Dedicado a awkwardstate porque ela é que me dá algumas das ideias que eu ponho neste livro. Uma delas está incluída aqui e no epílogo também.
Comenta para ganhares uma dedicação no próximo capítulo (Epílogo) porque... bem, é o final, logo é mais especial. Não?
Suspirei impacientemente. Tinha há pouco tempo terminado o exame de química, e tal como qualquer pessoa anormal, teria sido dos últimos alunos a acabar, e sentia-me aliviada por ter terminado o mesmo.
Grunhi baixinho, atirando preguiçosamente a calculadora, caneta, borracha e lápis para cima do conjunto de cacifos coloridos da escola. Abri com alguma dificuldade o meu cacifo, com força e impacientemente.
Ia retirar os meus livros e cadernos de lá, mas fiquei a mirar um pouco o que estava lá dentro, pausando. Era a última vez que iria sequer mexer naquele cacifo que tive durante três anos exatos. O exame de química tinha sido o último a fazer, e por isso não planeava voltar à escola mais nenhuma vez, nem mesmo para ver as notas. Era o meu último dia em que teria contacto com a escola oficialmente. Depois, iria passar as férias de verão fora do estado de Oregon, talvez na Europa, e depois, finalmente, iria para a faculdade de Oregon.
Retirei o meu estojo pequeno fora do cacifo, e coloquei dentro do mesmo tudo aquilo que usara para o exame, e verifiquei o meu telemóvel para ver se tinha mensagens ou chamadas não atendidas.
- Qual é o tipo de álcool... - Sobressaltada com a voz súbita, bati com a cabeça no cacifo e olhei para o lado, vendo Drake lendo um dos meus apontamentos que provavelmente eu teria deixado cair. - ...que pode ser oxidado de modo a formar uma cetona? - Olhou finalmente na minha direção, confuso.
- Butanol - respondi instantaneamente, sem filtro.
Engoli em seco, analisando-o de cima a baixo, com uma das minhas mãos a segurar o topo da minha cabeça, onde tinha colidido com o cacifo. Drake estava com uma camisola cinzenta que abraçava o seu tronco, com umas calças de ganga casuais e uns ténis de correr, pretos. O seu cabelo castanho parecia loiro claro com a luz do sol que batia contra a janela. Estava com uma das suas mãos a segurar o papel enquanto tirava tempo para também se mirar.
- Victoria - murmurou, depois de uma pausa. Não foi um chamamento, foi um tom neutro, formal, típico Drake.
Saí do meu transe poucas frações de segundo depois, quase como um choque.
- Drake - imitei-o, quase escondendo a minha cara com a porta do cacifo. Hesitante, fechei um pouco o cacifo, como se estivesse a guardar o meu escudo. - Foste fazer o exame de química? - questionei, mas logo me corrigi, querendo bater em mim mesma. - Claro que não, tu não tens química. Pergunta estúpida. Que estás aqui a fazer?
Eu não tinha a certeza de quanto tempo tinha passado desde que tinha falado com Drake. Três semanas? Um mês? Não me lembrava ao certo, mas sabia que tinha sucedido em o ignorar.
Drake inclinou a cabeça para o lado, dando um passo na minha direção, mas ainda estava a uns dois metros de distância de mim. Retirou as suas mãos enterradas nos bolsos das calças, e cruzou os seus braços na sua frente, ainda olhando para mim.
- Eu sabia que estarias aqui - admitiu, encostando-se aos cacifos e transaccionando o seu olhar para os meus olhos.
- Querias falar comigo? - questionei, franzindo a minha testa e formando um olhar enigmático. Segurei na porta do cacifo, como se esta fosse cair.
Drake não me respondeu por alguns segundos, mas antes de falar, abanou um pouco o corpo e respirou fundo.
- Eu sei que sou um otário - admitiu com um tom neutro, coçando o pescoço, mas sem nenhum trilho de divertimento.
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The Gun Shot Theory (Séries 'Foreign' #2)
RomanceDrake é arrogante, mal-humorado, que tem o hábito de ameaçar pessoas com tiros (apesar de ser tudo uma façada para não socializar). Ao contrário dele, Victoria, Vic, é uma aluna comum, de notas médias, comunicativa, com o sonho de ter um bom futuro...