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Preparem-se para o capítulo mais bipolar da fanfic toda. tan tan tan


Um toque.

Dois toques.

Três toques.

E a chamada foi atendida.

Louis não sabia bem o que dizer. A garrafa de vodka estava quase vazia. Talvez era por isso que ele estava ligando para ele de madrugada. E para ele tudo bem porque pela manhã culparia seu impulso pela bebida. Mas ainda assim ele segurava um fósforo e um celular que estava com a tela rachada. Machucava sua orelha, mas ele não estava se importando com a dor naquele momento. O que ele diria? Por que exatamente ele estava ligando para ele? Ele tinha vários amigos e Harry com certeza não era um deles. Apesar de serem considerados amigos, o sentimento não era mútuo, mas mesmo assim Harry foi a primeira pessoa que o embriagado Louis pensou em ligar. Não era lá muito romântico, talvez nem um pouco romântico, mas era uma situação extrema.

Ele só não sabia a quem recorrer.

Louis? – Harry falou com a voz arrastada e sonolenta. A ligação havia acordado ele. – Alô? É alguma brincadeira?

– Estava sonhando com o que? – perguntou fechando os olhos e imaginando que não estava sentindo o vento gelado quase o carregando dali. Era realmente muito frio e Louis pegou as coisas de uma maneira tão apressada que esqueceu que estaria frio.

Eu não sei. Acho que algo bom. – respondeu meio incerto do que dizer. Por que diabos Louis para ele aquela hora?

Aliás... Por que diabos Louis para ele?

– Ah, então você está realmente ocupado. – ele cambaleou largando o fósforo aceso dentro da caixa e o fogo rapidamente subiu. – Eu sei que você não quer falar comigo, mas eu quero falar com você.

Harry estava se afastando de Louis. Não que eles não fossem continuar com o plano. É claro que continuariam, mas ele estava realmente tentando manter a mente ocupada. Ele não queria gostar de Louis. Bom, não era tão fácil desgostar de alguém que já estava tão ligado, mas achou que como eles não se conheciam há muito tempo, talvez conseguisse.

Você bebeu, certo? – o cacheado respirou fundo e tentou entender qual era o barulho no fundo da ligação. – Uma fogueira? – perguntou meio confuso.

Louis desligou sem dar resposta alguma para Harry. Ele apenas se sentou na grama molhada e ficou assistindo o fogo queimando suas lembranças. Pensou que se elas não podiam ser apagadas de sua mente, talvez pudessem ser apagadas do seu quarto. Esses pensamentos vieram junto da ligação que recebera de Charlotte naquela madrugada. Descobriu algo que nem poderia imaginar. Tudo bem... Ele estava desconfiando, mas nunca achou que pudesse realmente ser aquilo. Sua irmã tinha princípios. Antes ele achava que era o que recebia cuidados, mas Charlotte precisava dele.

E não tinha certeza se Charlotte estaria bem. Com certeza Louis não poderia ir até Holmes Chapel para falar com a irmã pessoalmente e tirá-la daquele buraco que ela chamava de apartamento. Ele iria desmoronar assim que visse a irmã. Ela, que sempre sonhou em ter seu nome estampado como uma marca de roupas, não passava de uma coitada que havia sido cuspida na cara. Por anos tentou outros lugares, mas diziam que sua visão era simples demais e voltada para as pessoas da baixa sociedade. Diziam que não era o que estavam procurando. Simplesmente não faziam o estilo que estavam realmente procurando.

O fogo já devia ter apagado os rostos das fotos em ''família''. Ele se sentia mais leve, mais libertado de toda aquela droga. E queria ele que fosse assim que se resolvesse os problemas: apenas os apagando. Como um desenhista, ele poderia apagar os problemas para simplesmente esquecê-los. Mas uma hora a verdade bateria na porta e ele deveria encarar que Charlotte precisava de ajuda e que Felicite precisava voltar.

Lose yourself |l.s|Where stories live. Discover now