- ei, tudo bem.- ele pega na minha mão e aperta levemente.- eu estou aqui, pequena.- ele sorri e toca a campainha.

Uma senhora de aparentemente uns 40 anos, abre a porta e sorri para Gustavo.

- garoto, como você cresceu.- ela o abraça e logo em seguida olha para mim.- e quem é esta linda menina, Gu?- ela sorri apontando para mim e eu sorrio de volta.

- esta é minha companheira, Neide.- ele diz e ela me abraça.- Katryna, esta é Neide, minha babá de infância.- ele diz apontando para ela e eu sorrio.

- entrem, entrem. Seus pais já devem estar chegando.- ela diz abrindo um pouco mais a porta. Entro na imensa casa que era toda pintada na cor bege e branco. Olho para a mesa de vidro no centro da sala e Gustavo se senta no enorme sofá bege.

- é grande né? A gente quase não vinha para cá, quem tomava conta da casa era Neide.- ele diz encarando o teto.- senta aqui.

Me sento ao lado dele e ele segura minhas bochechas, me fazendo encara-lo.

- eu já disse o quão linda você é?- ele pergunta se aproximando dos meus lábios. Ele me dá vários selinhos e começa um beijo que logo se encerra por ouvirmos o barulho da porta da frente abrindo.

- Gustavo está trazendo sua companheira humana para conhecermos.- escuto uma voz feminina dizer.- acha que isso vai dar certo?

- pare de implicar com o menino, Bel.- uma voz masculina diz e eu percebo que Gustavo já estava de punhos fechados. Passei minhas mãos pelos seus punhos e senti ele abrir as mãos bem devagar.

- vai ficar tudo bem.- sussurro quase sem emitir som. Meu coração estava disparado, e minha respiração estava começando ficar ofegante de novo. Ele segurou na minha mão e assim ficamos até um casal aparecer na porta da sala. A atenção era voltada pra mim e eu senti um frio na barriga.

- ela está exalando medo e ansiedade.- a mulher diz fazendo uma cara de deboche e o homem olha para ela incrédulo.

- quer parar com isso?- o homem pergunta para ela e volta a me encarar.- tudo bem, querida?- ele diz se aproximando de mim. Me levanto e ele me abraça e logo em seguida a mulher me comprimenta com um aperto de mãos e volta para a porta da sala.

- você não consegue mesmo deixar de ser desagradável, né Izabel?- Gustavo diz raivoso e eu pude ver o ódio que ele estava em seus olhos.

- me chame de mãe, Gustavo.- ela diz e aponta pra mim.- isso não pode entrar no nosso mundo, e você sabe disso. Por que insiste?- ela praticamente grita e Gustavo se levanta. Os olhos dele estavam brilhando um azul mais escuro e no lugar de unhas ele tinha garras pretas e gigantes.

- ela é minha companheira, Izabel.- ele diz e dá um passo pra frente. Seguro seu pulso por medo, eu não queria que ele saísse de perto de mim. Ele encara minha mãozinha segurando seu braço e olha para mim que tenho quase certeza que eu estava com uma expressão aterrorizada. Os olhos dele voltam ao normal, e suas garras desaparecem.- quem decide o que fazer sou eu. E eu decido não deixá-la.- ele diz por fim e entrelaça seus dedos nos meus.

- você sabe o que faz, Gustavo. Já está bem grandinho, e eu sou apenas sua madrasta.- ela diz e nega com a cabeça.- você está arrumando um grande problema pra você. E quando precisar da minha ajuda e da ajuda do seu pai, não vamos ajudar.- ela se vira e sai. O homem abaixa a cabeça e sai atrás. Gustavo começa me puxar para fora da casa, quase sendo arrastada por ele. Eu entro no carro correndo, ele entra e dá partida. Seu carro cantou pneu e eu coloquei o cinto de segurança.

- Gustavo, devagar.- digo me segurando na porta e ele pisa mais no acelerador. Suas mãos apertavam o volante e ele acelerou mais ainda.- GUSTAVO, POR FAVOR.- gritei me apavorando enquanto ele fazia uma curva na contra mão, em alta velocidade. Ele parou o carro em um estacionamento, do lado da floresta e eu estava travada no carro, não conseguia me mexer. Olhei pela janela e vi Gustavo cair de joelhos no chão. Seus ossos estalavam e ele urrava de dor. Um rosnado saiu da sua boca e de repente ele passou a ser um lindo lobo branco. Um uivo rouco sai da boca e ele olha pra mim.

- desce do carro e sobe em mim.- ele diz chegando perto do carro.- agora, Katryna.- abri a porta e a fechei atrás de mim. Ele se deitou para que eu pudesse subir e assim que eu me segurei em seus pêlos e me sentei, ele começou correr. O vento batia em meu rosto então eu apenas me aconcheguei enquanto a velocidade aumentava. Gustavo parou em um certo ponto da floresta, no meio das árvores e uivou. Uivou alto e rouco, como um lobo geneticamente modificado. Olhei para os lados e vi cinco lobos saindo do meio das árvores. Meu coração disparou e eu me grudei em Gustavo.- Katryna, se acalme.- Gustavo diz baixinho.- eles são meus amigos.- eu desço devagar do seu pelo e os lobos me encaravam.

- como ela é linda.- um dos lobos disse e Gustavo soltou um rosnado.- ô, não está mais aqui quem falou.- ele diz rindo e se aproximando de mim.

- essa é ela?- um lobo preto com branco se aproxima de mim e me cheira.- é cheirosa também.- ele diz me encarando com seus olhos amarelados. Gustavo passa a pata pela minha barriga e me puxa para si.- ok, já entendi ciumento.- o lobo também ri e se senta.

- agora vocês já conhecem ela. Podem me ajudar?- Gustavo pergunta encarando os lobos.

- eu nunca deixaria você na mão, meu alfa.- um dos lobos diz e os outros concordam.- vamos protegê-la, relaxe.

- não comentaram com nenhum outro membro da alcatéia não, né?- Gustavo pergunta novamente e eu encolho meus ombros e encosto em seu pelo.

- ninguém sabe de nada, tudo no sigilo.- o lobo preto com branco diz.- vamos cuidar bem dela, não se preocupe.

Meu namorado é um Lobo [EM REVISÃO]Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin