25 - SAMANTHA

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Coloquei Agatha em minha cama e ela não demorou a cair no sono. Mandei uma mensagem para Emilly, dizendo para ela não vir mais pois tinha coisas importantes para resolver.

É hoje que eu frito uma naja!

Olhei mais uma vez para Agatha e ela dormia serenamente. Como alguém tem coragem de fazer mal a um anjinho desses?

Agora eu não vou sair daqui, não enquanto essa mulher estiver aqui. E estou pouco me importando com  Miller.

Saio lentamente da cama e a cubro com o cobertor. Sai do quarto de fininho e desci as escadas dando de cara com Pilar. Desci os últimos degraus ficando cara a cara com ela.

— Perdeu alguma coisa? –  perguntou ela.

— Eu não, mas você deve ter perdido.

— Tipo?

— A vergonha na cara, a noção, o senso, o amor a vida...

— Olha, será que dá para falar logo o que quer? Eu tenho mais o que fazer. – eu soltei uma risada e encarei o chão. Voltei a encarar e em instantes lhe dei duas fortes bofetadas e lhe dei um empurrão contra a parede forçando meu braço contra seu pescoço. — Está louca?!! Qual é o SEU problema? Me solta! – tentou se soltar de mim e eu a pressionei mais contra a parede.

— É o seguinte, você vai ficar bem longe da Agatha e manter essa boca fechada. – ela solta uma risada e me empurra. — Eu estou falando sério! Agatha não tem culpa de você ser uma piranha apaixonada por um babaca milionário como o pai dela, então a deixe em paz!

— E se eu não deixar?

— Eu acabo com você!

— Quem você está achando que é? – riu novamente.

— Eu não estou me achando ninguém, eu sou apenas Samantha, a garota maluca, sem noção, irresponsável que não suporta que mexam com as pessoas que eu gosto. E Agatha é uma dessas pessoas. Se você se aproximar dela novamente e tentar falar as coisas que você falou para ela hoje, eu vou até o fim do mundo, e acho coisas o suficiente para acabar de vez com esse seu sorrisinho cínico e nojento!

— Eu não tenho medo de você...

— Deveria. E eu não estou de brincadeira. – a encaro firme.

O que está acontecendo aqui? – ótimo, era só o que me faltava! Ela deu sorrisinho e saiu pela porta de entrada. Encarei Miller e subi correndo as escadas o ignorando. — Samantha espere! – o escuto chamar.

— Não quero falar com você! – digo andando apressadamente pelo corredor.

— Samantha, por favor! – o sinto puxar meu braço. Mas como essa assombração me alcançou tão rápido?

— O que você quer? – puxei meu braço de volta.

— Vamos conversar.

— Sobre o que? Eu ir embora? Não se preocupe, eu estou arrumando tudo.

— Não, olha... vamos conversar aqui mesmo? – apontou para corredor.

— Por que? Qual é o problema?

— Só não acho que o corredor seja o lugar mais adequado para conversarmos. Vamos até seu quarto.

— Não vai rolar, Agatha está lá. – ele agora me encara confuso.

— O que ela faz lá?

— Ela está dormindo. Agora fala logo!

— Vamos ao meu quarto então.

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