Tom: Os seus palermas é festa para crianças.

DV: Sou criança porra. — levantou a garrafa — Preciso mamar.
'
Tom: Somos. — pedi uma garrafa.

Bebi no bico, virei a garrafa inteira quase a metade. Juntou a brisa com a bebida.

Olando: Vi você e uma mina. Traçou?

Tom: Não jogo a rede, se não for para pescar.

Olando: E carai em.

Tom: Porra sou fraco não. — ri, o rádio apitou.

Não tinha dado a miníma até falarem o nome: Marina e que ela estava descendo do morro.

Tom: Sozinha? — pensava já na possibilidade.

Olando: É, com umas malas.

Porra, será que o casalsinho não deu certo? Seria a minha hora de atacar?

Olando: Tá pensando no que carai?

Tom: Em ir lá molecote. — ajeitei o boné na minha cabeça — Essa mulher é minha, ninguém tasca.

Olando: Mano, olha a merda, Tomás fica aqui carai.

Tom: Relaxa, tô suave. — me despedi — Fala com o Forasteiro aonde eu fui, vou num pulo e volto no outro.

Sai correndo fi, entrei no carro e mandei bala para a avenida. Ultrapassava os sinais todos, tava nem. Cheguei no morro do Maquinista em dois tempos, estava uma furdunça, deve ser por causa do baile que sempre tem, normal. Fiquei procurando na multidão uma loira cheia de malas, acelerei um pouco, talvez ela poderia estar no ponto de ônibus.

Tom: Aceita uma carona? — parei do lado dela.

Marina: Tá fazendo o que aqui? — me olhava.

Tom: O morro é do seu namoradinho, a rua não. — respondi no mesmo tom — É só uma carona Marina, não vou te sequestrar, ainda mais que você está cheia de mala.

Marina: O ônibus pode muito bem fazer o mesmo favor para mim. — séria

Tom: Ele vai demorar e eu sou mais rápido.

Marina: Viaja não! — um pouco irritada — Tomás, eu não vou aceitar a sua carona, mesmo assim te agradeço.

Virou o rosto, eu apenas balançei o rosto, sentia falta desse jeito dela. Estacionei ali mesmo aonde era o ponto de ônibus, não iria tirar.

Tom: Mal esperou e já correu pros braços do Rael.

Marina: Desde quando eu te devo alguma satisfação Tomás? — sem olhar — Nós não existe mais, e até aonde eu sei sou solteira, então meu bem, fico com quem eu quiser.

Tom: Porra! — bati palmas — Até com um cara que te encheu de porrada?

Marina: Olha quem fala, colocou a própria irmã no morro do inimigo. E qual foi o destino dela mesmo? — nessa hora me olhou.

Senti uma raiva enorme dentro de mim, coloquei a mão no volante e apertei, respirei fundo.

Tom: Dá pra não colocar ela no meio por favor? — pedi.

Marina: Então não tenta me controlar e muito menos me pedir alguma satisfação. — séria.

Tom: Isso era só para ser uma carona em...

Marina: Que não foi aceita.

Tom: Eu amo você. — sincero — Você me deixar foi a pior coisa que aconteceu na minha vida, superando até a perda do meu antigo morro.

Marina: É pra sentir pena? Não vai colar! — trocou a mochila de mão.

Tom: Cara você mudou pra caramba.

Marina: Tomás vai embora. — passou a mão no rosto(esse era um dos primeiros sinais que ela estava realmente perdendo a paciência).

Tom: Marina, eu amo você.

Menor: E aí Marina, suave? — olhou pro carro.

Tom: Puta que pariu.

Menor: Tá longe de casa em... — chegou na janela do carro.

Tom: Tá abusado em Menor, desencosta. — ordenei.

Menor: Vaza que aqui esse espaço não é teu. — me fitando.

Tom: Pode ser se eu quiser. — desliguei o carro.

Marina: Tomás vai embora, por favor.

Olhei no retrovisor e já estava parando um ônibus atrás de mim, e um guarda vindo na direção do meu carro, não podia dar esse mole.

Tom: Meu assunto contigo, não acabou! — avisei pra Marina — Você é minha, não se esqueça!

Quebrada de traficante Where stories live. Discover now