65 - PETER/ SAMANTHA

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— Não sei. – diz com a voz quase inaudível. — Me ajuda a subir as escadas? – perguntou e eu assenti. Me aproximei dela e ela se apoiou em meus ombros. — Acho que... – antes que ela terminasse a frase, ela caiu em meus braços desacordada.

A peguei nos braços e subi para o quarto. Sem pensar a levei para o meu, que até então era nosso e o mais próximo.

A coloquei na cama e a observei. O que está havendo?

Anna é médica, Anta!

Sai correndo e bati na porta do quarto onde Brian e Anna estavam. Alguns segundos depois ela abre a porta assustada.

— Peter? O que houve?

— Samantha desmaiou. – ela arregala os olhos e sai do quarto. A levei até o meu onde Samantha estava. Ela checou seus olhos e seu pulso.

— Ela precisa descansar. O dia foi muito cheio de emoções para ela. – ela suspira. — Se ela acordar durante a noite, o que eu dúvido muito, a faça comer. Mesmo se ela fazer a birra dela, a faça comer.

— Tudo bem, mas não é nada sério, né? – ela me encara por um momento e depois me abre um sorriso leve.

Anna realmente era bonita, tinha os olhos claros e os cabelos castanhos. Era bem baixinha e um sorriso encantador.

— Está tudo bem, não se preocupe. Vou voltar para o meu quarto, qualquer coisa é só chamar. – assenti. Ela deu um beijo em Samantha e saiu do quarto.

Me deitei ao seu lado e alisei seu rosto.

— O que está acontecendo com você? – pergunto. — Você está tão linda. – sorri e dei um beijo em sua testa.


SAMANTHA


Acordei sentindo um pouco de fraqueza. Abri os olhos e encarei o teto como faço de costume.

Calma aí.

Eu conheço esse teto.

Conheço esse quarto.

Estou no quarto de Peter.

O QUE?

Me sentei rapidamente na cama. Olhei para a mesinha ao lado e tinha uma bandeja com café da manhã.

COMIDA

A encarei ainda sem entender. Até que Peter aparece no quarto com os cabelos úmidos, Jeans escuras e camisa pólo.

Eita Giovanna!

— O que eu estou fazendo aqui? – perguntei lhe chamando a atenção.

— Você desmaiou ontem a noite e acabei te trazendo para cá. O café é seu. – olhei para a bandeja de novo e já me deu um enjôo.

— Não estou muito afim não. – digo fazendo uma careta.

— Coma. Anna disse que você precisa se alimentar, só estou seguindo ordens médicas. – bufei e peguei o copo de suco, fiz uma careta e comecei a beber. — Eu vou descer. 

— Espera! – ele parou e me encarou. — Obrigada. – ele sorriu e piscou para mim e saiu do quarto.

Me lembro de não conseguir dormir pela noite e ter vonitado como se não fosse haver a manhã. Foi então desci para tomar uma água e foi quando Peter chegou e enscenamos tal cena dramatica.

Após tomar o meu café. Sai do quarto e fui até o meu, peguei algumas roupas e tomei uma banho rápido.

Vesti um blusão preto e uma leggin preta junto ao vans branco.

Olhei para o espelho e encarei minha barriga coberta pelo pano fino.

Tem um bebê aqui.

Um bebê. 

A porta do quarto se abre e Anna entra.

— Bom dia! – ela diz. — Está melhor?

— Sim. – voltei a encarar o espelho. — Ainda não cai na real.

— Nem eu. – ela sorriu. — Mas logo você se acostuma. – Eu sorri. — Vamos? – assenti e descemos.

Entramos na sala de estar e Peter conversava com o detetive e o delegado.

— Bom Samantha, qual é o próximo passo? Meus homens já foram fazer buscas pela cidade. – o delegado diz ainda incerto sobre meu plano.

— Ótimo. Agora só falta sair colando por aí os avisos. – Emilly e Anna pegaram dezenas de folhas com a foto de Agatha e o aviso. Elas dividiram uma quantidade para cada uma e saíram junto a Ryan e Brian.

Continuamos ali por um tempo.

— E o que nós vamos fazer? – Laura pergunta.

— Você vai espalhar nas redes sociais. – digo para espera.

— E eu? – Peter pergunta.

— Você vai tratando de sacar um milhão de dólares. – ele me encara incrédulo. — São para duas alternativas. Eu não conseguir negociar uns tapas e ela fugir, ou eu acabar estrangulando ela e ter que sair foragida do país. – o delegado me encara. — Brincadeirinha.

Ou não.

— E você vai fazer o que? – Peter pergunta novamente.

— Eu vou tratar de usar o meu cérebro. – digo pegando um caderno e me sentando no sofá.

Algumas horas se passaram. Os panfletos estão por toda a cidade e redes sociais, e um milhão de dólares sacado. Só resta a vaca louca ligar. Não, isso é ofensa para as vacas.

O celular de Peter toca e todos ficam em alerta. Faço sinal para todos ficarem calados e Peter atender.

— Alô. – ele diz ao atender deixando o celular no viva-voz.

— O que pensa que está fazendo? – escuto a voz raivosa de uma mulher. — Está querendo que eu acabe com sua filhinha? Então é melhor retirar tudo que tem a ver com ela da cidade e das redes sociais.

— Elize, estou com o dinheiro. Devolve a Agatha e eu te dou.

— Quanto? – faço sinal para ele dizer dois. 

— Dois milhões de dólares.

— Uau! A bonequinha é realmente importante. Se tivesse feito o que eu disse anos atrás você não estaria passando por isso Peter. Seríamos muito felizes.

Meu sangue está subindo, mas tenho que me controlar.

Anna faz sinal para eu me acalmar.

Falar é fácil, ou sinalizar. Sei lá. Tanto faz.

— Elize pare de dizer absurdos. Ande logo com isso!

— Tá. Um carro vai te buscar no Central Park para ter certeza de que você estará sozinho. As seis da tarde de amanhã, querido. Se você não estiver lá no horário marcado, eu vou sumir com ela.

— Me garanta que ela está bem.

— Não vai ser dessa vez. Beijos querido! – desligou. Peter suspira.

— E agora? Ferrou tudo. – Ryan diz.

— Não ferrou não. – digo. — O jogo só está começando. – sorrio.

SIMPLESMENTE SAMANTHA Where stories live. Discover now