seus olhos eram em um tom mel, tinha um sorriso encantador, mas só o via raramemte. Entramos, - Seus pais são uns amores - Disse eu tentando agradecer a ótima recepção que tive. - Eles são sim, que bom que gostou deles - Respondeu-me a menina com um sorriso tímido. Fomos para o seu quarto, era um quarto lindo, logo nos sentamos na cama mesmo, abrimos os cadernos, o tema do trabalho era pedofilia, eu logo perguntei o que Stella achava a respeito do assunto. - Na minha opinião todo pedófilo deveria morrer da pior forma possível. - Realmente eu não esperava por aquela resposta, fiquei alguns segundos olhando nos olhos daquela menina, eles pareciam transparecer raiva, não consigo entender e pergunto o porque. - Porque sim, você não acha que um monstro que se aproveita da inocência de uma criança mereça morrer?. - Fiquei sem resposta, sem reação e sem entender. Perguntei à ela o porque de tanta raiva, já que eu nunca havia visto ela daquela forma. - Não é de sua importância Laura! - Me respondeu Stella chorando e correndo até se trancar no banheiro do quarto. Insisti pra que ela abrisse, mas ela não me atendia, então encostei minhas costas na porta e deslizei até me encontrar com o chão, fiquei sentada ali durante um tempo e podia ouvir os soluços da Stella. Voltei a bater na porta, ela decidiu abrir. Quando a vi não consegui fazer mais nenhuma pergunta, quando vi aqueles olhos amedrontados e cheios de raiva e dor, eu entendi, e a abracei, na intenção de nunca mais soltar. Naquele abraço eu pude entender o porque da minha existência.

Consegui acalmá-la, nos sentamos novamemte na cama, mas dessa vez eu estava com aquela criança/mulher que me disse em meio ao choro

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Consegui acalmá-la, nos sentamos novamemte na cama, mas dessa vez eu estava com aquela criança/mulher que me disse em meio ao choro. - Laura, eu sei que você já percebeu o porque disso, mas, eu só tinha 8 anos. - E assim várias lágrimas escorreram por aquele rostinho, eu tentando segurar as minhas, enxuguei as dela. - Calma Stella, agora você tem a mim, eu quero muito ajudar você. - Respondi com aquela voz molhada de quem segura o choro. - Eu nunca contei isso a ninguém, eu sinto medo, ele me ameaçava Laura.
- Mas quem é esse cara Stella? - Perguntei aflitamente preocupada. Ela me respondeu de cabeça baixa. - O melhor amigo do meu pai.

Eu não conseguia acreditar, como alguém seria capaz de tamanha monstruosidadade?. - Ele é amigo da família e melhor amigo do meu pai antes mesmo que eu nascesse, meu pai me conta que quando era bem pequena amava brincar com ele, só que tudo isso mudou em um churrasco, lá tinha uma piscina e eu não sabia nadar, meu pai estava cuidando da churrasqueira, e minha mãe estava na cozinha, meus primos jogavam bola, e eu queria muito nadar, então me lembro que falou que me ensinaria, eu tinha 8 aninhos, no começo ele me ensinou sim, mas quando ficamos só eu e ele na piscina ele começou a me tocar, você sabe onde Laura, eu não entendia, queria que ele me soltasse, mas ele me mandava ficar calada, eu sentia os lábios daquele monstro nos meus, aquilo me dava medo e nojo ao mesmo tempo, eu o empurrava, mas, eu era pequena, não tinha força, quando ameacei gritar ele tapou a minha boca e sussurou no meu ouvido que seu eu gritasse ele me mataria ali mesmo afogada e diria que foi um acidente, eu sentia tanto medo, minhas lágrimas escorriam pela mão dele que apertantava o meu rosto, eu não tinha escolha, acenei com a cabeça que sim, não iria gritar, pra que ele me soltasse, eu já estava com dificuldade para respirar, ele me soltou e disse que se eu contasse alguma coisa para os meus pais, ele nos mataria, e isso se repetiu várias vezes, e Laura, até hoje ele me ameaça, você não pode contar isso á ninguém.

O Chamado de Uma Garota (Em revisão)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ