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Desculpem os erros e a demora. xx

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Aquela sensação estava ali e ele estava afogando-se nela.

Em certos momentos da vida as pessoas começam a sentir essa sensação, Louis nunca pessoa que sentiria também, porque ele não era igual às outras pessoas. Não se sentia superior que todos, pelo contrário, ele se sentia tão superior quanto um graveto. É claro que sabia que gravetos eram úteis para milhares de coisas, mas nunca teve a necessidade de usar um graveto. O ponto era que: nunca pensou que acordaria com os dedos tremendo para desenhar.

Aconteceu algumas vezes com ele de acordar e anotar a ideia para um desenho, mas nunca para procurar desesperadamente seus lápis e uma folha de papel. Se não tivesse levado seu caderno, provavelmente estaria escrevendo no papel higiênico. Uma vez conheceu uma pessoa que lhe disse que ele tinha dom para a arte.

Ele era tão pequeno, não lembraria. Para ser exato, aconteceu após uma hora de seu nascimento.

Os hospitais públicos não eram tão ruins, porém ainda assim não eram um paraíso para se dar a luz. Naquela noite podiam-se ouvir os gritos agudos de Johannah que iria ter seu terceiro filho. Louis Tomlinson nasceu com algumas complicações no parto. Algumas complicações? Quem estou querendo enganar? A mãe morreu quando seu filho estava quase conhecendo o mundo do lado de fora.

Parece um pouco louco, não é? Se ela morreu, como fez parte da história desgraçada dele? Bom, a medicina tem seus milagres. Aconteceu que o médico teve que decidir entre mãe ou bebê. A conduta diz para salvar a mãe e que ela não tem nem opinião nesses momentos. A enfermeira Cassidy Walsh observava tudo atentamente. Não evitou passar a mão sobre sua barriga que havia um pequeno volume e deixar uma lágrima cair. Pensou em que nome aquela mulher colocaria no seu filho, mas a mesma não tinha mais com o que se preocupar, seu pequenino seria morto.

Mas não foi o que aconteceu. Cassidy Walsh tocou a mão do médico e como se fosse uma mágica o bebê estava vivo antes que o próprio médico tentasse salvar a mãe. Os aparelhos começaram a fazer barulho indicando que a mulher havia morrido. Cassidy Walsh desesperou-se novamente e tocou a mão do médico novamente. Estas mãos trouxeram Johannah '''de volta a vida'' após vinte e um segundos dada como morta. Era um milagre.

Louis nasceu, mas não chorava. Chorou muito depois de nascer. Ainda assim Cassidy Walsh carregou o bebê ainda sem nome para o berçário após levá-lo para tomar um banho. Óbvio que logo ele começou a chorar por precisar de leite materno, mas quando Johannah acordou e ficou sabendo que Louis quase a matou, ela não quis vê-lo. Cassidy então teve que arranjar leite em pó para ele.

Depois de algum tempo, Johannah ainda recusava-se a ver o filho. Charlotte e Felicite foram proibidas de vê-lo, já que o plano de Johannah e Mark era colocar a criança na adoção. Cassidy percebeu a situação em que o pequeno garoto se encontrava e foi vê-lo no berçário. Ela passou a costa da mão levemente pela cabeça do bebê e suspirou.

''Que bagunça, hein? Prometo que tudo vai ficar melhor. Eles não vão te abandonar, carinha.''

Foi o que ela disse.

''Eles não te deram um nome ainda, não é? Bom, você me lembra meu filho que está com os anjos agora. Acontece que ele não foi forte o suficiente para conseguir viver tanto quanto você, acredita? É isso que você é... Um guerreiro!''

O berçário pareceu ficar mais aconchegante, as luzes pararam de piscar, tudo pareceu mais confortável.

''Louis. Você combina com Louis. Significa guerreiro... Exatamente como você. Sabe de que mais você tem cara, Louis? Artista. Seus dedos são tão inquietos... Com certeza Deus lhe deu o dom, não se esqueça de usá-lo.''

Lose yourself |l.s|Onde as histórias ganham vida. Descobre agora