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Oi, oi pessoas! Só queria avisar que esse capítulo ficou bestialmente grande. Então vão me perdoando, tá? Era só isso. Boa leitura, lá embaixo conversaremos mais. <333

***

            
- Não, eu sou completamente contra isso! – decretou Ray, erguendo os braços e deixando o meu banheiro. Começou a dar voltas indignadas pelo quarto, repetindo "Não, não, não...".

Eu ri e revirei os olhos.

- Ray, não seja dramático!

- Não, não vou suportar você trocar a cor castanho avermelhada do seu cabelo pelo loiro! É... um sacrilégio! Seu cabelo é tão bonito... Diga à ela, Scarlett! – ele se virou procurando pelo apoio da minha amiga, que estava jogada na cama, ao lado de um monte de roupas. Ela levantou a cabeça, piscando, a ressaca claramente ainda não havia passado.

- É, Lizzie. Eu concor... – Scarll parou de falar e virou o rosto. Segundos depois ela estava roncando.

- Ray, por favor. Só vou tingir o meu cabelo por um dia. Eu prometo. Um dia! É importante, eu preciso parecer a cópia fiel de Amèlié Bridjeout. – falei o nome da garota com o sotaque francês carregado, surpreendendo a Ray.

- Nossa, sua atuação está impressionante.

Eu sorri.

- É porque você ainda não me viu de Amèlié Bridjetot à rigor. – ergui as sobrancelhas, como que dizendo: Vai mesmo se recusar a me ajudar e perder tudo isso? Vai? VAI?

Raymond baixou a guarda e deu os ombros.

- Tudo bem, eu topo! Vou pegar a água oxigenada! – saiu do quarto correndo, mais animado do que antes. Era tão fácil convencê-lo, afinal Ray não resistia muito tempo quando passar horas tingindo o cabelo e escolhendo uma roupa estavam em jogo. Ele adorava esse tipo de programa.

Perdido em meio ao monte de roupas em cima da minha cama, o toque do meu celular, um ruído baixinho, começou a tocar. Scarlett se levantou, furiosa.

- Meu deus, que barulho é esse? Faça parar! – irritada, ela jogou as roupas para cima e achou o meu celular. Apertou o botão verde e disse: - Homero? Porque está me ligando?

- Na verdade, ele está me ligando. Este é o meu celular, Scarll. – avisei à ela. Scarlett piscou e acenou, entregando o aparelho para mim e voltando a se esconder entre os travesseiros. Eu não queria nem imaginar o quanto ela tinha bebido noite passada. 

- Oi, Liz. – Homero disse em um suspiro como se estivesse atarefado e apressado. – Eu sei que você está ocupada desde ontem, e que hoje será uma dia importante... Mas, eu só queria confirmar a sua mensagem: você quer mesmo uma limusine?

- Ah, com toda certeza. Se não de qual outra forma eu faria Slender acreditar que sou rica? Ele tem que me ver como sua futura cliente em potencial, não pode desconfiar nem por um segundo que sou uma farsa.

- Certo. Entendi. Posso só dar um palpite? – a voz de Homero tremeu levemente, aparentemente preocupado e definitivamente ansioso.

- Sou toda ouvidos.

- É, bem... Limusines são meio bregas. Pessoas ricas de verdade não alugam limusines, confie em mim.

Abri a boca para protestar, mas desisti. Depois, tentei de novo.

- Mas eu vi nos filmes...

- Esqueça os filmes. Quer chamar a atenção de Slender? Você precisa chegar em algo melhor.

Tudo Pela ReportagemWhere stories live. Discover now