- Vá se arrumar. – ordenei e fechei a porta, sem esperar por protestos ou mais perguntas. Camila continuava na mesma posição, esparramada pela cama com um travesseiro cobrindo o rosto. Caminhei até seu encontro, removendo delicadamente o travesseiro, seus cabelos cobriam seu rosto, abaixei-me e os retirei, meus olhos fixos em cada detalhe do seu rosto, ela estava com a boca entreaberta e respirava serena.

- Amor... – a chamei, meu dedo indicador da mão esquerda dedilhando por seu rosto. – Camila. – chamei novamente, ela franziu levemente o cenho. – Vamos levantar amor... – acariciei sua bochecha com a mão.

- Só mais cinco minutos... – resmungou sonolenta.

- Temos hora marcada. – lembrei-a, desci meu corpo e beijei sua bochecha. – Vamos sua preguiça... – beijei seu maxilar. – Não quero me atrasar nessa consulta. – informei, mas Camila nem se mexeu. – Amoooor... – resmunguei manhosa descendo uma trilha de beijos molhados por seu pescoço. – Está na hora de levantar minha preguiça! – sussurrei. Camila remexeu um pouco antes de abrir seus olhos.

- Bom dia. – respondeu com voz rouca. Beijei seu nariz. – Está muito cedo para me acordar. – resmungou enquanto coçava os olhos, neguei com a cabeça e selei nossos lábios rapidamente. – Amor, eu acabei de acordar, devo estar com bafo. – empurrou-me para longe dela.

- Camila, nós estamos casadas. – dei de ombros. - Eu gosto do seu bafo, na verdade me acostumei. Aaaaaaai. – resmunguei quando senti um travesseiro me atingir as costas.

- Idiota. – puxou-me pelo roupão e sugou meu lábio inferior.

- Que bom humor... – deitei ao seu lado e suspirei, minha mão desceu automaticamente até a barriga, acariciando-a de leve. – sorri como uma boba. – Algum motivo especial?

- Deixe-me pensar. – ela franziu o cenho fingindo pensar profundamente. – Eu tenho a melhor esposa do mundo, - começou a contar nos dedos. – o melhor filho, os melhores amigos, saúde, um bom emprego fazendo o que eu amo... Só isso! – completou séria. – Espere! – um sorriso distendeu-se por seu rosto. – E hoje saberei o sexo do nosso bebê. – completou animada.

- Motivos convincentes. – disse entrando na brincadeira. – Agora que tal se nós fossemos tomar banho porque eu realmente não quero me atrasar nessa consulta.

- Às vezes acho que é você que está grávida. – apertou meu nariz.

- Sinto-me assim, às vezes! – admiti, meus dedos brincando com as pontas de seus cabelos. Montei o corpo de Camila e comecei distribuir beijos por seu pescoço, ombros e descendo até chegar a sua barriga de treze semanas, que crescia lentamente, mas já apresentava certa saliência. – Bom dia meu pequeno. – beijei a barriga. – Ou seria pequena? – Camila riu da minha interação com sua barriga. – Hoje mamãe e eu vamos descobrir seu sexo, seu irmão David também vai e acho que está mais ansioso que nós duas, então, por favor, não fique em uma posição ruim, que nos impossibilite de ver o sexo... – acariciei sua barriga e a beijei novamente. – Mas não importa se for menina ou menino, estamos ansiosos para te ver, te acolher em nossos braços... – funguei, sentindo todo o meu desejo querer se escancarar. - Sua família está louquinha para te receber, te amo muito... – beijei mais uma vez sua barriga e subi os beijos até seus lábios e os selei demoradamente.

- Às vezes eu acho que tudo isso é um sonho... – ela divagou, seus olhos percorreram o quarto e depois se fixaram no meu.

- O quê?

- Não sei, somos casadas, temos ótimos empregos, um filho lindo, educado, estudioso e que quase não dá trabalho... Só que parece que vivemos no conto de fadas que escutamos quando crianças. Sabe como se vivêssemos... O feliz para sempre! E esse é meu medo, todos sabem que casamento não é só isso, e tenho medo porque quando tudo só dá certo, as coisas desandam em um piscar de olhos... – toquei em seu lábio com o indicador.

Secrets Segunda TemporadaWhere stories live. Discover now