65 - PETER/ SAMANTHA

34.9K 3.7K 456
                                    

PETER

Choque era o que eu estava sentindo.

Elize aparece.

Sequestra minha filha.

Samantha volta.

Tudo de uma vez só. Quando vou finalmente ter paz?

Ver Samantha depois de dois meses é tão louco. Parece que foi uma eternidade. Ela está tão linda, tão diferente. Parece que o Brasil realmente fez bem a ela e isso me deixa feliz. E ve-la mais determinada ainda para encontrar a nossa filha me deixa tão mais calmo com isso.

Elize é maluca, e meu pavor é muito grande. Mas com Samantha aqui, as coisas parecem um pouco mais suportáveis. Eu ainda sentia dor com a pancada que eu levei, mas nada se compara a ficar mais uma vez longe da minha filha e ter que passar por esse momento angustiante.

— Agora entendo. – Laura diz parando ao meu lado na porta da sala de estar.

— Entende o que?

— Por que você se apaixonou por ela. – diz observando Samantha conversar com o detetive. — Além de bonita ela é inteligente e determinada. Dou toda a razão para Agatha, ela tem uma mãe incrível. – diz e sorri.

— Sim. Muito incrível. – digo.

Depois de Samantha ditar tudo o que tinham que fazer, todos foram descansar, ou tentar.

Já era por voltas das duas da manhã. Eu e Samantha estamos imprimindo algumas fotos de Agatha para usar em seu plano.

— Gosta dela? – ela pergunta de repente.

— Dela quem? – a olhei sem entender.

— Laura. Ela me parece ser uma pessoa legal. – diz isso sem desviar os olhos dos papéis.

— Realmente, ela é uma boa pessoa.

— Que bom. – diz apenas. — Mas não foi isso que perguntei.

— Quer saber mesmo a verdade? – a encarei. — Eu gosto dela. – ela me encara.

— Que bom. – desvia seu olhar.

— Gosto muito dela, mas como amigo. – ela volta a me encarar. — Não posso gostar de alguém mais do que isso. Eu só tenho cabeça para uma pessoa, e essa pessoa é a única que comanda não só meus pensamentos como meus sentimentos. – soltei um suspiro. — Acho que devemos conversar.

— Sim, mas não agora. Estou cansada. Quando isso passar podemos sentar e conversar, pode ser?

— Tudo bem. – digo.

— Bom, está tudo aqui. – olhou as folhas. — Vou tentar dormir, faça o mesmo. Tchau.

— Tchau. – digo e ela apenas sai do escritório me deixando sozinho.

Suspirei e me sentei.

Ela definitivamente está diferente.

Subi para o meu quarto e tomei um banho quente. Me deitei na cama mas o sono não veio, a unica coisa que vinha na minha mente era a imagem da minha filha perto daquela desgraçada.

Frustrado e irritado, me coloquei de pé. Já era por volta das quatro e meia da manhã. Desci e fui até a cozinha tomar um café, mas me surpreendo encontrando Samantha apoiada no balcão.

— Não conseguiu dormir também? – perguntei e a encarei. Ela está com um copo de água a sua frente e está totalmente pálida. — Você está bem?

SIMPLESMENTE SAMANTHA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora