XXXXX: Tatuagem maneira, é aquela matador de polícia?

Maquinista: É sim! — olhei — Algum problema?

XXXXX: Nenhum, acho maneiro. — abriu um sorriso — Mas sabe que se os policiais pegaram é sujeirona na hora né? É atentado.

Maquinista: Os vermes não são tão inteligentes assim para perceberem. — vi a veia do outro soltar — Vocês primeiro. — dei abertura e fiz o gesto com a cabeça.

Subimos até o ponto da lanchonete aonde era a antiga boca, falei que era pra eles marcarem e os meus soldados dispersaram da vista dos vermes, que se comunicava em rádio. Um noiado cheira cheira, apareceu com uma faca enfia na garganta de um deles e rápido voltaram em formação.

XXXXX: Calma, me entrega essa faca. — um deles pedindo.

Cheirador: Não! — os seus olhos se movimentavam de um lado pro outro — Eu quero matar. — apertava a faca no pescoço dele.

Maquinista: Pode matar. — bati no ombro dele — Brincadeira. — todos me olharam — Cheira, vai lá no Yuri que ele tem certidão pra ti — Os pedidos... — mostrei na minha mão.

Parece que foi o troféu para eles que logo tiraram as máscaras falando que eu estava preso.

Maquinista: Porra, vocês são burros demais cara! Tinham que ser vermes. — dei um tiro no pé de cada um — Verme que é verme honra a farda até o fim não é? Hoje esse ditado vai ser ao pé da letra — Tão fazendo o que aqui? — reclamavam de dor.

XXX: Porrazinha de marginal acha que manda.

XXX: Já te pegamos com o flagrante. — falava das drogas.

Tirei a sacolinha pequena em que a coca se encontrava, entornei na minha mão, e enfiei a cara de um deles na coca.

Maquinista: CHEIRA! RESPIRA. — esfregando.

Algum outro foi falar alguma coisa e foi só uma pra dentro da lata dele.

Maquinista: Revista esses vermes de novo. Tem algo de errado.

Cada um foi revistado de novo, e não foi encontrado nada. Já da avenida dava pra ouvir as sirenes.

Maquinista: Pagando de mula todo mundo aqui do morro fio. — olhei pro Lulu, pode passar a régua em todo mundo.

XXX: Não em mim não, pelo amor de Deus. — pedindo.

Maquinista: É você não. — peguei ele pelo braço — Qual teu nome verme?

XXX: Luís Gurgel. — falou.

Maquinista: Vou te mandar como correio. Separei ele dos demais. — fiz o sinal novamente pro Lulu, que ali mesmo deu um fim no serviço — Levo pro matagal. — falei com o Bolinha.

Criolo: Mano estamos visados.

Maquinista: Puxa a ficha de todos daquela bosta, principalmente do
Arthur. Vou fazer uma homenagem ao novo delegado da corporação.

Criolo: Vai fazer um o que? — me olhou.

Maquinista: Embaçar.

Maquinista: É você mesmo que vai me ajudar. — olhei pro verme vivo — Conhece todos que estão na minha cola, não conhece? — olhei — Então é isso mesmo.

Criolo: Se for o que eu to pensando, to junto contigo. Afeta aqui, afeta lá.

Lulu: Eles não tem nada haver isso é mancada.

Maquinista: Família é família. Não tem limites pra isso. — olhei — Ele mexeu com a minha.

O cabeça de grupo chegou com o computador passando as informações.

Maquinista: O Arthur tem irmã. O Domingos filho. O Silveira filha e filho. O Marinho mulher. — olhando a ficha — E o cuzão do delegado? Lopes, tem filha e mulher. Anota os endereços. Vamos começar o plano hoje. Tem algum de plantão hoje?

Cabeça: Todos trabalham a noite inteira.

Maquinista: Hoje mesmo que a caçada começa. — olhei — Arruma um advogado pro CV e me chama no rádio.

Cabeça me passou a lista com os endereços, guardei no bolso. Em dois tempos me apareceu um advogado.

Advogado: Prazer Álvaro. — pegou na minha mão.

Maquinista: Rael. Tô precisando de um favor do senhor.

Advogado: A questão é um individuo fora da lei?

Maquinista: Comigo não precisa falar bonito. É bandido, marginal, criminosa, mas é família. — olhei — Real situação é que forjaram pro lado dele. O cabo Arthur, o verme, tá na cola do CV faz tempo, e agora estão incriminando ele de uma pá de coisa.

Advogado: Em qual delegacia ele tá? Você vai me acompanhar?

Maquinista: Só se for pra mim ser preso, tá tirando? — olhei pro Lulu — Chama a Marjorie. A mulher dele vai contigo.

Advogado: Espero aqui.

Maquinista: Qualquer informação volta no morro ou eu posso colocar um dos meus homens na sua cola.

Advogado: Vou voltar com todas as informações possíveis. Mas tenho que pedir para que você, vocês não façam nada para piorar a situação do seu amigo.

Maquinista: Faz o que eu to te pedindo que da minha vida, cuido eu.

Fiz sinal pro MM ficar de olho no delegado, meu celular começou a tocar.

ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤㅤINÍCIO DA LIGAÇÃO

Tom: Vou deixar a poeira abaixar pra facilitar o nosso confronto.

Maquinista: Dou conta de tudo.

Tom: Quero estar cara a cara contigo, temos muitos acertos de conta.

Maquinista: Um já tá quitado.

Tom: A Roberta é só mais um em muitos, ela nem era tão importante assim.

Maquinista: Estou falando da Marina. Não chega perto dela.

Tom: Você não manda em nada Maquinista.

Maquinista: Demoro então, o aviso tá dado.

Tom: Se prepara que o estrago vai ser grande, vou te tirar tudo.

Maquinista: Ramelão, te espero.

Tom: Um olho aberto e o outro fechado. Só tô de longe vendo o circo pegar fogo.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤㅤFIM DA LIGAÇÃO

Quebrada de traficante Where stories live. Discover now