Tudo Pela Reportagem

5.

[ Oi, pessoas mais pacientes do mundo <3 Desculpem a demora para atualizar o livro no final do capítulo vou explicar direitinho tudo, okay? Grande beijo, boa leitura :* ]

***

Eu mal havia sentado na minha cadeira quando Ray apareceu, usando uma blusa verde limão que lhe caia muito bem.

- Então? – perguntou, ansioso e dando pulinhos. – Como foi? Viu o Sr. Slender? Ele me parece ser um coroa bem atraente.

Revirei os olhos e ri, largando a bolsa aos meus pés e ligando o computador.

- Prometo que vou te contar tudo no almoço. – assegurei. Inclinei o corpo para frente, tentando enxergar além das divisórias. – O Joey está na sala dele?

Ray fez uma careta e encolheu os ombros, olhando para baixo.

- Huuuum, acho que não vou poder almoçar com você hoje.

- O quê?!

- Sinto muito, eu...

- Não acredito que vai me abandonar só por causa do pequeno incidente de ontem!

- Incidente? Isso é a cara da Elizabeth. – intrometeu-se Dave, do outro lado da parede de metal.

- Cala a boca. – eu rebati, voltando-me para Ray e erguendo a sobrancelha.

Ele deu um sorriso amarelo e se afastou um pouco, como que temendo a minha fúria.

- Não é por isso, eu juro! O encontro ontem foi maravilhoso, com aquele pretendente secreto do qual lhe falei. Marcamos um almoço hoje.

Abri a boca para discutir, mas o meu telefone tocou, interrompendo-me. Lancei um olhar ameaçador para Ray, dizendo: Isso ainda não acabou.

Ele jogou um beijinho no ar para mim e se retirou, bem rapidinho, aproveitando a deixa.

Atendi o telefone, estreitando os olhos para o meu amigo.

- Colunista do Daily Golden News, Elizabeth Scott.

- Lizzy? Graças à Deus você está viva! Acabei de ouvir que houve uma ameaça terrorista em Nova York... Você está bem? Espere um momento... Sr. Anderson, nós ainda não terminamos! Você vai para detenção! É proibido fumar no colégio, ouviu bem? – berrou uma voz do outro lado da linha que eu conhecia muito bem.

O sangue fugiu do meu rosto, e eu congelei.

Pai!

- Vá para o inferno, Sr. Scott!– outra voz, provavelmente o Sr. Anderson, retrucou em resposta.

Agarrei os primeiros papéis que vi e me abanei, nervosa. Soltei uma risada sem graça pensando na minha falta de sorte, enquanto papai discutia com seu aluno rebelde.

- Suspensão, Sr. Anderson! Conhece essa palavra? SUSPENSÃO! – ele replicou, e ouvi uma porta ser batida com força enquanto papai instruía sua secretária a ligar para os pais do Sr. Anderson. – Pronto, Lizzy! Filha... está aí?

Forcei-me a falar alguma coisa, antes que o meu pai achasse realmente que os terroristas tivessem tomado a cidade.

- Oi, pai. Está tudo perfeitamente bem! Não houve ameaça terrorista, diferente do que me parece estar acontecendo em Yakima*- disse eu referindo-me ao ocorrido com o Sr. Anderson.

- Está tudo ótimo, só uns garotos que precisam ser disciplinados. – ele respondeu rapidamente, como se isso pudesse ficar para depois. – Mas e você? Tudo certo no trabalho? Está se alimentando corretamente? Não está comendo esses cachorros-quentes de carrocinha, não é? Eles são perigosos! Está tomando cuidado quando vai ao Central Park? Eles não dizem, mas há tarados rodeando aquele lugar!