Saio do quarto e Akila me segue nervoso.
- Me perdoa! Me perdoa Chimi!
- Esta é a minha decisão final: quero o divórcio! Hoje mesmo vou ao cartório. Ah! E lembre-se que metade desta casa é minha.
- Certo - diz irritado - Mas você não terá direito algum de pensão, este filho nem é meu. Tenho pena dele, a mãe não tem responsabilidade, só tem 18 anos.
- Não precisa ter pena, seu babaca! Eu o criarei sozinha com muito amor!
- Então ótimo, saia daqui! - ela estressa.
- Eu irei embora mesmo! - grito - Vou para a casa de Kelly, ela acaba de comprar um apartamento no centro da cidade. Arrumarei minhas malas, deixarei-as lá e seguirei direto para o cartório.
Vou até meu quarto e jogo rapidamente minhas roupas do armário na mala, sem delicadeza e organização. Ligo para Kelly e aviso que já estou saindo da mansão. Desço as escadas e vejo Akila tomando uma cerveja, para esfriar a cabeça. Não me despeço dele e chamo um táxi.
Chego à casa de Ky e deixo minhas malas na sala de estar. Minha amiga me convence a ficar descançando e a não ir no cartório hoje. Eu deito na cama, cançada e com mal-estar. Ouço Kelly conversando com alguém.
Ligação on
Ky - Boa noite. Eu quero conversar com a Sra. Albuquerque. Ela está?Kátia - É ela. Quem fala?
Ky - Oi Sra. Kátia. Quem fala é a Kelly, amiga da ex patroa da sua filha, Mariana.
Kátia - Olá Kelly. Ex?
Ky - Sim. Chimi se separou do marido.
Kátia - Entendi. Em que posso ajudá-la?
Ky - Nós podemos marcar de nos encontrarmos hoje no restaurante Balu's? O assunto é importante, é sobre a sua filha.
Kátia - Mariana está bem?! O que aconteceu?!
Ky - Não aconteceu nada, fica tranquila.
Kátia - Você pregou-me um susto senhorita! É sobre exatamente o quê?
Ky - Prefiro falar pessoalmente.
Kátia - Ok. Às 20:00?
Ky - Pode ser. Até! Obrigada pela atenção, tchau.
Kátia - De nada. Tchau.
Ligação off
- Como conseguiu o telefone da mãe de Mariana? - indago.
- Perguntei à dona do orfanato quando estávamos indo embora, você não deve ter escutado.
- É... O que a Senhorita irá conversar com Kátia, que não posso saber?
- Pode saber sim. Irei coletar informações sobre a verdadeira mãe de Mariana. A Sra. Albuquerque deve ter alguma.
- Então vou junto.
Troco de roupa e nós seguimos para Balu's de metrô.
[...]
Chegando no restaurante encontramos Kátia em uma das primeiras mesas do recinto e sentamos juntas à ela.
- Boa noite, Sra. Kátia. Eu sou a Chimi - comprimento-a.
- E eu a Kelly, do telefone.
- Boa noite! Qual é o assunto importante? Sejam diretas.
- Desculpa intrometer na sua vida e na da sua filha, mas se você souber quem é a mãe de sangue de Mariana, poderei confirmar ou não se ela é a minha irmã - falo.
- Como?! - Kátia diz sem entender.
- A dona do orfanato em que sua filha viveu 4 anos me informou que Mari foi deixada lá por uma mulher chamada Tania, uma chinesa. Tania é o nome da minha mãe, que fugiu da China, me abandonando. Foi a minha progenitora quem deixou Mariana lá. Se ela for a mãe biológica de Mari, sua filha pode ser minha irmã. Entende?
- Entendo... - pronuncia-se pensativa - Tania trabalhava em minha casa quando ficou grávida. Eu e meu marido nos oferecemos para cuidar da criança, mas ela recusou. Quando fomos adotar um filho ou uma filha nos encontramos com ela e descobrimos que a irresponsável acabou deixando sua filha no orfanato San Thiego. Adotamos a menina, que agora ja tem 16 anos, é a Mari.
O boato de Tania estar grávida quando fugiu era mentira, mas ela ficou prenha depois de seu amante. Pego a mesma foto de minha mãe que mostrei para a Iolanda ( idosa dona de San Thiego ) e mostro para Kátia. Ela se surpreende.
- É a minha ex empregada! Isto significa que Mariana é mesmo sua irmã, Senhorita Chimi!
Entro em choque e fico tonta. Não creio que tenho o mesmo sangue que aquela piranha!
DU LÄSER
Chimi em New York
TonårsromanerChimi é descendente pura da última geração da família imperial da China. Portanto, pertence à classe mais nobre do país que vive em governo ditador. Essa adolescente meiga e aventureira desafia o pai rigoroso, abandona o legado chinês e vai para o o...